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www.portalsucesso.com.brpagode
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á uma década e meia, o grupo Turma do Pagode faz,
de maneira exemplar, o que o seu nome indica: o bom
e velho pagode. Durante esse tempo, o octeto vem
mostrando como conquistar públicos de faixas etárias variadas,
principalmente os mais jovens, sem abrir mão do som que ca-
racteriza o gênero, com seus instrumentos tradicionais, como o
repique de mão, o reco-reco e a cuíca.
Para celebrar os 15 anos de estrada, essa turma apresenta um
CD e DVD que sintetiza bem o espírito desse período. Ao invés
de se acomodar sobre os sucessos, o grupo apresenta quinze mú-
sicas inéditas, uma para cada ano de carreira. Essas faixas com-
põem o repertório do CD. No DVD, os rapazes aproveitam pra
incluir canções consagradas pelo público, como
Lancinho
,
Cami-
sa 10
e
Horas iguais
. Assim como o próprio nome do grupo, o
título do trabalho é autoexplicativo:
XV Anos
.“Dentre as 15 can-
ções inéditas, algumas foram compostas especialmente para o
DVD e outras são de compositores com os quais temos identifi-
cação”, explica Marcelinho, responsável pelo cavaquinho. Os ou-
tros integrantes são Leiz (tantã e voz), Caramelo (banjo e voz),
Rubinho (pandeiro), Leandro Filé (violão), Fabiano Art (surdo e
percussão), Neni Art (repique de mão, pandeiro, cuíca e percus-
são) e Thiagão (reco-reco e percussão).
Entre as músicas inéditas, destaque para as duas já trabalhadas
na mídia.
Deixa em off
ultrapassou a marca de
10 milhões de visualizações no YouTube, ca-
minho que deverá ser trilhado por
Puxa,
agarra e beija
, que chegou às rádios em maio.
Na faixa, os pagodeiros se unem ao rit-
mo nordestino do Aviões do Forró.
"Convidamos o Aviões porque a
banda já cantava músicas nossas
em seus shows", explica Marce-
linho. “Quando
Puxa, agarra e
beija
chegou até nós, o repertó-
rio estava praticamente fe-
chado. Na primeira audição,
ela foi reprovada. Depois ou-
vimos novamente, decidi-
mos testar e gostamos
muito do resultado. Na
gravação, com a parti-
cipação do Aviões, a
música ficou ainda
mais forte", completa.
Os outros convidados
são Netinho de Paula, Ar-
lindo Cruz e Thiaguinho.
"O Netinho é o nosso pa-
drinho, foi um dos primei-
Festade
quinzeanos
Completando15 an0sdeCarreira, grupo
TurmadoPagode
lançaCde
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ros a nos apoiar, e nada mais justo do que ele estar com a gente
nessa celebração. Todos nós crescemos ouvindo Arlindo Cruz.
Nos espelhamos muito nele, uma referência no samba. OThia-
guinho é um irmão e grande amigo nosso. Ele é nosso parceiro
de composições e curte muito o som do TDP", diz Marcelinho.
Além de cantarem juntos no DVD, o Turma e Thiaguinho di-
videm semanalmente o palco da Áudio Club, em São Paulo.
Trata-se de uma verdadeira roda de samba, que acontece até o
fim de julho na casa localizada na zona oeste da capital paulis-
ta. Em tempo: Marcelinho acredita muito no potencial de
Bei-
ja aqui
, faixa que o grupo gravou com Thiaguinho. “Ela tem
ótima repercussão nos shows e pode ser o próximo single”.
› moderno e TradiCionaL
Como mencionado no início, o Turma do Pagode se destaca por
conseguir se manter em evidência sem aderir a modismos. Uma
das características do grupo é justamente a manutenção dos ins-
trumentos típicos do gênero. “Isso sempre foi uma preocupação
nossa: modernizar o som sem perder a originalidade nos instru-
mentos usados. Procuramos sempre manter o repique de mão,
instrumento que poucos grupos usam, a cuíca e o reco-reco. A
união dos instrumentos mais tradicionais com a modernidade
colabora para nossa música ter uma identidade única”, avalia
Marcelinho. Apesar disso, os integrantes do grupo veem com
bons olhos a fusão entre o pagode e outros gêne-
ros. “O Brasil é uma mistura de raças e ritmos.
Ao juntar diferentes gêneros estamos
sendo ainda mais Brasil ”, analisa.
Falando em Brasil,Marcelinho des-
taca que a banda é popular em todas as
regiões, com destaque para os esta-
dos de São Paulo e Rio. A Cida-
de Maravilhosa ainda guarda
uma particularidade: é a única
capital brasileira onde o pa-
gode é o gênero que mais
coloca músicas nas listas de
mais tocadas. Para Marceli-
nho, esse panorama é cíclico.
“Hoje existem mais grupos
de pagode na ativa no Rio de
Janeiro,mas já houve épocas
em que o maior número de
artistas era de São Paulo.
Isso é super normal e o im-
portante é o pagode estar
sempre nas paradas. Essa é
uma questão que não in-
terfere na agenda”.
luCasmotta