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funk

P

OR

G

USTAVO

G

ODINHO

H

á alguns anos MC Guimê é o principal nome masculi-

no do funk nacional. Com quase 10 milhões de segui-

dores no Facebook, ele é um dos brasileiros mais in-

uentes na plataforma digital. No YouTube, não é diferente. Na

rede de vídeos, o funkeiro soma mais de 320 milhões de visuali-

zações. Seu atual single,

Viva la vida

, que conta com a participa-

ção dos amigos do Tropkillaz, lançado no ‰m de julho, fechou o

mês de agosto com quase dois milhões de views.

Mas não é somente no funk que Guimê ostenta visualizações.

Ele é ‰gurinha carimbada em festas agropecuárias graças à sua

participação na música

Suíte 14

, da dupla Henrique & Diego. O

artista também conquistou uma grande parcela de fãs de pop

music com seu penúltimo single, o dançante

Não rouba minha

brisa

. Con‰ra a seguir nosso bate-papo com Guimê.

SUCESSO! - Recentemente você lançou o single

Não rouba

minha brisa

. Pode-se dizer que você virou a página e hoje não

faz mais parte de ummovimento calcado na ostentação?

Guimê -

Na verdade o nome ostentação foi a mídia que criou por

causa da necessidade de rotular a minha música. Mas eu não me

preocupo com essas denominações. Minhas letras falam de supera-

ção, mostram que não só os ricos podem alcançar uma condição

bacana e tudo mais. O pobre da periferia também

pode, tem que acreditar e correr atrás. Partindo

desse ponto de vista, a página nunca vai ser

virada, vou sempre ostentar superação!

Não rouba minha brisa

tem uma pegada to-

talmente pop. Acha que com essa música

você está conseguindo conquistar um novo

público – distante do funk?

Esse não foi o foco. Independente do estilo

da música, eu procuro passar uma ver-

dade, alguma coisa em que acredite ou

esteja vivendo no momento. Tenho

trabalhado bastante com o produtor

Pedro Dash, que tem essa pegada

mais pop, então a música partiu na-

turalmente para esse lado. Se conse-

guirmos alcançar novos públicos,

vai ser excelente!

País do futebol

, que foi tema de no-

vela e cujo clipe contou com a par-

ticipação do Neymar, foi o grande

marco de sua carreira?

Sim, claro. A novela ajudou muito e o Neymar

também tem um peso muito grande nisso tudo.

Mas acredito que a galera se identi‹ca com a mú-

OSTENTANDO

VIEWS

MCGUIMÊ

LANÇAPRIMEIROCDFÍSICO, MASAPOSTANODIGITAL, AFIRMANDO

QUEO YOUTUBEÉAPLATAFORMAMAISDEMOCRÁTICADOMERCADODEMÚSICA

sica, tem o sonho do moleque da quebrada de ser jogador de futebol…

A música trouxe isso pra perto deles, mostrando que é possível. Ney-

mar, Emicida e eu somos exemplos de que é possível mudar de vida

pra melhor. É só acreditar.

Você é um artista que até hoje lançou apenas singles. Por que

optou por esse caminho?

Hoje em dia a internet é muito mais forte que em outras épocas. Hoje

a pessoa que quer ouvir uma música, procura no YouTube. É mais

democrático, não precisa de dinheiro pra chegar num determinado

patamar artístico. Estou prestes a lançar meu primeiro CD físico

Sou ‰lho da lua

, e farei isso somente para consolidar a carreira,

sobretudo para promover meu trabalho junto aos contratantes. Por-

que o grande retorno e alcance vem mesmo da internet.

Muito se fala sobre a captação de patrocínio via Lei Rouanet.

No ano passado você foi autorizado a correr atrás de patrocí-

nio. Qual a importância desse incentivo na carreira de um

artista já consolidado no cenário musical?

Na verdade, meu antigo escritório entrou com um projeto para le-

vantar patrocínio, mas não demos continuidade no processo. Nada

foi arrecadado por nós. Acho válida a ideia da lei, porém ela precisa

ser muito mais criteriosa. Geralmente quem conhece os meandros da

lei consegue aprovação mais rápida. Quem realmente precisa nem

sempre é atendido. Muitos dos pedidos já aprovados foram para

pessoas que tinham condições de fazer seus projetos com recursos

próprios. Acho que a lei deveria apoiar todo o entorno do proje-

to, como espaços culturais, editoras independentes etc. Em resu-

mo: apoiar pro‹ssionais que gerarão retorno para os artistas e

tornarão a cultura mais próxima de quem realmente precisa.

Você conseguiu conquistar o público serta-

nejo com

Suíte 14

.Depois da explosãodes-

se hit, passou a fazer shows em festas e

feiras agropecuárias?

Sim, fazemos bastante feiras, inclusive

temos o formato de banda pra justamen-

te atender esse tipo de evento.

Aliás, quais são seus atuais for-

matos de shows?

Temos dois formatos – um deles é tipo

DJ, destinado a espaços menores

onde não é viável colocar a banda,

e exige menos estrutura. Já com

banda é um show mais longo, com

tudo que tem direito, destinado a

lugares maiores, como feiras e

grandes casas de shows.

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