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suíngue
P
OR
G
USTAVO
G
ODINHO
A
banda Calypso é um dos fenômenos da música brasilei-
ra.Mesmo tocando um gênero pouco popular no Brasil,
repleto de in uências caribenhas, os paraenses Joelma e
Chimbinha conseguiram arrebanhar uma legião de fãs extrema-
mente el e dedicada. Em 15 anos de estrada, a Calypso vendeu
mais de 21 milhões de cópias, entre CDs e DVDs. Para celebrar
a data, a banda está lançando vários produtos – entre eles, CD e
DVD gravados em Belém (PA), cidade natal do casal.
O projeto, no formato ao vivo, foi registrado em apresentação
realizada em novembro para um público de 100 mil pessoas.
Vários amigos dos dois participaram da gravação, entre eles Da-
niel, Calcinha Preta e a cantora gospel Ludmila Ferber. “Tam-
bém convidamos os artistas paraenses Lia Sophia, Viviane
Batidão, Edilson Santana, David Assayag, Edilson Moreno,
Marcelo Val, Nelsinho Rodrigues, Alberto Moreno, Mestre
Vieira e Mestre Curica”, completa Joelma.
Apesar da participação de Ludmila reforçar comentários de
que Joelma seguirá carreira paralela no universo gospel, Chimbi-
nha rechaça a hipótese. Segundo o guitarrista, a Calypso é prio-
ridade para o casal e, através da banda, é possível atingir também
o público religioso. “Em todos os nossos discos dedicamos uma
ou duas músicas para falar sobre Deus.Dessa forma conseguimos
alcançar o mercado gospel.A participação de Ludmila aconteceu
por gostarmos do seu trabalho e para reforçar essa aproximação
da banda com os cristãos”, explica Chimbinha.
O
Ao vivo
chega ao mercado para coroar a Calypso como um
dos grandes nomes da cena independente do Brasil. Apesar de
contar com a distribuição da Radar Records, os novos CD e
DVD, a exemplo de toda a discograa da banda, foram bancados
por Joelma e Chimbinha. O guitarrista reconhece a importância
FESTA
MERECIDA
CALYPSO
PROMOVECDEDVDCOMEMORATIVOSA 15 ANOSDECARREIRA; SHOW
QUEORIGINOUOSPRODUTOSFOI REALIZADOEMBELÉM, PARA 100MILPESSOAS
DIVULGALÇAO
das grandes gravadoras para a concretização de um projeto artís-
tico, porém ressalta que a opção por trabalhar de forma indepen-
dente foi da própria banda. “Financeiramente, o apoio de uma
major é excelente. Mas desde o início optamos pela não vincula-
ção às gravadoras. E aos poucos, também decidimos cuidar da
parte promocional e da venda de shows. Hoje somos donos do
nosso próprio escritório e guiamos nossa carreira da forma que
bem entendemos”, detalha Chimbinha.
PREÇOS DIFERENCIADOS
Por conta dessa independência, os produtos da banda chegam ao
mercado com valores diferenciados.“Temos que negociar somen-
te com a distribuidora que, no caso deste projeto, é a Radar. Des-
sa forma, eliminamos alguns encargos que seriam repassados ao
preço nal dos produtos, diminuimos ao máximo nosso lucro e
conseguimos baratear o valor das mídias”, explica ele.
É claro que a principal fonte de renda do Calypso são os
shows – são cerca de 200 apresentações por ano. Mas o casal
valoriza as receitas com a comercialização de CDs, DVDs e
outros produtos com a marca da banda. "Vendemos nossos lan-
çamentos nas apresentações. E o movimento de nossa loja iti-
nerante é muito bom. O f㠐ca motivado a comprar o produto
quando vai ver um show", avalia Chimbinha. Ainda segundo o
guitarrista, com o crescimento do mercado digital, está cando
cada vez mais difícil ao fã do CD ou DVD encontrar locais que
vendam os produtos de forma física. “As pessoas que vivem no
interior não tem onde comprar música. E parte de nossos fãs
tem pouquíssimo acesso ao mercado digital. Esse é um público
muito importante que, às vezes, é esquecido por determinados
artistas e gravadoras”, completa.
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