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produtor
P
or
G
ustavo
G
odinho
O
s cariocas Hum-
berto Tavares e
Mãozinha estão
entre os principais nomes do
mercado da música na atua-
lidade.Trabalhando em par-
ceria, ambos escreveram e
produziram diversos me-
gahits e são responsáveis
pela aproximação do funk
carioca com a linguagem ra-
diofônica pop. Para se ter
uma ideia, eles assinam as
letras de
O baile todo
(Bonde
do Tigrão),
Tremendo vaci-
lão
(Perlla),
Hoje
(Ludmilla),
Zen
,
Meiga e abusada
,
Blá blá
blá
,
Ritmo perfeito
,
Na Bati-
da
e
No meu talento
(Anitta),
e muitas outras.
Mas a dupla não atua ape-
nas no funk. Ela também é
requisitada por sertanejos e
pagodeiros. Michel Teló,
Luan Santana, Belo, Sorriso
Maroto e Jeito Moleque já
solicitaram as letras e os ar-
ranjos da dupla. “Gostamos de música popular e temos certo
feeling para o que pode virar sucesso. Isso vale pra qualquer
gênero", explica Umberto.
A parceria de Umberto com Mãozinha vai muito além da
composição e da produção. Juntos, fundaram em 2008 a grava-
dora U.M. Music, além de uma editora, de modo a facilitar o
trabalho e o lançamento de novos artistas. “Muitos desses artis-
tas já se tornaram grandes vendedores, enquanto outros têm
suas carreiras em pleno desenvolvimento”, detalha Umberto.Na
entrevista a seguir, o profissional fala sobre o cast de sua grava-
dora, detalha as principais produções da dupla e faz uma análi-
se geral do mercado da música.
» SUCESSO! - Você e Mãozinha se tornaram referência
quando o assunto é produção musical. Em que momento vo-
cês começaram a se destacar no mercado?
Umberto Tavares -
Nosso primeiro trabalho já fez um grande su-
cesso. No início da década passada, produzimos o primeiro CD do
Bonde do Tigrão – que vendeu mais que 500 mil cópias e ganhou o
disco duplo de platina. Éramos muito novos e não tínhamos dimen-
são do que estava acontecendo. Mas hoje, olhando pra trás, enxerga-
OS
Reis
dO
pop
conheçaatrajetóriadesucessode
UmbeRtotavaRes
e
mãozinha
,dupla
deprodutoresecompositoresbastanterequisitadanomeiomusical
mos o grande feito que foi.
Reconhecemos nossa capacida-
de, mas preferimos que toda
fama, glamour e holofotes fi-
quem sobre as músicas que
compomos e os artistas que
produzimos. Nós somos peões,
trabalhadores diários que ba-
talham pesado e é assim que
tem que ser. Se o foco muda,
perde-se o norte.
» Vocês trabalham com
gêneros
variados
(pop
rock, sertanejo, funk, pa-
gode) e os resultados são
ótimos. Qual o segredo?
Nós vivemos de música e bus-
camos sempre fazer o melhor,
independentemente do estilo
musical. Ouvimos todo tipo de
música e estudamos muito
cada gênero – o que está bom-
bando no momento e o que já
foi sucesso naquele segmento. É
muito importante conhecer as
mudanças pelas quais o mer-
cado passou ultimamente em termos de preferências musicais.
» A U.M. Music está há quase 10 anos na ativa. Como conse-
guem driblar os altos e baixos do mercado e tocar o negócio?
Nossa filosofia é trabalhar duro, sempre. É lógico que queríamos estar
no mercado de 20 anos atrás e aproveitar o boom dos CDs originais,
das rádios adimplentes e do real valorizado frente ao dólar. Mas não
é o que vemos hoje e temos a obrigação que nos adaptar. Um exemplo é
o YouTube. A plataforma não paga os direitos para os autores, somen-
te aos artistas e gravadoras. Mas é claro que isso é passageiro e, em
pouco tempo, haverá alguma regulamentação. Acredito que surgirá
uma nova realidade no mercado – quando, aí sim, os profissionais de
música poderão se organizar e definir realmente como atuar e lucrar.
» Em se tratando de gravadora, ainda vale a pena ter uma es-
trutura física ou, por conta do fácil acesso à tecnologia, os
home estúdios tomaram conta do mercado?
Pra gente, um grande estúdio não é necessário. Temos equipamentos
que fazem diferença no nosso som e que não ocupammuito espaço. Com
relação ao mercado como um todo, acredito que os home estúdios sejam
a tendência do futuro, pela relação custo/benefício que proporcionam.
UmbeRtotavaResemãozinha
Dupla, queDeixouasonoriDaDeDeanittamaisraDiofônica,
tambémassinaproDuçõesDenalDobenny, luDmillaebelo
sabatinelli
