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natal, como forma de homenagem e agradecimento aos conter-

râneos. "Quando o Roberto soube do meu propósito, simples-

mente abriu mão do cachê", emociona-se, ressaltando que no

show de número 10.000 de sua empresa, realizado em janeiro de

1997 no ginásio Geraldão, em Recife, a atração foi justamente o

"Rei". Segundo o profissional, considerando as capitais do país, a

Pinga Promoções realizou shows de Roberto em quase todas elas,

exceto as três da região sul, São Paulo, Rio, Palmas e Boa Vista.

"Odia 18 de agosto de 1966,quando fiz o primeiro show,era uma

quinta-feira.Meu desejo era levar o Roberto a Recife exatamen-

te no dia 18 de agosto deste ano, coincidentemente uma quinta-

-feira. Isso não será possível por questões de agenda. No entanto,

já estou acertando outra data com a DC-Set, pois na minha des-

pedida como realizador de shows e eventos não considero con-

tratar outra atração que não o "Rei", afirma.

› HiStÓriaS

Se quisesse, Pinga poderia escrever uma enciclopédia com as his-

tórias que acumulou ao longo dos anos. E são várias. Como a que

envolve o cantor Ronnie Von, segundo ele o artista com o qual

proporcionalmente mais lucrou. "Em 1976, o Ronnie estava um

pouco em baixa e o manager dele me ofereceu um pacote de 30

datas por 20 mil cruzeiros cada show. Acabei negociando cada

show a 8 mil cruzeiros e mesmo assim achei que poderia tomar

prejuízo. Só que o Ronnie foi chamado para participar do ga-

meshow

Qual é a Música

, do Silvio Santos, que era líder de audi-

ência aos domingos – e lá ficou por várias semanas, derrotando

concorrentes famosos.Resultado: acabei negociando outras datas

e fiz ao todo 47 shows do Ronnie. Vendi apenas uma data, para

um promotor de Itabuna (BA) – e me arrependi. Vendi por 15

mil cruzeiros e o promotor lucrou 80 mil com a apresentação do

Ronnie", lembra Pinga. Em meio à maratona, Roonie Von ficou

totalmente afônico e propôs cancelar uma apresentação (marcada

para Palmares/PE), mas Pinga o demoveu da ideia, convencen-

do-o a dublar as músicas, enquanto seu parceiro de composição e

músico Tony Ozanah interpretava as canções.

Além das atrações nacionais, a Pinga Promoções realizou vá-

rias produções internacionais nessas cinco décadas, com nomes

como Ray Charles, Julio Iglesias,Charles Aznavour, Information

Society,Men at Work,Menudo, Pat Methney,Mister M,Donna

Summer e Faith no More. Com a banda californiana que gravou

os hits

Epic

e

Falling to pieces

, Pinga garante ter perdido 400 mil

dólares, numa turnê de oito shows. "Eu não sei falar nem enten-

do inglês,mas se soubesse nunca teria fechado contrato com uma

banda cujo nome traduzido para o português é algo como 'fé

nunca mais", lamenta ele, católico praticante, cujo apelido foi

dado por um padre ainda na infância.

A lista de realizações do promotor inclui vários eventos es-

portivos em Recife, como uma luta de boxe de Adilson Magui-

la versus o paraguaio Angel Amarilla, amistosos de clubes como

Vasco, Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro, além de par-

tidas da seleção brasileira de futebol. "Em 1996, tomei um bai-

ta prejuízo com o jogo Brasil X Polônia, em Recife. Nosso time

tinha ganho a Copa do Mundo dois anos antes e eu achei que

lotaríamos o estádio. Só que choveu muito, a TV transmitiu a

partida para a cidade e o time foi a campo sem os principais

craques. Resultado: perdi 300 mil dólares", finaliza.

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