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dividualmente e pagos com verba repassada pela Prefeitura de
São Paulo. “Espaços de shows que priorizam a música autoral
são importantes nos dias de hoje – anal, gravar é fácil, porém
difundir um trabalho diferente está cada vez mais difícil. Que-
remos nos posicionar como precursores de demandas reais
(desse tipo de artista) na região metropolitana”, re… ete Gentile.
O CCSP também é referência na realização de shows de no-
mes internacionais. Para atrair essas atrações, o espaço trabalha
em parceria com consulados e embaixadas. “Esse tipo de junção
diminui custos, já que contratar um nome estrangeiro não costu-
ma ser fácil e nem barato. Por isso, quando pensamos em um
representante de fora, avaliamos se a banda também pretende
realizar outros shows no país ou no continente, o que para o ar-
tista é positivo, pois diminui os custos de logística e aumenta a
exposição do trabalho”, analisa.
Em novembro, o CCSP vai realizar um projeto em parceria
com o Instituto Cultural da Dinamarca. A ideia é apresentar
artistas de diversos segmentos do país europeu. “Será o primei-
ro CCSP Mundo e pensamos em realizá-lo anualmente, sem-
pre dando espaço para um país diferente”, re… ete Gentile.
SALAS DO SESC
Já o Sesc tem uma política de desenvolvi-
mento artístico que leva em consideração
a cena local. A ideia é formar artistas e
desenvolvê-los em cada região e unidade.
“Queremos sensibilizar o público para que
ele se habitue a expressões que não estão
na grande mídia. Pensamos na diversidade
e em atender diferentes faixas etárias.
Cada estado e unidade se molda a partir da
interlocução realizada com a comunidade.
Nada é individual. Fazemos projetos para
que as casas realizem espetáculos, ocinas
e palestras com a maior qualidade possí-
vel”, garante Marcia Rodrigues, gerente de
cultura do SESC.
O projeto mais emblemático da institui-
ção na área musical é o Sonora Brasil, que
tem 17 anos de existência e circula no país
com temas ligados à tradição da música brasileira, levando em
consideração o passado e a contemporaneidade. Esse ano o pro-
jeto abordou a Bienal da Música e grupos de tradição.
Ao todo, são mais de 500 equipamentos culturais do SESC
espalhados pelo Brasil, entre cinemas, galerias, casas de shows,
bibliotecas e acervo atualizado de livros.
Assim como o CCSP, o SESCmantém parcerias com embai-
xadas e consulados, o que facilita a contratação de artistas es-
trangeiros. “Geralmente o governo de determinado país traz o
artista até o Brasil e o resto é por nossa conta”, garante Marcia.
Para realizar shows, o SESC só tem parcerias com apoios cul-
turais, sem aporte nanceiro. Geralmente, essa união é feita com
troca de serviços com os interessados e as prefeituras.“Essa apro-
ximação é feita para otimizar espaços e recursos locais. Nos pre-
ocupamos também em atuar junto às escolas e atrair um público
jovem”, comenta. “Há poucos teatros e cinemas no Brasil. Fize-
mos uma pesquisa sobre hábitos culturais com a Fundação Per-
seu Abramo e percebemos que a população não consome cultu-
ra, simplesmente porque não existe o acesso. E esse também é
um assunto pouco explorado nas campanhas políticas. Por isso
temos que nos esforçar para ampliar a importância da cultura em
iniciativas como o SESC”, admite Marcia.
MARIENEDECASTROECELOCOSTANOSESC
PROGRAMAÇÃOMUSICALÉVARIADANASUNIDADESDAAUTARQUIA,
QUEAPROMOVE JUNTOÀCOMUNIDADEEAJOVENSESTUDANTES
PALAVRACANTADANO CENTROCULTURALSÃOPAULO
FOCONADIVERSIDADEDEGÊNEROSEDIVULGAÇÃO
DAMÚSICA INDEPENDENTEEAUTORAL
JOÃOMUSSOLIN
RODRIGOPETTERON
1...,43,44,45,46,47,48,49,50,51,52 54,55,56,57,58,59,60,61,62,63,...72
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