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samba é um gênero que sempre propiciou grandes encontros musicais. Zeca Pagodinho, por exemplo, dividiu o palco com
sua madrinha Beth Carvalho por diversas vezes. Tivemos também o privilégio de assistir à reunião dos Demônios da
Garoa com Jorge Aragão, Fundo de Quintal com Martinho da Vila e por aí vai... Seguindo esta linha, a Universal Music
acaba de lançar o CD
Bossa negra
, concretizando a parceria entre Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda. No início deste ano,
os artistas organizaram suas agendas para, até o mês de agosto, gravar o repertório e lançar o projeto.
Apesar do álbum ter chegado ao mercado somente neste ano, a ideia do
Bossa negra
é antiga. "Ela surgiu em Miami (Estados
Unidos), em cima do palco, enquando eu dava uma canja no show do Hamilton. Foi um jam que aconteceu sem ensaio. O reper-
tório foi escolhido na hora e incluiu canções de artistas que admiramos – como Baden Powell e Vinícius de Moraes, entre outros.
O resultado foi ótimo e no camarim decidimos que tínhamos que levar a parceria adiante”, recorda
Diogo. Durante cinco anos os artistas mantiveram contato e ›nalmente em
2014 conseguiram a›nar as agendas para a concretização do
Bossa negra
.
“Começamos a montar o repertório e o processo todo, incluindo a produção
do álbum, levou cerca de seis meses”, completa Hamilton.
Com o projeto pronto, a Universal Music entrou no circuito para realizar
a distribuição e divulgação no Brasil e em vários países da América Latina.
“O disco traz músicas de nossa autoria, além de uma pérola inédita chamada
Salamandra
, do João Nogueira e Paulo César Pinheiro”, explica Hamilton.
É bom ressaltar que há também versões de Pixinguinha, Ary Barroso,
Vinicius de Moraes, Caetano Veloso e Arlindo Cruz. As canções de
Bossa negra
caíram nas graças dos críticos musicais e amantes da boa
música. Com in§uências da cultura negra, o projeto resgata a base
melódica de nossa música popular vinda do continente africano.
“Essa ligação com a África está não só no DNA de nossa música,
mas na nossa cultura como um todo. A ›loso›a do batuque se man-
tém criativa e estimulante – sempre!", explica Hamilton.
Apesar de todo o conceito cultural impregnado em
Bossa negra
, o
projeto acabou ganhando o circuito comercial. Segundo a dupla, o
disco superou as expectativas, já toca nas rádios adultas de vários
estados, além de ter entrado na lista dos mais vendidos do iTu-
nes “Fizemos um projeto de coração, sem ter a preocupação
de adequá-lo aos padrões comerciais”, explica Diogo.
"Mas que bom que o público esteja gostando!".
TURNÊS E SHOWS
Bossa negra
foi feito a oito mãos e quase de forma artesanal
– já que se trata de um projeto independente. Além dos
artistas, seus empresários Afonso Carvalho (Diogo Nogueira)
e Marcos Portinari (Hamilton de Holanda) acabaram se envolvendo. “Eles
vão além do papel tradicional de negociadores de shows. São criadores, pen-
sam e realizam tudo junto com a gente”, detalha Diogo. Portinari é co-autor
de boa parte das músicas inéditas, junto com Hamilton e Diogo. Já os arran-
jos e a direção musical ›caram a cargo de Hamilton.
Para divulgar o CD, os artistas terão que trabalhar dobrado, pois a promoção e
as apresentações aconterão em paralelo aos shows solo que realizam.
Bossa negra
estreou no Rio e já foi levado a São Paulo e Curitiba,entre outras praças.“Estamos
preparando uma tour internacional para o ano que vem", a›rma Hamilton, cujo
talento é reconhecido no exterior. E, se depender da vontade dos artistas e da
beleza do espetáculo,
Bossa negra
vai virar DVD. “O cenário e as luzes estão
lindos. O visual do show cai bem em um DVD”, ›naliza Diogo.
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