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mercado
P
OR
H
ELDER
M
ALDONADO
O
s desa os de uma gravadora e distribuidora de discos são
enormes na atualidade. Essa situação faz com que em-
presas do segmento busquem atualização constante e
diversi cação dos serviços prestados e produtos oferecidos. E a
Radar Records não foge à regra. Embora a empresa tenha cresci-
do acima da meta nessa década, o CEO da companhia, Raul
Tadeu Vieira Jr.,admite que o acelerado crescimento no consumo
de música nos variados formatos digitais obriga uma diversi ca-
ção na atuação da empresa. "Este ano, nossa expectativa é crescer
5% em relação a 2013. E tem sido assim já há algum tempo.
Ainda acreditamos muito no formato sico, mas, é claro, aposta-
mos em novas tendências e tecnologias", avalia Raul Jr.
Entre os projetos que entrarão nos
planos da Radar no curto prazo estão a
administração de carreiras artísticas e a
ampliação de departamentos nos quais a
empresa já atua, como captação e repas-
se de direitos autorais e fonomecânicos,
edição musical, logística própria de dis-
tribuição de mídias físicas nos pontos de
venda e mídias digitais nas mais varia-
das plataformas de download e strea-
ming (com representação nacional ou
não). "Hoje procuramos atender artis-
tas e selos em diferentes necessidades.
Isso é um diferencial que temos desde
o início e que ampliaremos sempre que
houver demanda", comenta Raul Jr.
Para melhorar o atendimento aos
clientes, a Radar inclusive mudou de
endereço.Em agosto,a empresa trocou
o escritório no bairro do Belém, zona
leste de São Paulo, pelo Oce Tamboré, em Alphaville (zona
oeste). "Além disso, nosso centro de distribuição agora está loca-
lizado em Barueri e teve a capacidade de estoque duplicada. Isso
nos permite aumentar signi cativamente parcerias com artistas e
selos", de ne Raul, cuja empresa distribui títulos de artistas co-
nhecidos como Chitãozinho & Xororó, Banda Calypso, Amado
Batista, Falamansa, Racionais MC's e Arnaldo Antunes.
Uma das áreas que esse aumento de espaço atinge é a distri-
buição e licenciamento de títulos nacionais e internacionais raros,
independentes e há muito tempo fora de catálogo. "Temos clien-
tes que não buscam apenas os produtos de interesse das grandes
gravadoras, mas também talentos em potencial que não tiveram
oportunidade em majors. Como temos uma extensa rede de dis-
tribuição, acabamos sendo escolhidos como uma boa alternativa
para trabalhar esses projetos", explica Raul Jr.
O momento para a Radar poderia ser até melhor do que o
divulgado por Raul Jr. A nal, a PEC da música foi aprovada
Mudou
PRAMELHOR
RADARRECORDS
TROCADEENDEREÇO, AMPLIACENTRODEDISTRIBUIÇÃO
DEPRODUTOSFÍSICOSE INCREMENTASEUSNEGÓCIOSNAÁREADIGITAL
FOTOS:DIVULGAÇÃO
recentemente e esperava-se que, com ela, CDs e DVDs tivessem
diminuição de preço para o público nal. Mas isso não ocorreu
como deveria."Na verdade,houve um equilíbrio de custos.Assim
que a PEC foi aprovada, os impostos foram reduzidos, mas a
PEC veio acompanhada de um aumento nos custos de fabricação
das mídias. Isso resultou em uma irrisória diminuição de valores
para o consumidor. Uma pena", lamenta Raul Jr.
O executivo fala com conhecimento de causa. A empresa tam-
bém funciona no varejo, com lojas físicas de produtos musicais e
games. Até outubro, a ideia é expandir essa atuação para o am-
biente digital. "Já tenho as plataformas das lojas na web. Em bre-
ve estaremos presentes também no mundo virtual", garante.
RAUL JR. COMSUAEQUIPE, NONOVOESCRITÓRIO,
EAOLADODODIRETORLUISPARRANONOVO
CENTRODEDISTRIBUIÇÃODAEMPRESA
