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grandes talentos. Equipe que tive o orgulho de montar e dirigir. Ali
trabalhamos artistas como Raça Negra, Só Pra Contrariar, Zezé &
Luciano, Daniel e, por que não, Skank e Cidade Negra. Isso foi até
1999. Por fim, cito a Mix FM como um caso de amor. Uma emissora
que levamos desde os últimos lugares até a liderança geral de audiência,
segundo o Ibope – feito alcançado em 2006, algo que uma emissora
"jovem" havia conquistado pela última vez em 1993, com a Transa-
mérica, como citei antes.
»Qual o segredo para manter uma emissora (Mix) há tanto
tempo entre as líderes no segmento jovem?
Como já disse, não há segredo. O que há é trabalho, dedicação, em-
penho, capricho e informação técnica. Usar os dados da maneira exa-
ta. Um target não se comporta da mesma maneira por vários anos.
Especialmente os jovens (target da Mix), suas expectativas, seu gos-
to musical, seu modo de comunicação, tudo muda ao longo de um
período de tempo. Estar atento a estes movimentos, entendê-los e usar
esta informação de forma técnica, ajudam a explicar os resultados.
Claro que ter profissionais do mais alto nível e absolutamente com-
prometidos, faz diferença! E isso, a Mix tem de sobra. Divido o
longo sucesso da Mix com todos aqueles que passaram pela emissora
nestes 14 anos, com aqueles que estão conosco hoje e principalmente
com o Fernando Di Genio, dono da empresa, que sempre depositou
confiança irrestrita em meu nome.
»Quais os programas de maior audiência da Mix?
Historicamente os programas de humor e aqueles que envolvem "as
mais pedidas", como o Top Mix, ocupam o topo dos nossos dados de
audiência. Mas somos um projeto que não depende de um ou outro
programa. Uma grade consistente, bem definida e estabelecida a partir
de critérios técnicos e estratégicos, alinhamento de linguagem e apre-
sentação, isso sim, define quem somos e onde queremos chegar.
» Além dos astros pop internacionais, que artistas brasileiros
frequentam a programação da Mix?
Somos uma emissora jovem, e, dentro de nossa estratégia, vamos en-
tregar o que nossa audiência espera de nós, preservando a honestidade,
a coerência e a personalidade da emissora. Abraçar movimentos de
forma mais ou menos oportunistas vai gerar prejuízos de longo prazo
que são quase incontornáveis. E o mercado está recheado de emissoras
que já tiveram seu momento e que acabaram se perdendo por não pre-
servar sua verdade, aderindo a "modismos" e a movimentos que forja-
ram um falso crescimento de audiência. Sob este ponto de vista, acolhe-
mos na Mix artistas como O Rappa e Anitta, Skank e CPM 22,
Planta e Raiz e Naldo, Nando Reis e NXZero, mas sempre entregan-
do o que nossa audiência espera de nós.
»Qual o perfil básico do público da Mix?
Somos uma emissora jovem, especialmente focada na faixa entre 15
e 29 anos, nas classes A, B e C, e equilibrada entre homens e mulhe-
res. Este é o alvo final e estabelecido desde o iníco da trajetória da
emissora, e é nisso que trabalhamos todos os dias.
» Vocês têm 26 afiliadas em todo o país? Quantas horas/dia
essas emissoras têm programação própria e em que horários
a programação entra em rede?
Nós geramos 24 horas por dia de programação para todos os nossos
afiliados, mas somos flexíveis quanto a faixa adotada por cada emis-
sora em seu mercado. Respeitamos questões regionais e demandas lo-
cais, mas uma coisa é certa: a Mix será a mesma Mix em qualquer
lugar do Brasil, mesmo quando em horário local. Os princípios básicos
que norteiam a rede Mix serão sempre aplicados por cada uma de
nossas afiliadas, todas dirigidas de forma séria e profissional. Este ní-
vel de parceiros é algo de que não abrimos mão.
» Você está à frente de web radios patrocinadas, caso da Coca
Cola FM. Como surgiu a ideia de criar essa rádio? Você par-
ticipou do projeto ou só cuida da programação?
Este é um projeto mundial da Coca-Cola, que tive a honra de ser
convidado a desenvolver, desde seu nascimento. É a maior marca do
mundo, e ser parte desta história é motivo de orgulho, mais uma vez.
O projeto da Coca-Cola FM nasceu internacional, já que existe em
toda a América Latina. Do México ao Brasil, da Colômbia à Argen-
tina. E isso não foi uma "ideia" minha ou dos meus parceiros neste
projeto. Houve um convite e, a partir de um briefing, foi desenvol-
vida a inteligência e a estratégia na busca pelos resultados projetados,
e, por fim, sua execução propriamente dita. Esta foi e é a minha
parte, sempre com um time de grandes profissionais. Hoje, a Coca-
-Cola FM vai além de sete ou oito milhões de conexões mensais,
apenas na rádio online. São números absolutamente impressionan-
tes. Mas o aprendizado aponta uma grande dependência destes nú-
meros da visibilidade que a Coca-Cola dá ao projeto. E de visibili-
dade esta companhia entende como niguém!
» Por que acredita que empresas como a Coca Cola optampor
projetos digitais como esse?
Com a pulverização e multiplicação (por consequência) dos meios de
distribuição de conteúdo, fica cada vez mais difícil atingir seu consu-
midor "interferindo" no conteúdo de terceiros. Este modelo que funcio-
na há décadas vem sofrendo mudanças profundas. Ser o conteúdo, e
distribuir informação e entretenimento embalado com sua personali-
dade, sua mensagem e com os valores de sua marca, é o que se denomi-
na Branded Content. E disso, num futuro próximo, não haverá como
fugir. As marcas que quiserem ser ou se manter relevantes, precisarão
criar envolvimento emocional. E isso não se faz com comerciais no
"na rádio cidade fm, em são paulo (nos anos
90) construímos um recorde de audiência no
ibope que, ainda hoje, não foi superado.
primeiro lugar categórico. formamos uma
equipe que pode ser chamada de histórica, já
que vários de seus componentes hoje são
diretores de algumas das principais emissoras
de são paulo. posso citar Wagner mendes,
marcelo siqueira, murillo Jr. (band),
Waguinho rocha (metropolitana) e muitos
outros grandes talentos. equipe que tive
o orgulho de montar e dirigir."
