SUCESSO#161 - page 60

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rádio
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or
T
homaz
r
afael
E
m sua primeira passagem pela Metropolitana FM
(98.5), de São Paulo, entre 2002 e 2006, o diretor artís-
tico Waguinho Rocha comandou uma pequena revolu-
ção no mercado. Abriu espaço na programação para a black
music e fez a rádio brigar de igual pra igual com emissoras até
então mais lucrativas e com marcas bem mais conhecidas.
Como resultado, alcançou a liderança de audiência no segmen-
to pop/jovem e chegou a colocar a rádio entre as cinco mais
ouvidas na capital paulista.
Façanhas que chamaram a atenção da 89 FM. Waguinho foi
contratado pela emissora em 2006, recebendo a complicada mis-
são de transformar a chamada "rádio rock" numa emissora, diga-
mos, mais pop. "É claro que essa mudança foi difícil. A maior
barreira foi superar o preconceito das pessoas.Mas conseguimos.
A emissora saiu do último lugar do segmento jovem e se tornou
a segunda FM mais ouvida em São Paulo", lembra ele.
As proezas na Metropolitana e 89 se juntaram a bons traba-
lhos antes realizados na Cidade FM e na Jovem Pan. Um cur-
rículo invejável para um radialista sonhador que iniciou a car-
reira em 1984, aos 18 anos, na Clube FM, de São José dos
Campos. Currículo esse ampliado há um ano e meio com o
retorno do profissional à Metropolitana.
Completando 30 anos de rádio,Waguinho fala sobre sua tra-
jetória e os novos desafios na nova (velha) casa. Também fala
sobre ibope, funk e seu trabalho paralelo com a Multiplay, em-
presa fornecedora de vinhetas e games para rádios.
» SUCESSO! - Você considera sua primeira passagem pela
Metropolitana o momento mais marcante de sua carreira?
Waguinho -
Com certeza! Na época, a gente fez uma revolução no
dial. AMix e a 89 eram rádios "rock" e aMetropolitana veio por fora,
com uma programação mais aberta e com bastante destaque ao hip
hop. A rádio alcançou uma audiência fantástica.
» Antes de chegar à Metropolitana pela primeira vez, você
havia trabalhado emduas potências do dial paulistano (Cida-
de e Pan). Foi difícil a mudança para uma rádio (à época) com
menos estrutura e audiência?
Quando você muda de algum lugar para outro sempre tem um perí-
odo de adaptação. A transição foi difícil também porque era minha
estreia na coordenação Artística da Metropolitana. Ou seja, o desa-
fio era muito maior.
» Depois, veio a 89 FM. Foi complicada a mudança de uma
programação roqueira para uma mais pop?
Alcançamos todos os objetivos previstos. Reposicionamos a emissora
com uma proposta diferente. As ações de mídia valorizavam a "no-
vidade" em tudo na rádio e deu certo. A emissora saiu do último lugar
do segmento e se tornou a segunda mais ouvida no FM em São Pau-
Históriasde
sucesso
WaguinhoRocha
, daMetropolitanaFM (Sãopaulo), FaladaSeMiSSoraS
onde trabalhouecoMentaaForMacoMoo ibope veriFicaaaudiência
lo. É claro que a transição foi difícil. A maior barreira foi superar o
preconceito das pessoas. Mas não existe segmento melhor ou pior.
Cada emissora tem o seu papel. Por isso, respeito muito cada rádio
onde trabalhei. Sempre procurei imprimir uma identidade a cada
emissora, com a qual o ouvinte se identificasse.
» Você retornou no início de 2013 à Metropolitana. Que ba-
lanço faz do trabalho desenvolvido nesta volta?
Bem, as mudanças começaram em abril de 2013. A grade da rádio
passou por algumas transformações. Mudamos alguns programas de
horário, fomos buscar novos comunicadores para a emissora e de novo
a Metropolitana inovou em sua programação, abrindo espaço para
novos artistas que até então nenhuma emissora tinha coragem de
tocar, como Anitta, por exemplo. Para 2015, nossa expecativa é de
ficar entre as oito emissoras mais ouvidas em São Paulo.
»O que atualmente diferencia a Metropolitana das outras
oveRsátilWaguinho Rocha
"NãoexistesegmeNtomelhoroupior; aemissoraprecisa
terumacaraprópria, comaqualouviNtese ideNtifque"
divulgação
1...,50,51,52,53,54,55,56,57,58,59 61,62,63,64,65,66,67,68
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