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(tihuana), o
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ombar só as pistas dos chamados clubs conceituais e de
baladas de playboy? Ou também conquistar a massa, to-
cando em grandes festivais e eventos populares? Eis um
dilema que ainda assombra muitos DJs e artistas de música ele-
trônica, receosos de que, para se dar bem fora do segmento, têm
que abrir mão de sua visão artística. Aqueles que conseguem
relativizar a questão mostram que é possível fazer sucesso sem
abdicar da personalidade. Que o diga o Lumière.
Com pouco mais de dois anos de carreira, o duo formado pelo
DJ Rodrigo Moita e pelo percussionista Fernando Baía, do
Tihuana, tem subido como foguete no mercado de música ele-
trônica. A agenda cheia vem mantendo os dois na estrada, ro-
dando por casas noturnas badaladas, festas e eventos país afora.
Só em dezembro último foram 13 apresentações.
“Em julho passado, o Lumière tocou na festa mais tradicional
da nossa casa. Recebemos quase três mil pessoas na ocasião. A
pista lotou do início ao fim da apresentação e a festa foi até nove
horas da manhã”, afirma Mauricio Neves, do Sirena, famoso club
de Maresias, litoral de São Paulo. "Desde junho de 2011, o Lu-
mière se apresenta com frequência no nosso club, sempre levando
o público ao delírio da primeira à última música", faz coro Diego
Castillo, do Cafe de la Musique, de Porto Alegre.
“Acreditamos muito no Lumière. Colocamos toda nossa
energia no projeto e estamos tentando contribuir com o máximo
de profissionalismo pra cena de música eletrônica através do
nosso trabalho”, diz Moita.“Tanto eu quanto oMoita temos hoje
o Lumière como prioridade total em nossa vida profissional.
Além disso, nos divertimos muito tocando juntos – e o público
absorve essa energia. Acho que esses são os fatores principais pra
termos crescido tanto em 2012”, observa Baía.
Contrariando o senso comum que diz que música eletrônica
é só aquele bate-estaca arrastado e robótico, o Lumière traz um
mix de house music e vertentes (por conta de Moita) com um
toque orgânico (a cargo da percussão de Baía) que confere uma
dinâmica diferente às apresentações. Trocando em miúdos: “o
Lumière é umduo demúsica eletrônica que faz verdadeiramente
um ‘live’ quando entra na cabine. Não há um set fixo, pré-
ensaiado. Nunca é o mesmo show. Pelo contrário, temos uma
ideia da linha de som que faremos numa determinada noite,
para um determinado público, e vamos escolhendo as tracks na
hora, sentindo a pista e construindo um set totalmente único.O
mais legal é que o público percebe isso e interage do início ao
fim, criando sempre uma vibe incrível. É dessa forma que
gostamos de tocar!”, resume Baía.
› MÚSICAMAIS ACESSÍVEL
Enquanto a maioria dos DJs ainda torce o nariz para tocar em
grandes eventos populares com shows de artistas de sertanejo,
MOItAEBAÍA
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