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teatro
P
or
H
elder
M
aldonado
A
pesar de trintão,
Omenino maluquinho
(criação genial do
cartunista e escritor Ziraldo) continua sendo uma forte
referência entre os personagens infantis brasileiros.Nes-
sas três décadas de existência, ele ganhou adaptações nas mais
variadas mídias. Em 2014,
O menino maluquinho
retornou aos
palcos teatrais,mas dessa vez como musical.A ideia da criação de
um espetáculo nesse formato foi da produtora 4Act, que contou
com parceria da Clic e patrocínio da Porto Seguro,Raizen e Bio-
lab para transformar o projeto em realidade. "Levamos a propos-
ta para o Ziraldo – que, de imediato, aceitou. Inclusive disse que
agora pode morrer feliz, porque era a única adaptação que ainda
não tinha sido sugerida para o personagem até hoje", comenta
Ricardo Marques, produtor da 4Act.
Para realizar a peça, a 4Act se baseou em musicais infantis
estrangeiros. Nesse estudo, a empresa chegou à conclusão de
que, assim como no longa-metragem
O menino maluquinho
(de
1995, dirigido por Helvécio Ratton), seria melhor escalar atores
com idades semelhantes às do personagens em vez de colocar
adultos para interpretar crianças, como é comum no teatro in-
fantil. "São 14 atores mirins e 7 adultos no palco. Para chegar a
esses nomes, fizemos testes com mais de 300 pessoas. Tivemos
dois meses de ensaios. Isso ajudou a deixar o espetáculo afiado,
bem redondo, para ser apresentado ao vivo", comenta Marques.
Para a parte musical, o espetáculo conta com uma orquestra
formada por 12 músicos adultos e cinco jovens instru-
mentistas, recrutados no Projeto Guri. "Geralmente
é usado playback nesses musicais infantis, mas
preferimos utilizar música ao vivo, para que a ex-
ELE
também
canta
Famosopersonagem inFantil,
OmeninOmaluquinhO
ganhaadaptação
emmusicalproduzidopela 4act emparceriacomaprodutoraclic
divulgação
periência do espectador seja a mais fiel possível. Claro que man-
ter uma equipe assim demanda mais trabalho e gastos.Mas prio-
rizamos a excelência nessa montagem", resume Marques.
Com direção de Daniela Stirbulov, direção musical de Paulo
Nogueira, coreografias de Kátia Barros e canções originalmente
compostas por Paulo Ocanha e Daniel Carvalho, a peça é base-
ada no livro original do personagem, lançado em 1980. Porém, o
roteiro interpretado pelos atores no palco é inédito. Escrito por
Ziraldo e adaptado por JulianoMarceano, o texto é fiel à essência
do personagem, mas é ambientado nos dias de hoje, com Malu-
quinho tendo acesso a toda tecnologia que não existia na época
em que o livro foi lançado. "Fizemos isso para que as crianças se
identifiquem mesmo com o personagem", garante Marques.
Desde que estreou, a peça teve duas temporadas em São Paulo,
nos teatros Bradesco e Frei Caneca. A partir de setembro, será
levada para outras partes do país. "Além das capitais, vamos ex-
cursionar também pelo interior. Pretendemos apresentar a peça
sempre com a equipe completa. Quando não for possível, não
levaremos a orquestra", explica Marques.
No ano que vem, o musical será apresentado no Rio de Janei-
ro. "O resultado está acima do esperado. Todas as sessões tem
casa cheia. E o público se interessa muito pelo personagem. Isso
pode ser sentido pelo movimento nos quiosques montados nos
teatros para comercialização de produtos com motivos do per-
sonagem e da peça. Com esse resultado positivo, cogitamos até
mesmo lançar um disco com a trilha original do mu-
sical", afirma Marques.
imagemprOmOciOnal
dOespetáculO musical
21artistasemcena,
orquestraaovivoeroteiro
adaptadoaosdiasatuais
1...,54,55,56,57,58,59,60,61,62,63 65,66,67,68,69,70,71,72
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