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www.portalsucesso.com.brGRAMMY na categoria "Melhor Álbum de Samba", em
2014),
Samba em mim - Ao vivo na Lapa
(Universal Music) foi
gravado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Curiosa-
mente, o show também serviu como despedida da turnê de
Co-
ração a batucar
. Quanto ao local da gravação, alguns podem
imaginar que a escolha se deu pela importância do icônico bair-
ro da Lapa para o samba. "Na verdade, confesso que foi mais
pela própria casa. Desde que encerrei lá a turnê do álbum
Se-
gundo
, em 2006, a Fundição se tornou uma das minhas casas
preferidas. Mas de certa forma, é uma de minhas preferidas
também por estar na Lapa (risos). Não sei se daria pra falar de
Fundição sem falar de Lapa..."
Treze anos separam este último projeto de Maria Rita da
gravação de seu primeiro DVD, no Bourbon Street, em São
Paulo. Mesmo com tantos discos gravados e shows apresenta-
dos neste intervalo de tempo, a cantora acredita que pouca coi-
sa tenha mudado na hora em que sobe ao palco. "Lógico que 15
anos de estrada trazem um conforto, uma familiaridade com o
circo... mas continuo nervosa e com a mesma sensação de res-
ponsabilidade por tirar as pessoas de casa para me assistirem. E
a mesma gratidão por ser calorosamente recebida", revela. Ma-
ria Rita segue se deparando com essas emoções com absoluta
frequência, já que sua agenda de shows, em todos esses anos,
nunca deixou de ser concorrida.A cantora costuma realizar uma
média de oito a dez apresentações por mês, um número consi-
derado confortável por ela.
› CaNJaS COmamiGOS
E entre um espetáculo próprio e outro, há sempre um tempinho
precioso para as famosas canjas com grandes amigos. Maria Rita
gravou recentemente participações nos novos DVDs deThiagui-
nho (na canção
Desliga você
) e Diogo Nogueira (em
Beiral
) e se
apresentou no Sarau do Brown,projeto já tradicional de Carlinhos
Brown – em Salvador, no final de janeiro. "Curto cada segundo ao
lado de todos eles.Há uma energia enorme nesses encontros. Sou
muito grata por ter o reconhecimento da classe", conta.
Já a atual turnê da artista, iniciada no final de 2015 e intitu-
lada
Samba da Maria
, tem percorrido todo o Brasil e chegará a
grandes teatros e casas de espetáculo de São Paulo, Florianópo-
lis, Curitiba e Porto Alegre neste mês de março. O show é uma
espécie de "trabalho paralelo", segundo palavras da própria ar-
tista, por não se basear em nenhum CD ou DVD. No repertó-
rio, destacam-se sambas com valor afetivo para a intérprete,
incluindo sucessos de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge
Aragão, Alcione, Beth Carvalho e até um samba-enredo da es-
cola paulista Vai-Vai.
Embora os fãs adorem cair no samba com a cantora, o que fica
muito evidente em cada uma de suas apresentações, Maria Rita
conta que não são poucos os pedidos para que ela cante mais
MPB nos discos e shows. Indago no final de nossa entrevista se
isso pode vir a acontecer num próximo projeto: "Ainda não sei,
mas a verdade é que tenho zero preocupação com sonoridade e
com gênero.Sou uma intérprete e,como tal,só posso cantar o que
me completa. Honestamente, pra mim música é música. Inde-
pende de gênero.E o samba me abraçou de uma maneira que não
tinha acontecido antes. Com ele, me sinto plena".