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axé, pagode, forró e outros
gêneros, o Lumière encara a
coisa sem traumas.“Antes de
tudo, somos um duo de mú-
sica, independentemente de
fazermos música eletrônica.
E é tão bom levar a eletrôni-
ca para esses eventos! Já
imaginou a quantidade de
pessoas que acaba conhe-
cendo o gênero por meio
dessas festas populares? Nós
mesmos, várias vezes fomos
abordados por pessoas que
vieram elogiar nosso show,
falando que não conheciam
música eletrônica e que
iriam pesquisar pra conhe-
cer mais. Isso é ampliação,
renovação de público pra
nossa música”, decreta Baía.
Em tais ocasiões, diante de
públicos maiores, o duo encara na boa a tarefa de fazer adapta-
ções para deixar seu som mais acessível. “Nessas apresentações
gostamos de mesclar diferentes estilos com a eletrônica propria-
mente dita. Usamos muitos mash-ups de clássicos do rock ou
de hits pop do momento. Isso aproxima o público não habitua-
do com o eletrônico”, explica Moita. “Como nosso set nunca é
fixo, temos sempre essa possibilidade de adaptar o show ao tipo
de público presente. Acho que por isso o Lumière transita tão
bem, tanto por clubs de música eletrônica – dos conceituais aos
mais comerciais – como nesses grandes eventos que misturam
todo tipo de som”, acrescenta o DJ.
E o duo anda experimentando mesmo pra valer a mistura de
eletrônica com outros gêneros. Um exemplo foi a apresentação
que fez em janeiro na casa noturna Bauhaus, na Praia do Cas-
sino (Rio Grande/RS), com a participação do guitarrista Fi, do
NX Zero. “Eu conheço o Fi há tempos, por cruzar com ele na
estrada – eu com o Tihuana e ele com o NX Zero. O Fi é um
cara muito bacana, tranquilão e um grande guitarrista. Batemos
um papo sobre fazermos um som juntos no Lumière e a coisa
fluiu muito naturalmente. A Bauhaus ficou literalmente abar-
rotada e posso dizer que foi uma noite histórica para a casa.
Ouvimos isso de muitos presentes e dos próprios donos do club.
Foi realmente uma noite inesquecível”, conta Baía, destacando
que a química entre o duo e o músico foi perfeita. “Tanto que
fizemos um set longo, de inacreditáveis cinco horas! Sempre que
as agendas do Lumière e do NX Zero permitirem, será um
prazer ter o Fi com a gente. E garantimos que os contratantes
que abraçarem esse show ficarão plenamente satisfeitos”, com-
pleta o percussionista.
› EXPANSÃOMUSICAL
A experiência foi tão boa que o Lumière quer ampliar o rol
de convidados. “Sempre priorizamos o aspecto musical, sem
limitações e preconceitos bobos. Pretendemos convidar músicos
de outros estilos que toquem outros instrumentos para com-
partilhar com a gente essa coisa maravilhosa que é a música e
a interação de diferentes músicos através dela. Com certeza o
público que curte o Lumière pode aguardar que teremos boas
surpresas em 2013”, promete Baía.
Moita, por sua vez, garante que o cardápio de mistura com
outros gêneros também vai crescer.“O próprio estilo de tocar do
Baía já mostra isso. Afinal, ele veio da cena rock com o Tihuana
e nasceu em Salvador, trazendo a riqueza rítmica própria da
Bahia – que à primeira vista não tem nada a ver com eletrônica,
mas, quando você vê o Lumière ao vivo, percebe que tudo se
encaixa perfeitamente, criando uma coisa nova, com muito
groove, quase um novo estilo de som”, analisa. “Essa caracterís-
tica do Lumière permite que a gente ouse bastante nesse senti-
do,podendo acrescentar ao nosso show o talento e a performan-
ce de outros músicos, de diferentes estilos.Música boa é música
boa e isso é o que importa”, decreta o DJ.
A expansão musical segue na pauta do duo para este ano.
Um item que eles devem focar é a produção de remixes. “Te-
mos grandes projetos nesse sentido envolvendo artistas de
outros estilos. Ainda não podemos revelar nada, mas podem
ter certeza que o Lumière trará boas surpresas. Como disse-
mos, gostamos de ousar e não temos preconceito nenhum em
relação a isso, pois desde o início temos esse propósito: ser um
duo essencialmente musical, sem se prender a rótulos, regras e
não se limitar por preconceitos”, revela Moita.
Para breve o duo já deve despachar uma novidade. “Vamos
lançar um novo set com a tradicional percussão live do Baía",
antecipa o DJ, que ao lado do parceiro também promete mos-
trar logo mais nas pistas outras inovações. “Queremos investir
no lado autoral do duo, pois temos muitas músicas próprias
prontas. E incrementar o visual do nosso show. E isso é apenas
o início do que podemos revelar.Muita coisa boa vai acontecer
em 2013. Aguardem!”, faz mistério o DJ.
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