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Tiro cerTo
P
or
G
ustavo
G
odinho
N
o final do ano passado, o Jota Quest novamente acertou
a mão. O lançamento do disco
Funky funky boom boom
aproximou mais uma vez a banda de uma sonoridade
calcada na disco music norte-americana e deu a pitada de origi-
nalidade que faltava à apática cena do pop rock nacional. O pro-
jeto tem a marca dos mestres Nile Rodgers e Jerry Barnes (ambos
do Chic) e o single
Mandou bem
vem conquistando a crítica es-
pecializada e arrebanhando novos fãs para a banda.
O álbum tem a produçãomusical do baixista Jerry Barnes – que
deu bons toques de posicionamento de microfone para Rogério
Flausino e dicas de como captar os backing vocals. “O cara é in-
sistente. Gravamos várias vezes as mesmas canções até encontrar
o groove correto.Em relação aos backing vocals, ele fez o Rogério
cantar camadas inteiras em vários canais e, na hora de mixar, fez
tudo em formato estéreo. Diferentemente do que estávamos
acostumados a fazer”, recorda o guitarrista Marco Túlio.
O melhor de tudo é que
Funky funky boom
boom
vem fazendo a cabeça dos críticos musi-
cais. Graças à forte influência disco e à partici-
pação especial do mestre da guitarra Nile Rod-
gers (nas faixas
Mandou bem
e
Imperfeito
), o
trabalho ganhou boas resenhas nas publi-
cações brasileiras. Vale ressaltar que
Nile é uma espécie de midas da músi-
ca. Ele é dono dos riffs cheios de ba-
lanço do Chic e, mesmo quando fica
nos bastidores, dá tiros certeiros.
Produziu, por exemplo, o acla-
mado
Random acess memo-
ries
, álbum do Draft Punk
lançado em 2013.
Com todo esse
hype criado em
cima do proje-
to, o Jota
Q u e s t
Bomde
balanço
aolançardiscocomaparticipaçãode integrantesdabanda
americanachic,
JotaQuest
conquistaamídiamusicalenovosfãs
mauricionahas
também fisgou um outro tipo de público. Além dos fiéis segui-
dores da banda,fãs da onda discoteca também curtiram e comen-
taram nas redes sociais sobre o novo disco. “É claro que os fãs de
Chic e de Draft Punk foram conferir o resultado final do nosso
disco. É um público mais exigente musicalmente e fico feliz que
tenham gostado. Mas trabalhamos primeiramente para achar
uma sonoridade que nos agrade. A aceitação do público foi con-
sequência e resultado de muito suor”, comenta Marco Túlio.
"Quanto aos jornalistas, é ótimo ver boas críticas, mas nunca nos
importamos muito com esse tipo de opinião”.
Mas é claro que o mérito do bom disco não é apenas das
participações especiais. O Jota Quest procurou durante dois
anos pela sonoridade impressa em
Funky funky boom boom
. Se-
gundo o guitarrista, o processo de composição e arranjo acon-
teceu de forma natural e reflexiva. “Não queríamos soar repeti-
tivos, embora nesse disco tenhamos resgatado as influências de
nosso primeiro trabalho,
J. Quest
.Mas sinto que voltamos a soar
como uma banda de arena”, explica.
Lançado primeiramente no Deezer,
Funky Funky
foi o sé-
timo disco mais ouvido entre outubro e novembro. Isso
pode ser um sinal positivo relacionado às boas venda-
gens do produto físico.A exemplo deste novo projeto,
o penúltimo disco da banda,
La Plata
, também foi
lançado primeiramente no formato streaming e
alcançou a marca de 60 mil exemplares vendidos.
› bonDe Dobalanço
Além das estrelas norte-americanas,
Funky funky boom boom
con-
ta com os serviços dos produtores Adriano Cintra e Pretinho da
Serrinha. Há ainda canções compostas por China, Xande de Pi-
lares e Seu Jorge. “Essa turma de peso ajudou a fazer do projeto
algo único na carreira do Jota Quest”, diz Marco Túlio.
O grupo cumprirá agenda promocional até o carnaval e, em
paralelo, fará alguns shows-ensaios, como o ocorri-
do no final de novembro no Circo Voador (Rio).
A nova turnê começa pra valer apenas em mea-
dos de fevereiro.
Outro ponto positivo é
que provavelmente o
Funky
funky
será divulgado em jogos
da Copa do Mundo. A
gravadora do Jota Quest,
Sony Music, é uma das
patrocinadoras do even-
to esportivo e terá mais
facilidade para emplacar
seus artistas em shows
que antecedem os jogos
e fan fests.
PuxadoPelosingle
MandoubeM
,
discoteMsonoridadecalcadana
discoMusicnorte-aMericana
