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REUNIÃO
P
OR
M
ARCIO
F
URUNO
A
geração 80 do rock nacional está chegando na casa dos
30 anos.A efeméride foi tema da matéria “Envelheço na
cidade”na edição passada de
SUCESSO!
.Um dos prin-
cipais nomes que acaba de entrar para esse seleto clube é o Barão
Vermelho. Como destacou na matéria o repórter Helder Maldo-
nado, o grupo é “filhote direto do blues e rock stoniano”. Supe-
rando a saída e o baque causado pela morte de Cazuza, o BV ao
longo de sua carreira se permitiu alguns desvios de rota e excen-
tricidades, mas sempre se manteve fiel às suas raízes musicais.
Fãs antigos e novos puderam rememorar os primórdios da
carreira do grupo com a edição especial de 30 anos do disco de
estreia
Barão Vermelho
(Som Livre). Além de músicas que se
tornaram clássicas, como
Down emmim
,
Ponto fraco
e
Todo amor
que houver nessa vida
, o disco vem turbinado com a inédita
Sor-
te e azar
(faixa descoberta nos arquivos da gravadora durante o
processo de digitalização do CD e que ficou de fora na época
por superstição do produtor Ezequiel Neves). A música teve a
base instrumental regravada pelos integrantes da formação ori-
ginal: Frejat, Guto Goffi, Mauricio Barros e Dé Palmeira. Ou-
tras duas bônus-tracks incluídas são o reggae
Nós
e um take
alternativo de
Por aí
. Já a edição digital do disco vem com a
versão em espanhol de
Down em mim
.
Para comemorar os 30 anos do disco, o Barão Vermelho se
reagrupou para rodar o país com a tour
+ 1 Dose
, que estreou em
outubro no Rio de Janeiro. Inicialmente prevista para durar até
março, a turnê vem fazendo tanto sucesso que acabou sendo es-
tendida até o final de abril. Depois disso, o grupo deve entrar em
novo recesso,por conta das agendas e trabalhos solo dos integran-
MAISUMA
DOSE
PARACELEBRAR30 ANOSDESEUDISCODEESTREIA, QUEGANHOUEDIÇÃO
ESPECIAL, O
BARãOVERMELHO
SEREAGRUPAPARAA TOUR
+ 1DOSE
GABRIELWICKBOLD
tes.Em fevereiro,
SUCESSO!
conversou com Frejat, antes de ele
embarcar para um breve período de férias no exterior. Confira.
» SUCESSO! – Foi de arrepiar a espinha a sensação que você
teve ao ouvir a gravação de
Sorte e azar
comCazuza, incluída
nessa nova edição do disco
Barão
?
Roberto Frejat –
Fiquei muito emocionado, pois estávamos juntos
(nós quatro, da formação original), ouvindo aquilo depois de 30
anos. É uma música da qual sempre gostei muito, mas não lembrava
se ela estava completa. Além de constatarmos que a voz do Cazuza
estava intacta e as duas versões da música eram boas, gostamos de
como o material estava soando e pensamos na possibilidade de fazer
o que fizemos. Regravamos todos os instrumentos e mantivemos ape-
nas a voz do Cazuza da versão original.
» Vocês e outras bandas estão celebrando 30 anos de carreira.
Qual a sensação de fazer parte da história musical do país?
Na minha opinião, temos uma obra muito bonita, com muitas can-
ções bacanas, várias delas muito significativas para a nossa geração.
Sempre tivemos um conceito de rock brasileiro muito particular, um
cordão imenso de shows memoráveis e uma história de paixão, desa-
fios e muita amizade.
» No show vocês estão tocando o repertório inteiro do disco?
Fazemos cinco músicas desse disco na turnê (
Ponto fraco
,
Billy ne-
gão
,
Bilhetinho azul
e
Down emmim
, além de
Sorte e azar
).Mas
o repertório tem músicas de todos os nossos 15 discos, até porque a
gente não pode deixar de tocar os sucessos que o Barão fez ao longo
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