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show business
P
or
G
ilmar
l
aurindo
O
produtor e manager Guto Campos está há 23 anos no
mercado.Através de sua empresa,ArtMix, com sede em
São Paulo, gravou e lançou dezenas de artistas. No mo-
mento, em parceria com a Maynard Music, cuida da carreira de
bandas como Onze:20, Restart, Aliados e CW7. Em julho últi-
mo,Guto entrou noutro tipo de negócio,pensando em direcionar
o foco de suas ações para o mercado do show business.Abriu uma
franquia da Federal Invest, empresa de factoring com 20 anos de
atuação, que conta com mais de 90 agências em todo o país.
“Muitos managers passam por eventuais períodos de falta de li-
quidez para viabilizar projetos como gravação de DVDs, clipes
ou bancar promoções,mesmo tendo várias datas vendidas, porém
com valores ainda por receber. Nestes casos, podemos ‘comprar’
os créditos desses cachês, antecipando os recursos ao escritório
artístico”, explica Guto.
Este tipo de operação, autorizada pelo Banco Central, é co-
mum em vários mercados, porém pouco praticada no show busi-
ness. “O agronegócio, as indústrias gráfica e de metalurgia, além
de diferentes áreas do comércio recorrem constantemente a em-
presas de fomento”, explica Guto. Segundo o Sindicato das So-
ciedades de Fomento Mercantil, em 2013 as empresas do setor
movimentaram mais de 132 milhões de reais em adiantamentos
a cheques pré-datados, duplicatas ou contratos de prestação de
serviços, sendo que os recursos foram antecipados a 150 mil
clientes,a maior parte pequenas e médias empresas.“No mercado
de shows, o procedimento mais usual é o contratante pagar 50%
do valor do cachê na assinatura do contrato e o restante três dias
antes da apresentação. Queremos mostrar aos managers que é
possível antecipar-lhes a segunda parte dos cachês – quando eles
estiverem precisando de recursos”, diz Guto.
Ele lembra que as transações precisam ser autorizadas pelas
duas partes (o escritório artístico/cedente e o contratante do
show/sacado), após as devidas aprovações cadastrais. “Os bancos
também fazem operações semelhantes, porém são mais rigorosos
na hora de aprovar descontos de títulos. Às vezes um pequeno
débito ou pendência constante nos serviços de proteção ao crédi-
to impede a liberação dos recursos. No caso de empresas como a
Federal Invest, a análise é feita a cada operação, sobretudo da si-
tuação do sacado (contratante), com base no risco que ela poderá
Fôlego
nas
finanças
produtor
gutocampos
associa-seàempresadefactoringfederal
invest epretendefocarsuaatuaçãonomercadodoshowbusiness
apresentar. E a gente sabe que as chances de um contratante de
shows deixar de quitar os 50% restantes são mínimas – senão a
apresentação simplesmente não será realizada. Por isso, acredito
no potencial do mercado artístico para operar com a Federal In-
vest”, explica Guto, informando que as taxas cobradas são variá-
veis, baseadas no grau de risco de cada negócio e na análise do
cadastro de cada cliente.
A agência da Federal Invest da qual Guto é associado fica na
Vila Maria (zona norte de São Paulo) e funciona dentro do pré-
dio que abriga sua empresa de management e seu estúdio de
gravação. Num segundo momento, ele pretende promover as
operações de fomento junto a outras áreas do mercado de shows
e eventos.“Uma gravadora pode precisar antecipar o recebimen-
to de valores junto a um grande cliente, assim como um organi-
zador de eventos pode fazer o mesmo com relação a uma cota de
patrocínio ou venda de um estande”, exemplifica Guto.
gutocampos
seomanagerestiversemcaixa, suaempresa
podenegociaraantecipaçãodovalora
receberde determinadosshows
divulgação
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