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SUCESSO
res de tamanhos distintos dos artistas, patrocinados por gravado-
ras ou managers. "Dessa maneira, o comerciante não precisava
depender do divulgador da companhia para renovar as imagens
dos lançamentos nas paredes do seu estabelecimento. Bastava ele
mesmo colar os pôsteres encartados em
SUCESSO!
. Os anun-
ciantes compraram logo a ideia e até meados dos anos 2000 o
poster foi encartado em nossa revista”, relata Tom Gomes.
O mesmo se deu com relação às capas, desde o início patroci-
nadas, pelo caráter promocional do espaço. "Por incrível que pa-
reça, Eliana foi a artista que mais estampou a capa de nossa re-
vista – em cinco ocasiões. Ela tinha uma bem-sucedida carreira
de cantora e seu manager na época, Marcos Quintela (atual pre-
sidente da agência Young & Rubicam), acreditava muito na força
da publicação. Outros artistas que, através de seus escritórios ou
gravadoras, sempre ’zeram questão de usar
SUCESSO!
para
Eliana – cinco vezes
Roberto Carlos – quatro vezes
João Bosco & Vinícius – quatro vezes
Daniel – três vezes
Aline Barros – três vezes
Negritude Jr. - três vezes
Rick & Renner – três vezes
Latino – três vezes
É o Tchan - duas vezes
Frank Aguiar - duas vezes
Marina Elali – duas vezes
Michel Teló - duas vezes
ARTISTASQUEMAISESTAMPARAMCAPASDASUCESSO!
promover seus trabalhos são Latino (três vezes capa da nossa
revista) e Roberto Carlos (quatro vezes)", explica Gilmar.
Nos primeiros seis anos de existência, as edições constante-
mente se superaram em quantidade de páginas, oscilando entre
110 e 150 páginas – com cerca de 50% do total em anúncios. O
reconhecimento do segmento musical rendeu até mesmo con-
tato e parceria com eventos internacionais, como Midem, Po-
pkomm,Womex e Latin GRAMMY, entre outros.“Nossa ideia
era ser uma espécie de agência de promoção da música brasilei-
ra pelo mundo, participando de todos os eventos internacionais.
Até hoje mantemos esse link, muito importante para a troca de
informações e experiências”, comenta Tom.
CRISE
No início dos anos 2000, a indústria fonográ’ca começou a sen-
tir os primeiros sinais de uma crise que se instalaria forte duran-
te quase uma década. A pirataria foi a causa inicial desse proble-
ma.Como preço dos discos às vezes inacessível ao cidadãomédio,
a ilegalidade tomou conta do mercado, com seus CDs – e, num
segundo momento, DVDs – de pouca qualidade, mas a preços
módicos. Nessa época, as vendas dos camelôs superaram as das
lojas. E o re§exo no setor foi instantâneo. À época, as gravadoras
se aliaram ao poder público para tentar combater a pirataria e
essas ações tiveram cobertura maciça e engajada de
SUCESSO!
por meio de matérias especiais, artigos e sobretudo editoriais.
Com a pirataria física e, num segundo momento, a digital, as
gravadoras precisaram se reestruturar e pensar uma nova forma
de operar.Mas essas modi’cações levaram tempo para entrar em
vigor. A’nal, elas estavam despreparadas para colocar em prática
novos modelos de negócios. Dessa forma, todo o mercado musi-
cal passou por adaptações durante uma década inteira.
E assim como a indústria se adaptou aos novos tempos,
SU-
CESSO!
também se reestruturou. Se no início os principais
parceiros comerciais da revista eram as gravadoras, atualmente
são os escritórios artísticos. A’nal, os empresários – sozinhos ou
com o apoio das discográ’cas – são hoje protagonistas na con-
dução da carreira de seus contratados.
ZEZÉDI CAMARGOEROBERTOCARLOS
SERTANEJOACOMPANHAVADEPERTOOSRANKINGSDEEXECUÇÃOEM
RÁDIOSELABORADOSPELAREVISTA; ESCRITÓRIODO"REI" SEMPREFEZ
QUESTÃODEUSARAPUBLICAÇÃOPARAPROMOVERSEUTRABALHO
FOTOS:DIVULGAÇÃO
1...,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15 17,18-19,20,21,22,23,24,25,26,27,...72