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caminho muito próspero para esse ano de 2013, com a chegada de
novos parceiros globais em nosso mercado, que certamente trarão no-
vas experiências de serviços e contribuirão ainda mais para o cresci-
mento deste segmento por aqui.
» Como foi 2012 emtermos de crescimento digital? Algumdes-
taque em especial?
Existem vários destaques que comprovam que o
nosso mercado está apresentando oportunidades de novos serviços e
agregando valor o tempo todo. Certamente a experiência do iTunes no
Brasil (estreou em dezembro de 2011) fez com que o segmento de do-
wnloads tivesse fortíssimo incremento. Um outro ponto foi a consoli-
dação do RBT (ringback tone ou som de chamada como conhecemos no
mercado). Em termos de deals que envolvem vídeo streaming, a entra-
da oficial da VEVO no Brasil trouxe resultados muito interessantes
também, pois alia a experiência da música (em vídeo) com as marcas
que representam produtos de massa.
» Alguma razãomacro-econômica noBrasil pode ser creditada
a esse aumento do consumo digital?
Uma boa parcela da popula-
ção brasileira nestes últimos dez anos teve mais acesso a alguns produ-
tos. Evidentemente depois de consumir produtos, passa a adquirir
também determinados serviços. Dentre esses serviços, alguns na área
digital. Portanto, temos uma “nova camada de consumidores” que de-
seja a música para se entreter, se divertir. E eles já têm formas de acessar
essa experiência via serviços digitais. Em função disso, o mercado tam-
bém cresceu. E os provedores de música (independentes, inclusive) que
estão atentos a esse movimento todo, têm uma grande oportunidade de
se beneficiar com a distribuição digital desse tipo de conteúdo. Exemplo
disso são os vídeos mais vistos no YouTube em 2012. Existem milhões
de views de “novos artistas”, não ligados a grandes gravadoras, que
geraram uma audiência enorme. E o mundo todo, de certa forma, está
assistindo muito de perto o que está acontecendo por aqui e principal-
mente o que acontecerá nos próximos anos com os grandes eventos que
o país sediará, como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olim-
píadas. São eventos globais que atraem investimentos de patrocinado-
res. E a música é uma das formas mais eficazes de conexão emocional
entre os consumidores. Sem dúvida alguma, a música em qualquer que
seja o formato estará presente fortemente nesses eventos, gerando cone-
xão com o público e seus milhões de consumidores.
» Tendo em vista essas facilidades tecnológicas em relação à
música no Brasil, o que um artista pode esperar para esse ano?
Muito mais conexão com seu público, o que ajudará a promover um
alcance em sua base de fãs de forma orgânica. Assim haverá maior
interatividade e disponibilidade de conteúdos para essa base. O artis-
ta, tendo isso bem organizado em um plano digital, vai conseguir se
comunicar mais forte e diretamente com seu fã - que é o verdadeiro
protagonista de todo esse novo cenário. Afinal de contas, é o fã que ouve
suas músicas nas rádios, comparece aos seus shows, acompanha a car-
reira através dos jornais, revistas e televisão. E que compra a sua
música, independente do formato. Os novos meios digitais permitem
que essa relação com o artista seja mais próxima e mais intensa do que
era anteriormente. É preciso entender todo esse cenário, saber interli-
gar adequadamente esses dois mundos (on line e offline) e construir um
plano integral de ações. A companhia que melhor se estruturar para
isso estará um passo à frente.
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