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ROCK
P
OR
M
ARCIO
F
URUNO
O
sonho de todo garoto roqueiro é fazer sucesso com sua
banda.O pessoal do Strike conseguiu ir mais longe.Na
verdade, eles continuam indo. Formado por Marcelo
Mancini (vocal), André Maini e Rodrigo Maciel (guitarras),
Fabio Barroso (baixo) e Cadu (bateria), o grupo entrou em 2013
no embalo da celebração de seus 10 anos de carreira com o
disco
Nova aurora
(Som Livre).
O título parece sinalizar um momento de mudanças. “Eu di-
ria uma nova mentalidade”, considera o vocalista Marcelo, aŒr-
mando que o disco retrata o amadurecimento da banda. AŒnal,
já vai uma década desde o primeiro show que o então imberbe
quinteto fez numa abarrotada casa noturna de sua terra natal,
Juiz de Fora (MG). “A banda havia sido formada há um mês e
meio e ainda nem tinha nome deŒnido. Éramos bem novos,
com muita energia. Foi um show muito intenso. Até tentamos
nos conter, mas não conseguimos. Lembro do pessoal dizendo
que estávamos tocando muito alto. Ao ver a casa lotada, senti-
mos que a coisa tinha futuro”, rememora o vocalista.
O quinteto segue com a testosterona à ˜or da pele, mas em
níveis mais controlados. “No começo éramos mais jovens, des-
prendidos, com uma atitude mais punk. Hoje, preferimos ca-
nalizar a revolta de um novo jeito, com boas ações”, observa
Marcelo, salientando que as letras estão mais contun-
NOVA
mentalidade
STRIKE
CELEBRADEZANOSDECARREIRACOMNOVA TURNÊEQUER
EXPANDIRSUAAGENDA, DEOLHONOCIRCUITODASFEIRASERODEIOS
RUIMENDES
STRIKE
"ESTAMOSBUSCANDOOUTROSESPAÇOSPARA
NOSSASAPRESENTAÇÕES; NÃOQUEREMOS
FICARLIMITADOSAOUNIVERSODOROCK"
dentes, indo na contramão do discurso farrista que impregna a
música pop atual. Para contrabalancear o conteúdo contestador,
o grupo vem com um coquetel sonoro que inclui fartas doses de
pop, vide as faixas
Fluxo perfeito
(incluída na trilha da série
Malhação
) e
Céu completo
. “O Strike está no melhor momento
radiofônico de sua carreira”, aŒrma o vocalista. “
Fluxo perfeito
vai completar (em abril) um ano nas rádios, e por causa disso
até tivemos diŒculdade para virar a música de trabalho – que
agora é
Céu completo
”, conta.
SWING E BALANÇO
A receita traz também muito swing e balanço, com toques de
hip hop e scratches, como na faixa
Se joga
, com participação de
Projota (um dos nomes quentes da nova geração do rap), e rag-
-gamu¡n’ em
Fora da lei
, com canja de Dom Lampa. Outro
destaque é a faixa-título, em que Marcelo divide o vocal com
Rodolfo Abrantes, (ex-Raimundos e Rodox e atual R.A.B.T.).
“A participação do Rodolfo rolou no período Œnal de gravação.
A letra é minha e fala de fé, batalha do dia-a-dia. Enviei a mú-
sica pra ele, que ouviu e aceitou na hora participar. Ele só deu
algumas ajustadas na letra pra Œcar mais próxima do seu estilo.
O Rodolfo é um cara muito lúcido e alto astral e se sentiu à
vontade gravando com a gente”, relata Marcelo.
Depois de lotar, em novembro último, a casa
noturna paulistana Beco 203 com um show para
os fãs de carteirinha, o Strike já meteu o pé na
estrada com a turnê do disco, tendo se apresen-
tado em janeiro no HSBC Brasil, também na
capital paulista. “Nesse começo de ano Œze-
mos muitos shows também em eventos no
litoral de alguns estados, pegando o gan-
cho da música
Fluxo perfeito
, que tem
uma vibe praieira”, diz o vocalista.
No palco, o grupo vem com uma ceno-
graŒa toda rock’n’roll, assinada pelo requi-
sitado Zé Carratu. “Ele conseguiu absor-
ver a estética da banda. O visual criado é
bem orgânico e cru, com Œguras e imagens
representativas da cultura do rock, como
tatuagens old school, cruzes e caveiras”,
explica o vocalista.
Levar a turnê para outras capitais e
regiões do país estão nos planos da ban-
da. “Estamos buscando outros espaços
para nossas apresentações. Não quere-
mos Œcar limitados ao universo do rock.
Por isso, estamos fechando algumas
datas com organizadores de feiras e
rodeios”, Œnaliza Marcelo.
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