SUCESSO#159 - page 20

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aldo tem 15 anos de estrada. O início, ao lado do irmão
Lula, esteve atrelado ao funk mais tradicional e a shows
em salões da periferia.Mas essa parceria teve m quan-
do Lula foi assassinado em 2008, por motivos ainda pouco cla-
ros. À época, os irmãos faziam sucesso principalmente no Rio
com a música
Tá surdo?
. Com o incidente, Naldo deu uma pausa
na carreira e teve que se reinventar para cantar sozinho. "Foi mui-
to triste esse caso. Até hoje não superei. Mas resolvi não parar,
pois sei que ele caria feliz se eu continuasse. Recomecei de uma
forma diferente, me afastando do tamborzão e criando shows
com estrutura de espetáculos pop. Era isso que pretendíamos fa-
zer com a dupla pouco antes da tragédia", recorda Naldo.
Essa ideia de aproximar o funk das grandes produções estran-
geiras, inclusive, foi o que ajudou Naldo a se destacar no cenário
pop nacional. Não só isso. Ajudou a fazer do funk uma música
urbana com maior aceitação no mercado. Ou seja: com a contri-
buição de gente como Anitta, Valesca e Naldo, o gênero saiu do
nicho restrito dos bailes de comunidades."Esse processo é recen-
te. Aconteceu ao mesmo tempo em que eu comecei a aparecer
na mídia. Sempre achei que o funk precisava dar esse salto qua-
litativo, incluir dança nos shows, ter produção mais elaborada.
Ainda bem que outros artistas pensaram de maneira semelhan-
te. E isso não é tudo. O gênero vai ser muito maior do que já é.
Aguarde – é só questão de tempo", garante Naldo.
No livro que lançou em agosto, Naldo resume sua trajetória no
universo do funk. Classicado pelo próprio cantor como uma
publicação de memórias e não uma biograa,
Naldo - Cada vez
eu quero mais
(Ed. Planeta) reúne fotos e recordações desses 15
anos de carreira, além de observações do cantor. "Sairá inicial-
mente com 30 mil cópias,mas o desejo é que uma segunda edição
seja necessária. O público brasileiro gosta de histórias de supera-
ção e ainda é muito carente desse tipo de produto", analisa Naldo,
que além do livro fez um show comemorativo aos 15 anos de vida
artística no Barra Music em agosto com as participações de Ci-
dinho & Doca, Marcio G, Bob Rum e Duda do Borel.
LICENCIAMENTO
Para garantir essa evolução constante não só do gênero, mas
principalmente da carreira, Naldo criou uma linha de produtos
com sua marca. A ideia, realizada em parceria com a empresa
Angelotti - Licensing & Entertainment Business e o escritório
MP Entretenimento (do executivoMario Portela), foi elaborada
por meio de pesquisas de mercado que apontaram existir uma
demanda por parte dos fãs para o consumo de produtos perso-
nalizados de Naldo. "É um artista com pouca rejeição, admirado
pelo público feminino, mas que também in£uencia os homens
na maneira de se vestir. É um caso raro na música nacional, já
que aqui o comum é se trabalhar com licenciamento de cantoras.
O Naldo é um dos primeiros cases masculinos com potencial de
sucesso nesse segmento", garante Luiz Angelotti, diretor da em-
presa responsável pelo licenciamento.
A linha de produtos será dividida em quatro segmentos:
Street Wear (com foco na cultura urbana), Sportive (peças in-
£uenciadas pelo basquete, grande paixão do cantor), Golden
Glow (produtos com valor agregado) e Design (com perl mais
sosticado). A Angelotti pretende colocar os itens no mercado
no ano que vem em parceria com cerca de 15 empresas, que
carão responsáveis pela fabricação das peças. "A estética da
marca tem como intuito atrair sobretudo os homens, por isso é
uma grife que explora o nome do cantor e não sua imagem",
diferencia Angelotti.
Naldo se envolveu completamente na criação do conceito das
coleções, que terá tênis, camisas, camisetas, bonés, acessórios,
produtos de higiene, cadernos, fones, capas para celular, reló-
gios, skates, óculos e bolsas. E não encontrou nenhum proble-
ma. Anal, o cantor elabora o próprio gurino desde o início da
carreira. "Sempre fui ligado em moda e nas roupas transadas
que os artistas de funk e soul usavam nas décadas de 70 e 80. E
achava que faltava transferir isso pro funk. Criar impacto tam-
bém por meio do visual. Fugir do óbvio da urban music, que é
aquele visual street wear", observa Naldo.
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