43
amizade com todos os integrantes. Por isso, resolvi convidar o bate-
rista Paulinho para tocar em duas faixas (
Quem é você
e
Cê quer
saber
). Ele aceitou na hora e até se comoveu com as letras das canções.
Já o Naldo Benny é um camarada com quem tenho contato há muito
tempo. Ele tem tido encontros com Deus através das minhas músicas.
Naldo imprime sua marca nas faixas
Quero sua vida emmim
e
Ide
.
Há também a participação de cantores desconhecidos do grande pú-
blico. Mas como eles são meus amigos e cantam muito, resolvi colocá-
-los no projeto. Edvaldo Santos aparece em
Dá-me um coração
segundo o seu coração
e Delino Marçal canta
Que amor é esse
.
»O show apresentado em
Ide
é uma superprodução regada a
black music e soul. Há muita interação com o público e você
incita a plateia a se divertir de uma forma especial. Este tipo
de postura chega a incomodar alguns fãs de música religiosa,
que deixam de frequentar seus shows?
Desde que inciei minha carreira evangélica sempre fui muito aberto e
acessível aos fãs de música secular.Desde o começo meus shows e minhas
músicas repelem o religioso fervoroso. Meu público consome meu tra-
balho para se divertir, para ouvir a palavra de Deus e, principalmen-
te, para receber mensagens positivas através da religião.
» Então você deve sofrer muitos boicotes nomeio gospel, que
normalmente é bem unido?
Demais. Principalmente quando rola a escolha de line-up para fes-
tivais. Mas eu não ligo, porque sou um cara que corre lado a lado com
quem gosta de mim. Não vou mudar minha postura para agradar
um ou outro empresário do meio. Meus fãs gostam da minha música
e, juntos, louvamos a Deus.
» É por esse motivo que seu próximo trabalho será composto
apenas por canções seculares?
Não necessariamente. Meu próximo CD de inéditas conterá apenas
canções românticas. E não vejo tanta diferença para meus discos an-
teriores. Minha carreira sempre conquistou o mercado secular. Como
eu disse, as letras que escrevo falam de positividade através da fé e
isso é muito bem vindo junto a todos os tipos de público.
» Fora a música, você escreve livros e tem outros negócios,
como uma grife de roupas. Como andam essas frentes?
A todo o vapor. Meu primeiro livro,
Olha o que Ele fez comigo
,
continua vendendo muito bem. Nele, eu conto a história da minha
vida. Agora estou escrevendo mais dois:
Como viver na pressão
e
Nos 40 dias
, que mostram como se aplica, na prática, a fé em Deus.
E a minha grife continua indo muito bem. Além das roupas, temos
óculos e cases para celulares, entre outros itens. Temos uma frente
muito forte em e-commerce e abrimos nossa primeira loja física em
Passos (MG). Todo dinheiro arrecadado com a venda das roupas é
revertida a instituições de caridade.
» Você está prestes a lançar umdisco pelaMotown, gravadora
dos grandes nomes da black e soul music internacional?
Sim. O selo me contratou, eu gravei um CD com versões em inglês e
espanhol dos maiores hits da minha carreira e até o mês de fevereiro
ele será lançado nos EUA e em toda a América Latina. Isso fará com
que a minha agenda gringa de shows aumente ainda mais.
