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rádio
P
or
G
ilmar
l
aurindo
M
arcelo Braga
já
escreveu
com
letras
maiúsculas seu nome na
história do rádio brasilei-
ro. Com 30 anos de atua-
ção neste mercado, Mar-
celo sabe como poucos
colocar uma emissora no
topo entre as mais ouvi-
das. Começou como lo-
cutor em Brasília e logo
migrou para os bastido-
res, assumindo funções
executivas, onde demons-
trou inquestionável ta-
lento. Criou a rede Tran-
samérica de rádio no
final dos anos 1980, foi
diretor superintendente
da Cidade FM, emissora
que marcou época nos
anos 1990, e, nos últimos
anos, vem se destacando
à frente da Mix FM,
emissora desconhecida
até sua chegada e que
hoje ocupa confortável
posição no Ibope, apesar
da programação exclusi-
vamente pop.
Além da emissora
mãe, a Mix tem sua programação retransmitidas por 26 afiliadas
em todo o país. O segredo para tanto sucesso? Ele arrisca res-
ponder: "acho que deve-se ao respeito, dedicacão e parceria es-
tabelecidas ao longo de anos com os players do mercado, sejam
artistas, empresários, gravadoras, profissionais de rádio e TV",
afirma Marcelo, que também está à frente da MixTV – e, em
paralelo, dirige a Coca Cola FM, emissora de web rádio que está
entre as mais ouvidas no universo digital. Na entrevista a seguir,
Marcelo fala de seu trabalho, entre vários outros temas.
» SUCESSO! - Você é tido como uma espécie deMidas no rá-
dio, com vários cases de sucesso. A que credita isso? Feeling
apurado? Criação de estratégias certeiras?
MARCELO BRAGA - Antes de qualquer coisa, fico muito feliz e até
envaidecido com a percepção do mercado quanto ao meu trabalho. Cla-
ro que os resultados concorrem definitivamente para isso, mas penso
que o respeito, a dedicacão e a parceria estabelecidas ao longo de anos
Nos
primeiros
lugares
há 30 anosreferêncianomercado, diretordaredemix fmeda
webrádiococa-colafm,
marceloBraga
faladoseutrabalho
com os players do mercado
– sejam artistas, empresá-
rios, gravadoras, profissio-
nais de rádio e TV – aju-
dam a estabelecer essa
imagem. O que é ótimo!
Quanto aos resultados, pos-
so resumir dizendo que to-
das as emissoras em que
trabalhei, como diretor ar-
tístico ou diretor geral, ocu-
param a liderança geral de
audiência, posição que não
ocupavam antes, incluindo
projetos em Brasília, São
Paulo e Portugal.Não acre-
dito, definitivamente, em
“feeling”. Acredito em dedi-
cação, empenho, muito tra-
balho e dados! Números que
apontem caminhos, dados
que demonstrem erros e
acertos, enfim, definição
técnica da estratégia. Não
existem gênios. A diferença
será feita no volume de tra-
balho e no uso correto das
informações técnicas que, no
fim das contas, estão dispo-
níveis àqueles que as quei-
ram (e saibam) utilizar.
» Fale sobre seus principais cases de sucesso.
De forma bem resumida, posso relatar a Transamérica FM, entre
1988 e 1993, quando fui diretor artístico.Montamos a primeira rede
FM do Brasil, além de ocuparmos a liderança geral de audiência por
vários anos – apresentando artistas como Nirvana e Pearl Jam, Ma-
donna e Michael Jackson, Paralamas do Sucesso e Engenheiros do
Hawaii. Posso falar também da ida para Portugal (entre 93 e 94),
para montagem da rede Cidade FM, quando novamente chegamos à
liderança geral de audiência naquele país, com uma emissora que vi-
rou referência no mercado, também trabalhando a linguagem e os
artistas chamados de pop. Na sequência, veio a rádio Cidade FM, em
São Paulo. Ali construímos um recorde de audiência no Ibope que,
ainda hoje, não foi superado. Primeiro lugar categórico. Formamos
uma equipe que pode ser chamada de histórica, já que vários de seus
componentes hoje são diretores de algumas das principais emissoras de
São Paulo. Posso citar o Wagner Mendes, o Marcelo Siqueira, o Mu-
rillo Jr. (Band), o Waguinho Rocha (Metropolitana) e muitos outros
divulgação
marceloBraga
contrárioamovimentosmusicaisoportunistas, que criam
audiênciafalsaegeramproblemasalongoprazoàsemissoras
