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www.portalsucesso.com.br

católico

P

or

G

ilmar

l

aurindo

H

á pelo menos três anos, Padre Alessandro Campos apa-

rece nos rankings dos artistas que mais vendem CDs e

DVDs no Brasil. Em 2014, vendeu um milhão de có-

pias do disco

O que é que eu sou sem Jesus?

(Som Livre) e foi o

único brasileiro a aparecer na lista dos 50 álbuns mais comercia-

lizados no mundo naquele ano, segundo a Federação Internacio-

nal da Indústria Fonográfica (IFPI).O feito se repetiu com o CD

e DVD

Quando Deus quer, ninguém segura

, lançados no ano pas-

sado pela mesma companhia, que fecharam o exercício no topo

das listas de best-sellers. Assim como Jorge &Mateus,Henrique

& Juliano e Gusttavo Lima, a agenda do Padre Alessandro Cam-

pos é disputadíssima por megaeventos rurais – onde ele sempre

reúne milhares de pessoas. Seu programa semanal de TV, exibido

às terças-feiras à noite pela Rede Vida, alcança 3800 municípios

e registra audiências recordes.

Qual é, afinal, o segredo deste jovem de 34 anos, nascido em

Guaratinguetá (SP), para atrair tanto interesse do público? Um

misto de talento, carisma e poder de comunicação com as mas-

sas. "Sou padre, acima de tudo.Não sou artista ou popstar, como

alguns apregoam. Sou um artista de Jesus. Uso a música para

evangelizar. Então, o palco vira meu altar. No show, é como se

eu estivesse numa missa", resume ele, citando um ensinamento

PoP

e

sertanejo

AlémdeliderArAs vendAsdeCdsedvdsnopAís,

Padrealessandro

CamPos

estáentreAsAtrAçõesmAisrequisitAdAsporeventosrurAis

do então Papa João Paulo II sobre o qual os religiosos devem

sair da sacristia e ir em busca de novas ovelhas. "Ele disse que a

Igreja precisa de santos sem véus, de santos de calças jeans e

tênis. Precisa de santos que vão ao cinema, ao teatro e que co-

mam pizza com os amigos.Que estejam no mundo mas que não

sejam mundanos".

Padre Alessandro vai literalmente onde o povo está. Podia ser

roqueiro, cantar MPB ou música erudita. Mas escolheu o serta-

nejo. "Venho de família mineira, interiorana, cresci escutando

música sertaneja. Então, me apaixonei pelo gênero desde cedo",

diz ele. "Quando criança, já seguro do que eu queria para minha

vida, fui a um show de Zezé & Luciano, que tinham acabado de

estourar

É o amor

.O local estava lotado, o público vibrava. Pensei:

imagina se um dia eu, como padre, pudesse subir num palco e

juntar uma multidão dessas cantando para Jesus Cristo? Hoje,

faço isso quatro, cinco dias por semana, e me sinto privilegiado e

abençoado", afirma o religioso, que toca violão, canta e compõe.

Aliás,Alessandro é um dos autores de

O que é que eu sou sem Jesus?

,

seu principal hit. "Esta é mais que uma canção, é uma oração.

Porque quando você diz que é nada sem Ele, está querendo dizer:

com Jesus eu sou tudo. A Bíblia ensina: tudo posso naquele que

me fortalece. Meu maior desejo era que o Brasil cantasse esse

hino. Felizmente consegui realizá-lo."

› ProdUÇÃo CaPrICHada

Nos shows, Alessandro Campos conta com banda de apoio e

produção caprichada. O repertório, além de seu maior hit, traz

outros hinos religiosos como

Alô meu Deus

,

Padroeira de sertanejo

e

Um certo Galileu

– e clássicos sertanejos como

Chico Mineiro

,

Meu velho pai

,

Ipê florido

,

Estrada da vida

e

Rédeas do possante

.

Entre um bloco e outro de canções, o "padre sertanejo" passa aos

presentes mensagens de fé, através de frases e orações (

O Senhor

esteja convosco

,

Pedis e recebereis

e

Palavra de Jesus

etc).

Ao contrário de alguns padres-cantores que só fazem shows em

suas paróquias, Alessandro Campos tem a carreira artística con-

duzida de forma profissional,pelaTalishows Produções (de Valter

Viúdes).Mas ele explica o que faz com os direitos sobre os CDs/

DVDs e o cachê das apresentações: "Primeiro, há pessoas que

pensam que sou milionário porque vendi, por exemplo, um mi-

lhão de cópias.A pessoa multiplica o valor do DVD (R$ 20 reais)

por um milhão e logo diz: 'o padre ficou milionário'. Mas o leigo

não sabe que o intérprete fica apenas com uma pequena porcen-

tagem da venda de cada produto. No caso dos shows, é a mesma

coisa. Tenho um escritório, músicos, equipe e produção para pa-

gar. Com o que sobra, ajudo minha diocese. Estou construindo

uma igreja em Mogi das Cruzes (SP), onde rezo missa toda se-

mana. Há 15 anos mantenho três creches e repasso parte do que

ganho para essas instituições", afirma ele. "Eu não conto as moe-

das, mas sim as almas que trago para Jesus Cristo".

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múSicapara

evangelizar.

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