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POP
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ELDER
M
ALDONADO
restArt
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PRETONO
BRANCO
O
figurino colorido que caracteri-
zava os integrantes da banda
Restart agora é passado. A ban-
da paulistana que surgiu com alarde há cinco anos
tocando o chamado happy rock mudou consideravel-
mente. O figurino de tons berrantes agora dá lugar a peças
mais sóbrias. E as letras, antes inocentes, ganharam conotações
mais picantes, como pode ser notado no recente single
Cara de santa
.
Amadurecimento? Pode ser. Afinal, quando a banda surgiu, em 2008, os
músicos estavam todos com cerca de 16 anos. Agora, já na casa dos 20, muita
coisa mudou. A banda adquiriu experiência e estrada. Passou por altos e baixos na
carreira, conheceu a fundo o traiçoeiro mundo da fama e, claro, foi alvo de colunistas
sociais. Principalmente o vocalista Pe Lanza, que teve relacionamentos midiáticos, como o
namoro com a atriz Giovanna Lancelotti e o affair com a modelo e apresentadora Ellen Jabour.
Mas fofocas não mantém carreiras em alta. Não por muito tempo. Por isso a banda empre-
sariada por Marcos Maynard e Guto Campos tem criado vários planos para continuar em
evidência em um momento pouco oportuno para o rock no país. Para este ano, a proposta do
Restart é lançar vários singles digitais, para só depois compilar essas faixas em um disco físico. "O
resultado desse tipo de ação é satisfatório para nosso público.
Cara de santa
, primeira das músicas a sair
exclusivamente nesse formato, foi bem recepcionada no iTunes. Portanto,
nos próximos meses vamos continuar criando novas faixas, cada qual com uma
identidade diferente. Essa estratégia é boa para atingir pessoas com gostos varia-
dos e serve também para exercitar nossa criatividade e encontrar novos direcio-
namentos para compor", relata o guitarrista Pe Lu.
Experimentar novos ritmos não é novidade na carreira da banda. Após lançar
o primeiro disco, que tinha basicamente influência de emocore, o Restart gravou
reggae e música eletrônica, entre outros gêneros. "Não gostamos de ficar presos
a um só estilo. Até porque cada um de nós tem suas próprias influências. Então,
é normal que na hora de compor cada integrante da banda soe diferente dos outros",
explica o vocalista e baixista Pe Lanza.
Em paralelo a esse projeto, a Restart também participa de um novo produto
lançado por Marcos Maynard.Trata-se de um curso de inglês para crianças. A
banda gravou músicas que integram o material didático. O grupo CW7,
contratado do mesmo escritório artístico, também gravou algumas faixas
para esse produto. "Recentemente, participamos de um DVD da Xuxa e o
Pe Lu compôs uma música para Atchim & Espirro. Apesar desse contato
com o universo infantil, nunca pensamos em criar um projeto destinado só
para esse público. Porém, é bom expandir o alcance do nosso trabalho com
participações especiais", relata o guitarrista Koba.
› PolÊMicAs
Nos últimos anos, a Restart foi uma das bandas mais comentadas na mí-
dia. Seja para o bem ou para o mal. Apesar do sucesso comercial, a banda
foi vaiada ao ganhar premiações musicais como o VMB. Além disso,
despertou o rancor de roqueiros mais velhos, que desprezam o figurino
e a música do Restart. Lobão, é óbvio, não deixou de dar sua opinião
sobre o quarteto. "Você pode imaginar a subserviência de um garoto de
17, 18 anos que quer mudar o mundo... Vai virar um Restart (que faz
qualquer coisa) para poder aparecer", disse o músico durante entrevista ao
programa
Pânico
, da rádio Jovem Pan.
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