SUCESSO#162 - page 53

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completa do ano. Fazemos uma avaliação dos artistas de maior
sucesso na região e montamos a agenda. É gratificante, pois esse
vínculo surge graças à confiança”, celebra.
Entre as parcerias com os escritórios de shows, uma que se
destaca no sul do país é com a Talismã.“Representamos a agen-
da de Eduardo Costa, Leonardo, Zé Felipe e da dupla Zé Ri-
cardo e Thiago nos três estados do Sul, por intermédio de nos-
sa filial, em Florianópolis. O mesmo trabalho desenvolvemos
com o Padre Alessandro Campos, da Sunshine”, conta.
Já a associação com a MC3 é, segundo Mussini, uma inova-
ção no mercado: “Estamos quebrando um paradigma, já que
fomos a primeira empresa brasileira a conseguir representar a
agenda de um grande artista (Fábio Jr.) com exclusividade, sem
administrar sua carreira. Esta é toda administrada pela MC3,
mas a venda é realizada pela Mussini Produções. É uma prática
comum nos Estados Unidos e em quase toda a Europa, onde os
escritórios responsáveis por carreiras artísticas terceirizam a
venda de shows com empresas especializadas somente em ne-
gociações (os booking agents)”.
› negÓcIos eMPARceRIA
Outra novidade muito celebrada pela empresa é a realização de
shows em parceria direta com os artistas e seus empresários, em
negócios promovidos em sociedade. Mussini explica melhor:
“ao invés de comprar os shows ou pagar um ‘mínimo garantido’,
nós marcamos a data, fazemos toda a promoção e organizamos
o evento para, depois, fecharmos a planilha em conjunto com o
empresário do artista. Finalmente, do resultado líquido, desti-
namos um percentual maior ao artista e ao seu empresário, e
menor para a produtora”, explica.
Para Mussini, esse formato de negócio acaba sendo o mais
justo. “Traz um resultado real. A receita que o artista recebe, nes-
se caso, é a realidade da bilheteria do show e
a verdade do mercado. Não um valor coloca-
do como imposição, com base no ‘achôme-
tro’, fazendo com que, muitas vezes, o ar-
tista e o empresário ganhemmenos do que
merecem ou mais do que o mercado com-
porta, deixando possíveis prejuí-
zos locais. Resumindo, cada
parte recebe o que realmente
faturou e o cachê artístico é
estabelecido naturalmente.
Acredito que essa fórmula
em breve será realidade em
todo o mercado brasileiro
de shows”, projeta Mussini
para, na sequência, invocar
o mantra da empresa: “as
produtoras que tem inten-
ção de entrar nesse novo
modelo terão que trabalhar
de maneira muito séria,
transparente, pois esse for-
mato de negócio só acontece com base na confiança total dos
empresários nas produtoras. Sem confiança e conhecimento de
mercado, não há como dar certo. E aí de novo caímos na palavra
que rege nosso trabalho: credibilidade”, filosofa.
Durante a entrevista, Mussini fez questão de citar inúmeras
vezes as parcerias que tem em todas as regiões do país. Mesmo
com a maturidade e o conhecimento adquiridos nesses 20 anos
na estrada, o empresário descarta investimentos sem o apoio de
profissionais locais nos shows que promove.“Raramente fazemos
a promoção de algum evento sem um parceiro do próprio muni-
cípio. Procuramos o parceiro que mora na cidade, alguém que
conheça a cultural local, que tenha noção das preferências do
público, dos seus hábitos, e que saiba o que está tocando nas rá-
dios da região. Pra nós, essa colaboração é fundamental".
Nesses anos todos,Mussini vem ganhando a admiração e, em
alguns casos, até a amizade de grandes artistas. Eduardo Costa,
um dos campeões de vendas da Mussini Produções, é só elogios
ao falar do empresário. "Sinto-me lisonjeado por trabalhar com
ele. OMussini é um cara sério, que leva música, alegria e entre-
tenimento ao país inteiro". Outro amigo de longa data é Sergio
Reis, artista que, segundo as contas do empresário, foi o que
mais teve shows vendidos por ele nesses 20 anos. "O Mussini é
um profissional de muita capacidade e força de vontade", exalta
o sertanejo. E até mesmo Roger Hodgson deixa a tradicional
frieza britânica ao ser perguntado sobre Mussini. "Luis e toda
sua equipe merecem só coisas boas. Foi ótimo conhecê-lo, assim
como sua linda família", afirmou.
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