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SUCEDE
TESOUROS REDESCOBERTOS
A
os poucos, títulos importantes da música nacional são resga-
tados e editados em CD. Recentemente,
CARLOS LYRA
teve seu baú revirado e alguns discos lançados por ele na década
de 70 ganharam edição digital pela primeira vez. Esse importan-
te representante da segunda fase da bossa nova (que contava com
expoentes como Marcos Valle) teve os dicos
E no entanto é preciso
cantar
(1971) e
Eu & elas
(1972) lançados em box da série Tons,
da Universal Music. O álbum de 1971 foi produzido por Rober-
to Menescal, com arranjos de Œéo de Barros. Já
Eu & elas
é um
disco em homenagem à sua esposa (Kate Lyra) e à –lha recém-
-nascida (Kay Lyra). Esse projeto soa diferente dos trabalhos
bossa novistas de Lyra e conta com arranjos de Hugo Ballard e
Paulinho Tapajós. Já a série Discobertas, a pedido da Warner (de-
tentora do acervo da Continental), resgatou o 11º disco de Lyra,
de 1974. Produzido pelo cantor em parceria com Hugo Ballard, é o terceiro pro-
jeto de Lyra após passar uma temporada de cinco anos no México.
AVEZDO SAMBACOMROCK
C
riar arranjos de samba para clássicos do rock. Heresia ou boa ideia? Para o
grupo
SAMBÔ
, ótima ideia, com certeza. Formado por San (vocais e
percussão), Sudu Lisi (bateria), Ricardo Gama (teclados), Júlio Fejuca
(cavaquinho, guitarra, banjo e vocais), Max Leandro (surdo e rebolo) e Zé
da Paz (pandeiro, vocais e rebolado), o conjunto de Ribeirão Preto (SP)
tem se destacado no mercado. Além de realizar cerca de 20
apresentações mensais nos últimos meses, já vendeu mais de 110 mil
cópias - somados downloads e vendas físicas – do mais recente
trabalho,
Estação Sambô
. O álbum, aliás, –cou no topo do ranking do
iTunes Brasil durante a maior parte do mês de janeiro.
O sucesso repentino pegou de surpresa até os integrantes do grupo.
A–nal, eles começaram a tocar essas versões de maneira descompromissada
em festas de amigos e pequenas apresentações. A primeira versão –cou por
conta de
Mercedes Benz
, de Janis Joplin. Com o tempo, o repertório ganhou
outros sucessos do rock, como
Sunday bloody sunday
, do U2,
Can´t buy me love
, dos
Beatles, e
Pais e lhos
, da Legião Urbana. Dessa maneira, a banda aproximou fãs de
rock para os shows de samba, aumentando sua base de fãs. Apenas no Facebook o
Sambô tem mais de 500 mil seguidores.
ERASMONOCINEMA
E
RASMO CARLOS
terá um –lme biográ–co. Com direção de Lui Farias, a pro-
dução se baseia em
Minha fama de mau
, autobiogra–a do eterno Tremendão, lança-
da em 2009. A roteirização está sob o comando de L.G. Bayão e Letícia Mey. O –lme
acompanhará principalmente a juventude de Erasmo Carlos e sua trajetória na década
de 70, quando ele se reinventou como artista e lançou álbuns consagrados, como
Carlos,
Erasmo
(1971) e
Sonhos e memórias
(1972). "O –lme pretende mostrar como Erasmo
mudou a cara do rock brasileiro, além de contar sobre o movimento da Jovem Guarda",
resume o diretor. As –lmagens começam no segundo semestre e ainda não foi escolhido
o ator que dará vida ao protagonista. Há grandes possibilidades de o rei Roberto Carlos
fazer uma participação especial no longa. Lui Farias foi o diretor de
Com Licença, vou à
Luta
, de 1987, e de uma série de videoclipes, alguns deles do Kid Abelha, já que ele é
casado com Paula Toller. Por coincidência ou não Lui é –lho de Roberto Farias, o dire-
tor dos –lmes estrelados por Roberto e Erasmo Carlos nos anos 60.
FOTOS:DIVULGAÇÃO
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