Background Image
Previous Page  6 / 56 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 6 / 56 Next Page
Page Background

6

recado

www.portalsucesso.com.br

F

elizmente neste ano o carnaval foi realizado no início de

fevereiro, fazendo com que o país retomasse as atividades

um pouco antes do habitual.Não está sendo uma retomada

100%, como se viu em outros anos. Afinal, com a economia enco-

lhida e a confiança nos nossos governantes em baixa, fica difícil

fazer planos a médio e longo prazos. Quem tem condições de

investir (independente do segmento) está preferindo puxar o freio

de mão, até que o horizonte se desenhe mais colorido.

O mercado musical é meio camaleônico, se adapta com certa

facilidade às situações. Claro que ele vem reduzindo, mas não em

níveis assustadores. Em termos de shows, percebe-se que aqueles

bancados 100% por prefeituras e governos sofreram, sim, quedas.

Afinal, com a economia em baixa, a arrecadação diminui e os or-

çamentos idem. Nesses casos, o entretenimento e a cultura são os

primeiros a sofrer cortes de verbas. Faz sentido? Nem tanto.

Afinal, alega-se que é preciso ter mais recursos para saúde, edu-

cação e outras pastas, mas na prática o que se vê é a verba de

Lazer e Cultura sendo usada para pagar o funcionalismo e para

fazer caixa de campanhas futuras. Mais ou menos o que ocorreu

com o fim dos showmícios dez anos atrás. O Tribunal Superior

Eleitoral alegou que a presença de artistas, além de encarecer as

campanhas, tirava o foco das mensagens dos candidatos apoiados

por eles. Não procede. As mensagens dos políticos continuam

não sendo levadas em consideração pelos eleitores e o dinheiro

antes destinado aos artistas hoje é usado com marqueteiros, pro-

gramas de TV e pagamento de apoio político.

A julgar pelo valor distribuído pelo ECAD a titulares de mú-

sica ao longo de 2015, a redução foi de 14,5% em relação a 2014.

Num mercado que, segundo estimativas, movimenta 10 bilhões

de dólares ao ano, a redução até chega a ser significativa. Mas se

analisarmos a performance de outros setores em 2015 (automo-

bilístico, petrolífero, comércio, turismo externo), veremos que a

área da música vem resistindo muito bem. Grandes festivais, in-

amúsicadriblaacrise

Diretor Administrativo

TOm GOmes -

[email protected]

Diretor Editorial

Gilmar laUriNdO -

[email protected]

Diretor Área Digital

THOmaZ raFael -

[email protected]

Repórter / Redator

THiaGO mOUraTO -

[email protected]

Colaboradores

GUsTaVO GOdiNHO

iUle KaralKOVas

leTÍcia saraiVa

Arte

Tamiris Ferreira -

[email protected]

Administração

VaNessa aNdrade -

[email protected]

FlaVia lima -

[email protected]

Assistentes Administrativos

eVair FeliPe alVes -

[email protected]

aNdrÉ lUiZ braNcO -

[email protected]

Publicidade

leaNdrO de OliVeira

(São Paulo)

[email protected]

alda balTaZar

(Rio de Janeiro)

[email protected]

ViViaNe rOdriGUes

(Brasil/Estados)

[email protected]

Assistentes de Vendas

Núbia mOreira -

[email protected]

ederli silVa -

[email protected]

iara lima -

[email protected]

Distribuição, Assinaturas e Pesquisa

WaNderleY OliVeira -

[email protected]

FabiaNa caTaNHede -

[email protected]

Web

NYcHOlas YUdi -

[email protected]

Assessoria Jurídica

aNTONiO NOrberTO lUciaNO

[email protected]

Impressão -

iNTerGraF

Jornalista Responsável

Gilmar laUriNdO

ANO 21 • Nº 168 • MARçO/ABRIl 2016

SUCESSO! é uma publicação bimestral da EDITORA ESPETÁCULO LTDA • ISSN 1415-5508

sãO PaUlO

Rua João Álvares Soares, 1660

CEP 04609-004

Fone: (55-11) 3889-3300

(55-11) 2165-5155

(55-11) 3467-4333

riO de JaNeirO

Rua Gildásio Amado, 55, Cj. 302

CEP 22631-020

Fone: (55-21) 3486-5155

(55-21) 2495-9815

(55-21) 2495-9823

TiraGem desTa ediÇãO

15.000 exemplares

cluindo os internacionais, programados para este ano estão con-

firmados. Feiras, rodeios e festas temáticas idem. Os circuitos

mais alternativos, como SESC, também não apresentam altera-

ções em suas programações. Na área digital, a expectativa é que

os serviços de streaming continuarão em alta. Por tudo isso, dá

pra acreditar que ao menos para o setor da música o ano de 2016

não deverá ser tão catastrófico.

A propósito do streaming, vale aqui tocar num tema recorrente

no mercado nos últimos meses – a regulamentação referente ao

recolhimento de direitos autorais. Como a Lei do Direito Autoral

é de 1998, anterior ao lançamento dos serviços de streaming, pai-

ram muitas dúvidas.O Ecad acredita que tais serviços deveriam se

enquadrar no modelo de execução pública, como acontece com

rádio e TV. "A internet é um espaço público, tudo que está ali foi

feito para o público. E o streaming é um serviço que permite o uso

de música na internet – portanto, é execução pública", justifica

Glória Braga, superintendente do Ecad, na seção "Digital" desta

edição.Gravadoras e players contestam a tese alegando que os ser-

viços são interativos e que cada pessoa faz sua própria playlist.

Por conta disso, o Ministério da Cultura abriu até 30 de mar-

ço consulta pública à Instrução Normativa proposta para regula-

mentar a cobrança de direitos autorais para músicas disponibili-

zadas online. “Todos nós ouvimos música e assistimos a filmes

de graça, no rádio e naTV aberta.Essas empresas de radiodifusão

sabem que têm que pagar o direito autoral e, principalmente, a

quem devem pagar. Do cidadão, nada é cobrado. Na internet de-

veria ser igual. O problema é que as empresas que usam música e

filmes muitas vezes não sabem o que pagar e a quem devem pagar.

É esse problema que a Instrução Normativa pretende ajudar a

resolver”, diz o texto do MinC.

Gilmar Laurindo eTomGomes