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SABATINA
P
OR
H
ELDER
M
ALDONADO
H
umberto Gessinger é, sem sombra de
dúvida, um dos artistas mais amados e
odiados do Brasil. É amado pelo séqui-
to de fãs, que não o abandonam em nenhum projeto.
Mas por outro é odiado pela crítica, que sempre pesou
a mão ao resenhar discos do Engenheiros do Hawaii.
As bordoadas nesses textos sempre se baseavam
em desancar as letras repletas de aliterações e
metáforas e os arranjos inspirados em rock pro-
gressivo (gênero que nas décadas de 80 e 90
estava fora de moda, principalmente entre os
jornalistas, que tinham o pós-punk e o synth
pop como os gêneros preferidos).
Mas nem toda acidez da mídia foi sufi-
ciente para abalar Gessinger. Agradando ou
não a imprensa, o cantor mantem uma car-
reira regular há quase três décadas. Realiza
shows sempre com ingressos esgotados e,
com fãs tão fiéis, não encontra muita difi-
culdade para vender quantidades razoáveis
de seus discos, DVDs e, agora, livros. Não
é pouco. Principalmente se tratando de um
representante do rock oitentista. Afinal,
muitas das bandas do período ficaram pelo
caminho ou já não conseguem dialogar
com o público jovem, vivendo praticamen-
te da realização de shows corporativos.
E para renovar ainda mais a base de fãs,
Gessinger tem se aproximado de artistas da
nova geração do rock brasileiro. Em breve,
o cantor lançará o primeiro disco solo, com
participação do multiintrumentista Tava-
res, ex-Fresno. A seguir, ele comenta esse
novo projeto, revela detalhes da próxima
turnê e fala de sua relação com os fãs e
com a mídia.
ALÉMdos
outdoors
GUSTAVOVARA
HUMBERTOGESSINGER
FALADO
ENGENHEIROS, DOPOUCA VOGAL,
DOPROJETOSOLOCOMTAVARES
EX FRESNO EDESUARELAÇÃO
COMOSFÃSEAMÍDIA
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