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SUCEDE
REGGAE COMROCK
H
á anos que um artista com in uência de reggae não é revelado no
Brasil. O gênero, que alcançou forte sucesso na década de 2000, hoje
tem espaço basicamente no underground e em algumas praças especícas,
como o sul do país e o estado do Maranhão. Para acabar com esse estigma
e trazer o estilo à tona também no sudeste, o empresário Marcos Maynard
resolveu apostar em uma banda do gênero:
ONZE:20
. Vinda de Minas
Gerais, a banda se destaca por misturar rock em suas músicas.
No último ano, a Onze:20 começou a fazer certo sucesso, participando
de festas de cidades, festivais e da Mega Rampa (evento de skatistas rea-
lizado no Rio). No caso, foi responsável pela trilha sonora da competição,
fazendo até o campeão mundial Bob Burnquist subir no palco e dançar ao
som da banda.
O primeiro single do Onze:20 é a música
Sem cortes
, que tem sido mui-
to bem executado nas rádios de pop rock do estado de São Paulo. A faixa ganhou clipe, que contabiliza mais de 100 mil
cliques. Outra música do disco que merece destaque é
Deixo você ir
, com participação de Projota. Além do CD, a banda
está divulgando um documentário, que conta toda a trajetória dos mineiros até o sucesso.
COLETIVO INFERNAL
D
esde 2006,
LEANDRO SAPUCAHY
comanda um coletivo de artistas que se apresenta
periodicamente no Leblon, no Rio de Janeiro. O projeto, batizado de Sapucapeta, começou de maneira
despretensiosa, como roda de samba. Mas tal como outras ideias do tipo (como o Monobloco), logo cresceu e
se transformou em bloco no Rio. E já nos pré-carnavais de 2009 e 2010, o Sapucapeta reuniu milhares de
pessoas na rua Dias Ferreira, no clube Monte Líbano e no Jockey Club. O segredo para
agradar tanta gente é resultado de uma fórmula simples: tocar sucessos de todos os gêneros
em formato de pagode. A ideia deu certo e Sapucahy desde 2011 excursiona com sua big
band pelo Brasil, reformulando sucessos de Lulu Santos, Seu Jorge,Tim Maia, Zeca
Pagodinho e outros ícones da música nacional. Com tanta demanda, logo o artista resolveu
registrar como funciona esse projeto nos palcos, gravando um DVD na Marina da Glória,
no Rio. Com participações de Marcelo D2, Emicida, Preta Gil, Fernanda Abreu e Naldo, o
produto saiu em dezembro. "Ao mesmo tempo em que levamos o Baile do Sapucapeta para
dentro das casas dos fãs, aproveitamos o DVD para mostrar aos contratantes como essa idéia
inusitada e inovadora funciona bem nos palcos", explica Sapucahy.
HISTÓRIACOMOVENTE
A
internet é pródiga na divulgação de vídeos virais. A maioria tem conteúdo
humorístico, mesmo que involuntário. E com a mesma velocidade em que
cam populares, desaparecem. Porém, em um lance de sorte, algumas pessoas
aproveitam-se do espaço democrático da internet para mostrar o próprio traba-
lho. E se o material for bom, as chances de ganhar seguidores éis aumentam.
Mas, claro, nem sempre isso garante fama ou contrato de trabalho. Isso é uma
exceção. E também o que aconteceu com a inglesa
JESUTON
.
A cantora cou popular ao se apresentar nas ruas do Rio de Janeiro, apenas
acompanhada de um microfone e um amplicador. Esses números a capela
interpretando sucessos de Rolling Stones, Adele, James Taylor e Amy Wi-
nehouse foram gravados e viraram hit na internet. E não é para menos, já que
a interpretação de Jesuton é emocionante e visceral. Logo, a cantora ganhou
elogios de gente como Seu Jorge e Ana Carolina. Em pouco tempo, a Som
Livre fechou contrato com Jesuton para lançar seu disco de estreia.
O projeto saiu em setembro de 2012, com produção de Rodrigo Vidal.Traz versões de músicas como
O mundo é um moinho
(Cartola),
Redemption song
(Bob Marley),
Sodade
(Cesária Évora) e
Running out
(Muse). E tem aberto portas para a cantora,
que já tem algumas datas de shows marcadas pelo país. Mas a vontade de Jesuton mesmo é fazer uma apresentação grandiosa
na rua. A ideia é cantar gratuitamente no Largo da Carioca, para presentear aqueles que acreditaram nela desde o início.
FOTOS:DIVULGAÇÃO
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