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compositor
P
or
G
ilmar
l
aurindo
P
eninha tem mais de 200 músicas gravadas, por ele e por
nomes consagrados da música popular. Gosta de quase
todas, mas orgulha-se das três que se tornaram clássicos e
sinônimos de seu trabalho como compositor:
Sonhos
,
Sozinho
e
Alma gêmea
. "Todo mundo associa meu trabalho a essas três can-
ções", diz ele.
Sonhos
tem 37 anos e continua atual. Foi gravada
por artistas como Caetano Veloso e Marisa Monte, virou tema de
novela da Rede Globo e sua versão em espanhol, lançada por
Peninha, ficou seis meses no topo das paradas da Argentina.
So-
zinho
ganhou várias releituras (Tim Maia, Sandra de Sá...), mas
nenhuma teve tanto impacto como a de Caetano Veloso, feita em
1999, que puxou a vendagem do álbum
Prenda minha
para 1,5
milhão de cópias (a maior da carreira do artista baiano). Já
Alma
gêmea
não pode ficar de fora do repertório de qualquer show de
Fábio Jr. – virou marca registrada do cantor.
"Todo produtor ou músico que me
procura querendo uma canção, imagina
que eu vou fazer algo com a pegada des-
ses três clássicos. Mas essas criações
foram excepcionais, mágicas, por isso
são incomparáveis", concorda Peninha,
autor de muitas outras faixas de sucesso,
como
Que dure para sempre
(gravada por
João Paulo & Daniel e Negritude Ju-
nior),
Nosso sonho não é ilusão
(SPC),
Por
eu ter me machucado
( José Augusto),
Ouro pra mim
(Renata Arruda),
Só com
você
(Raça Negra),
Pra falar a verdade
e
Vida minha
(Daniel),
Seguir em frente
(Rick & Renner), entre outras.
Mas na última década, Peninha ad-
mite que "perdeu" um pouco a mão.
"Não sei bem o motivo, mas fiquei
numa seca danada por vários anos,
criando muito pouco. Começava a
compor algo e parava no meio. Só de-
pois de muito tempo retomava a com-
posição para finalizá-la. Mais: nada me
agradava como as composições de 20,
30 anos atrás. Felizmente esse período
passou, eu saí do escuro. Voltei a ter
mais inspiração e criatividade", se auto-
analisa Peninha.
E como é o processo de composição
para Peninha? Ele responde: "Sou
muito intuitivo. Pego o violão, começo
a compor e, se estou inspirado, a melo-
dia vai surgindo e raramente eu preciso
ajustá-la depois. O mesmo ocorre com
Muito
mais
feliz
!
Apósumperíodopoucoprodutivo, hitmAker
Peninha
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os versos. Não fico pensando em expressões da moda ou pala-
vras sonoras", diz ele, que usa o mesmo método quando compõe
em parceria. "Tenho poucas músicas com parceiros, mas o pro-
cesso é o mesmo. Eu crio uma parte, mando via computador ou
celular para o parceiro, que faz seus ajustes e me devolve. Quan-
do necessário, a gente se reúne para o acabamento", explica.
Dessa nova fase de inspiração, Peninha cita a inédita
Desan-
dou
, feita a quatro mãos com Elias Muniz. "A gente havia feito
na década passada
Adoro amar você
, grande sucesso do Daniel, e
agora voltou à parceria", afirma. "A canção é ritmada, tem me-
lodia bem pop, gostosa de se ouvir", considera.
› ShoWPelo PaÍS
Pelo conjunto da obra, Peninha continua integrando o primeiro
time de compositores populares brasileiros, de acordo com o
ECAD. Mas nem por isso abandonou
os palcos para viver só de direitos auto-
rais. Ele continua excursionando com
seu show
Sonhos e sucessos
, que reúne
seus grandes hits. Faz cerca de cinco
apresentações por mês. Além de seu
cancioneiro, no show ele interpreta
clássicos que aprecia, como
Admirável
gado novo
(Zé Ramalho),
Casinha bran-
ca
(Gilson),
A lua e eu
(Cassiano) e
Rit-
mo da chuva
(Demétrius). "É bacana,
porque o show vira um grande coral,
com todo mundo cantando junto do
começo ao fim", diz ele, que no palco
tem a companhia de cinco músicos.
Nos últimos meses, ele se apresentou
em cidades como Rio Branco (AC),
Sumaré e Garça (SP), Recife (PE),
Aracaju (SE), Natal e Mossoró (RN),
Campo Grande (MS), Montes Claros
(MG) e Itabaiana (BA).
Quando não está em tour ou com-
pondo, Peninha gosta de relaxar em
casa ouvindo música. "Curto o trabalho
do Jorge Vercillo e, por influência das
minhas filhas, acabei conhecendo e ad-
mirando artistas jovens como Bruno
Mars e Gavin Degraw. Na verdade,
gosto de tudo o que me toca, indepen-
dente do gênero", diz ele, confessando
que passará o final do ano emLas Vegas
(EUA), onde assistirá vários shows.
"Quero ver Celine Dion e os tributos
aos Beatles e aos Bee Gees", revela.
Alémdecompositor, peninhAviAJAo
BrAsilcomshowquereúneseusgrAndes
sucessoseclássicosdeoutrosArtistAs
divulgAção
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