SUCESSO#152 - page 56

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PERFIL
P
OR
T
OM
G
OMES
U
m dos mais importantes managers de artistas latinos de
todos os tempos, o portoriquenho Angelo Medina tem
uma história impressionante. Sua mãe, com apenas 12
anos já aparentava ser adulta. Com essa idade, saiu de Porto
Rico e foi viver em Nova York onde trabalhou durante 4 anos.
Com 16 anos, voltou para sua ilha natal. Embora ainda adoles-
cente, já era uma bela mulher. Comunicativa, alegre e atuante,
era uma espécie de líder em Aguadilla, comunidade onde vivia.
"Ela conheceu meu pai através da rádio local, quando estava
fazendo compras em uma farmácia. Ele era locutor e recitava
poesias em seu programa. Ela ouviu sua voz e apaixonou-se por
um radialista que nunca tinha visto. Foi conhecê-lo pessoalmen-
te e aos 17 anos foi mãe. Eu fui o fruto desse amor fulminante".
Assim Angelo Medina começa a nos contar sua vida cheia de
momentos emocionantes e tremendamente dinâmica.
"Logo após meu nascimento, meu pai foi viver nos Estados
Unidos.Foi um homem de muitos casamentos.Só fui conhecê-lo
pessoalmente quando tinha 12 anos.Minha infância foi bastante
humilde.Talvez por isso,ainda criança,decidi que seria advogado.
Via nisso a possibilidade de melhorar minha condição social.Mi-
nha mãe lutava muito para nos sustentar mas éramos felizes. Ela
gostava de música, estava sempre cantando. Assim trabalhar de-
pois com cantores e bandas, para mim foi algo sempre previsível".
Mas foi o esporte que viabilizou os estudos de AngeloMedina.
"Consegui uma bolsa de estudos graças ao basquetebol que pra-
ticava desde menino. Eu já era alto, sempre gostei desse esporte
e era considerado um bom jogador" diz. “Mas segui trabalhando
durante toda minha vida escolar. Meu primeiro emprego foi em
uma rádio. Um amigo de meu pai abriu uma emissora, a KQ105
FM, em Aguadilla, onde eu nasci e vivia”.
Angelo era locutor, programador e, bem jovem, já convivia
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com os artistas que iam divulgar seus discos em Porto Rico.
“Assim deslumbrado, conheci Celia Cruz, Tito Puente. Ruben
Blades... A paixão pela música que havia nascido dentro de mi-
nha casa, herança que recebi de minha mãe, só foi aumentando.
Quando eu tinha 18 anos, o dono da emissora morreu. Passei
então a dirigir a rádio e comecei a organizar festivais. Era uma
vida dura.Muitas vezes, após a noite toda sem dormir, produzin-
do uma festa, eu ia direto para a faculdade. E procurava também
aperfeiçoar o inglês que havia aprendido na escola secundária,
convivendo com soldados americanos em suas bases na ilha".
Terminada a faculdade de Direito, Angelo não exerceu a pro-
fissão porque seguiu sua carreira de radialista. E continuou or-
ganizando eventos musicais. “Trabalhando em um festival de
merengue em Santo Domingo, na República Dominicana, co-
nheci artistas como Johnny Ventura, Cheo Feliciano e Wilfrido
Vargas e me tornei agente dos mesmos para meu país".
Medina foi apresentado ao cunhado de José José, o cantor
mais famoso do México naquele momento. "Disseram a ele que
eu era um radialista muito influente e, também, um excelente
produtor de shows".
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Ele acreditou no que ouviu e convidou Medina para ir à festa de
lançamento do novo disco de José José, logo na semana seguinte
na cidade doMéxico."Eu não tinha passaporte,não tinha dinhei-
ro para passagem, nem para pagar hotel. Mas eu nunca fui nor-
mal! Convenci meu amigo Hector Marcano a ir comigo e usamos
seu cartão de crédito para pagar a viagem e a hospedagem. Ele
quase ficou louco pois alémdessas despesas,comprei roupas apro-
priadas para a festa e, loucura total, aluguei uma limousine! Eu
parecia um jovem magnata. Aprendi até a comer com talheres!"
anGeLoMedina
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