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DESTAQUE
P
OR
G
USTAVO
G
ODINHO
O
O cina G3 é uma das bandas mais importantes do
mercado religioso. Seu heavy metal sagrado consegue
evangelizar através de suas canções e já conquistou mi-
lhares de fãs no meio secular. Com seu novo disco
Histórias e
bicicletas (re exões, encontro e esperança)
saindo do forno, os mú-
sicos pretendem trabalhar faixas distintas nas mídias sociais e
continuar se apresentando em festivais laicos.
O disco
Histórias e bicicletas
foi concebido na Inglaterra. Num
estúdio londrino, Juninho Afram e sua trupe deram a última bu-
rilada nos arranjos – criados originalmente no Brasil – e aperta-
ram o REC. “Queríamos muito trabalhar com o engenheiro
Richard Woodcraft, no Rack Studios, palco de grandes produ-
ções. Foi um sonho realizado”, explica Juninho. O título do pro-
jeto foi diretamente in”uenciado pela mudança de ares ocorrida
nas gravações.Os músicos optaram por usar bicicletas como meio
de transporte e, de uma forma saudável e peculiar, pedalaram
pelas estreitas e cinzentas ruas londrinas. Basicamente zeram
apenas a rota entre o estúdio e o hotel. Numa das folgas, aprovei-
taram para curtir o musical
We will rock you
, que homenageia o
Queen. “Tivemos pouco tempo para fazer turismo, mas nos di-
vertimos muito pedalando pelas ruas”, recorda o guitarrista.
Histórias e bicicletas
é o primeiro disco com a produção assinada
peloO cina G3.Dessa forma,a banda pôde escolher os caminhos
a seguir e optou por gravar todas as bases ao vivo. “O CD cou
bem orgânico.Mistura nossa fé com o bom e velho rock and roll”,
propaga Juninho. A faixa
Con ar
já está nas rádios do Brasil e foi
lançada primeiramente na internet. “As redes sociais são o nosso
termômetro. Esse atual single é romântico e, embora nossos fãs
tenham curtido, alguns pediram faixas mais encorpadas”, diz.
Por conta de seus ri›s metálicos e elaborados, o O cina G3
agrada também aos fãs de metal do mercado secular. Juninho
BICICLETAS
EVANGÉLICAS
OFICINAG3
ESTEVEEMLONDRES, ONDEPASSEOUDEBIKEEGRAVOUNOVOCD
NOFAMOSORACKSTUDIOS; PRODUÇÃOTEMAASSINATURADAPRÓPRIABANDA
DIVULGAÇÃO
credita o fato às inovações e à identidade sonora da banda. “Em
todos os gêneros, há artistas que abusam da mesma linha de ar-
ranjo. Não vejo problemas quando alguém descobre novos cami-
nhos em sonoridades e in”uenciam outros artistas. O problema
acontece quando todos passam a copiar de maneira desenfreada.
Identidade é o que temos de mais precioso”, completa.
ENTRE GUITARRAS E FARPAS
Embora o mercado de música cristã seja um dos maiores do país,
nota-se que os discos de adoração recebem maior atenção dos
ouvintes.Juninho critica o fato,justi cando que o gospel nacional
tem uma imensa diversidade de estilos, que agradam a todo tipo
de ouvinte. Ainda sobre o cenário evangélico, ele analisa que o
crescimento de éis acontece de forma gradativa no Brasil,porém
faz ressalvas. “Não podemos quali car esse crescimento. Pode
haver cristãos que não acreditam na verdade difundida, o que é
lamentável. Independente de alguns, existe muita gente séria e
preocupada em propagar a mensagem de Deus”, comenta.
Além de ser o band leader do O cina G3, o guitarrista Juni-
nho Afram tem sua vertente guitar hero, sendo a estrela princi-
pal de diversos workshops internacionais. “Fico feliz com esse
reconhecimento, que me abriu portas para transitar em diferen-
tes mundos. Eventualmente me apresento no exterior com ou-
tras feras da guitarra, mas sei que devo isso tudo ao O cina G3,
onde tudo começou”, diz Juninho.
A ideia do artista é expandir o som da banda para outros con-
tinentes. Por conta da musicalidade, o O cina G3 sempre ”ertou
com o mercado norte-americano e parece que dessa vez o namo-
ro vai evoluir. O guitarrista avisa que deve sair uma versão em
inglês de
Histórias e bicicletas
. “Quem sabe a gente se apresenta
também em festivais seculares do hemisfério norte”, diverte-se.
OFICINAG3
PORCONTADESEUSRIFFSPESADOSPELAPRESENÇA
DOGUITARHEROJUNINHOAFRAM, OOFICINAG3AGRADA
TAMBÉMAOSFÃSDEMETALDOMERCADOSECULAR
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