55
LATINO
P
OR
H
ELDER
M
ALDONADO
N
a última década, a banda mexicana Maná viveu ummo-
mento muito positivo. Apresentou-se em mais de 50
países, emplacou sucessos e colocou seu nome entre os
mais representativos da música de seu país. Esse êxito é fruto do
reconhecimento internacional e de parcerias de sucesso, como a
realizada em 2000 com Carlos Santana em
Corazón espiñado
.
E, apesar do sucesso incontestável em redutos latinos dos Es-
tados Unidos e em toda a América Latina (sendo inclusive o
principal artista do cast da gravadora Warner na região), o gru-
po acredita que ainda não atingiu o êxito merecido no Brasil.
“Apesar de se localizar no Cone Sul, trata-se de um país que dá
pouca abertura à música cantada em espanhol”, lamenta o ba-
terista da banda, Alex Gonzales.
Para reverter esse quadro, a banda lançou recentemente o dis-
co
Você é a minha religião
, destinado exclusivamente ao mercado
brasileiro. Trata-se de uma coletânea que traz quatro músicas
com a participação de artistas nacionais: iaguinho (
Lábios
divididos
), Jorge & Mateus (
Você é a minha religião
), Luan San-
tana (
Porto do amor
) e Jota Quest (
Raiando o sol
). “Escolhemos
os músicos populares que mais nos agradam atualmente. Que-
remos nos aproximar do público que consome esse tipo de mú-
sica por aqui”, reete o vocalista Fher Olvera.
Para divulgar o projeto, a banda conta com o apoio daWarner
Descobrindoo
BRASIL
BANDAMEXICANA
MANÁ
GRAVACDCOMARTISTASBRASILEIROSEPLANEJA
PARAO INÍCIODE 2014 TURNÊDE 20 SHOWS, PASSANDOPORVÁRIASPRAÇAS
Music, que promove as faixas com participação de brasileiros em
emissoras de rádio, e com a consultoria de Rommel Marques nas
áreas de marketing e agenciamento artístico. “Em maio, a banda
esteve no Brasil participando de programas de TV e rádio. Ago-
ra estamos montando uma agenda de shows para o início de ja-
neiro, contemplando outras praças além de Rio, São Paulo e Por-
to Alegre, onde ela normalmente se apresenta”, diz o executivo.
“Em alguns shows, tentaremos contar com participações espe-
ciais de artistas brasileiros”, completa ele.
O vocalista do Maná con¤rma: “queremos expandir nosso al-
cance no Brasil, tocar no interior, no nordeste, no norte do país.
Para atingir esse feito, estamos dispostos a diminuir o tamanho
da nossa grandiosa estrutura e encarar apresentações em teatros
e espaços semelhantes. Começamos nossa carreira assim e sem-
pre que tentamos desbravar uma nova praça, nos dispomos a en-
frentar esse desa¤o. Se conseguirmos fechar uma turnê de 15 a 20
datas em dois meses, já me darei por satisfeito”, garante Fher.
Mas as conexões brasileiras não param por aí. Admiradores
da música nacional, os músicos do Maná pretendem fazer ou-
tras parcerias por aqui. Um dos nomes mais cotados para gravar
com eles é O Rappa. “Essa é hoje a banda que tem a proposta
que mais nos agrada. Além disso, somos da mesma gravadora.
Seria interessante trabalhar com eles”, conta Alex.
MANÁ, SOBREATURNÊ
“QUEREMOS IRALÉMDORIO, SÃOPAULOEPORTOALEGRE
ETOCARNO INTERIOR, NONORDESTEENONORTEDOPAÍS”
HELDERMALDONADO