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rádio
P
OR
H
ELDER
M
ALDONADO
H
á pouca varieda-
de nas progra-
mações das rá-
dios atuais. Isso é um fato
incontestável.
Grande
parte das emissoras FMs
aderiram ao sertanejo e a
outros estilos de massa. Por conta desse panorama pouco di-
versicado, uma emissora como a Nova Brasil FM, focada em
MPB, consegue se destacar pelo Brasil no segmento adulto
contemporâneo.
Fundada há 14 anos na cidade de São Paulo, a rádio opera
em rede e conta com liais em Campinas, Salvador, Recife e
Brasília. Em quase uma década e meia, tem funcionado como
vitrine quase solitária em várias praças do país para artistas no-
vatos de MPB. "Nossa meta sempre foi abrir espaço para artis-
tas novos ou experientes que estão lançando discos e músicas.
Somos a única rádio adulta contemporânea do país que não
baseia a programação em Œashback", explica Luiz Calmon, di-
retor artístico da Nova Brasil.
Segundo Calmon, a rádio teve papel importante na divulga-
ção de carreiras artísticas de nomes como Seu Jorge,Maria Rita,
Maria Gadú, Ana Carolina, Pedro Mariano e Isabela Taviani,
entre outros. "Em São Paulo, não há nenhuma emissora cuja
programação aceite esse perl de música. Na maior cidade do
país, cumprimos esse papel basicamente sem concorrência, pois
as outras rádios tocam música inter-
nacional, sertanejo, pagode e pop-
rock", analisa Calmon. "E também
não camos presos somente aos
clássicos da MPB. Nossa programa-
ção funciona com cerca de 30 músi-
cas novas por período", garante.
PÚBLICO QUALIFICADO
Esse projeto que prioriza os lança-
mentos e a evolução da MPB atrai
patrocinadores que procuram dialo-
gar com o seleto público da Nova
Brasil, composto por ouvintes das
classes A e B com idade que varia
entre 20 e 50 anos. "É o perl
mais atraente para o mercado
publicitário. Muitas marcas pre-
ferem divulgar produtos em um
veículo cujo público seja mais
qualicado, ainda que nem tanto
numeroso. Existem veículos de
massa que não conseguem ser
tão requisitados pelas agências
quanto uma mídia segmentada
como a Nova Brasil FM", deter-
mina Calmon.
Essa delidade do público e as
parcerias publicitárias possibili-
tam à emissora a realização de
cerca de 30 eventos por ano, entre shows, pockets e festivais. O
projeto Nova no Teatro tem shows realizados às terças-feiras. Já
o Tom Jazz recebe o projeto Sons da Nova, com eventos intimis-
tas nos ns de semana. O HSBC Brasil sedia os shows maiores
que a rádio faz em parceria com artistas da MPB. E a Nova
Brasil também realiza um festival anual, que leva quatro artistas
para o Anhembi e atrai um público médio de 16 mil pessoas. "Os
eventos são todos muito requisitados e os ingressos esgotam cer-
ca de dez dias antes dos shows. Por enquanto, realizamos essas
apresentações apenas em São Paulo", comenta Calmon.
O bommomento da Nova Brasil gera motivação para expan-
dir a rádio pelo país. "O Brasil está carente de variedade na
programação das FMs. Somos um país com uma diversidade
musical única e a grande maioria das rádios só toca mais do
mesmo. Isso atrapalha a evolução estética de nossa música.
Existe público para tudo. Se uma rádio acredita em um gênero
e trabalha com seriedade, vira referência, atrai público e anun-
ciantes. Mas muitos ainda preferem a zona de conforto dos
gêneros de massa", conclui Calmon.
NA
CONTRAMÃO
COMSEDEEMSÃOPAULOEFILIAISEMCAMPINAS, BRASÍLIA, SALVADORERECIFE,
NOVABRASILFM
ÉREFERÊNCIAE VITRINEPARAANOVAGERAÇÃODAMPB
LUIZCALMON,DIRETOR
DANOVABRASILFM
EMISSORAAJUDOUA
IMPULSIONARACARREIRA
DEMARIARITAEMARIAGADÚ
FOTOS:DIVULGAÇÃO
1...,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47 49,50,51,52,53,54,55,56,57,58,...72
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