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» Até omomento, como está sendo o retorno de
AOR
nomer-
cado exterior em termos de vendagem?
Muito positivo. O disco estava em 6º lugar entre os mais vendidos
do segmento jazz na Alemanha, território onde está a sede do selo que
o distribui na Europa.
» Por falar nisso, como foram os recentes shows em Portugal
e na Alemanha? Qual a principal diferença que você sente
entre o público brasileiro e o europeu?
O público europeu não me conheceu por meio de sucessos como
Ma-
nuel
. Então a cobrança por algo popular é bem menor. Mas ambos
os públicos são desaos diferentes.
» Como será o show da turnê que promoverá o novo disco?
Será um apanhado da minha carreira, com meus principais sucessos
(como
Manuel
,
Tem espaço na van
,
Daqui pro Méier
etc.), com
inclusão de alguns temas do AOR.
»Que vinho você, como bom enólogo, indicaria para beber
durante a audição de
AOR
?
Um bom Borgonha branco.
» Já ouviu o disco
Random access memories
, do duo francês de
e-music Daft Punk? Assim como
AOR
, o CD deles tem um
clima anos 1970, com inuências de disco music e participa-
ções de Nile Rodgers (Chic) e GiorgioMoroder. Acredita que
houve feliz coincidência entre seu trabalho e o do Daft Punk?
Eu não me interesso por música que não é elaborada por músico de
verdade, música feita dentro do computador. Acho a ideia interes-
sante, mas, seria ainda mais se viesse do meio verdadeiramente mu-
sical e não da eletrônica.
»O que você achou de
Sunken Condos,
o mais recente álbum
de Donald Fagen (um dos criadores, ao lado de Walter Be-
cker, do Steely Dan, grupo do qual você é bastante fã)? Teve
alguma coisa nele que te chamou a atenção?De quaismúsicas
gostou mais?
Sou suspeito pra falar. Eu o considero o melhor compositor do mundo
pop. Gosto de tudo o que ele faz. Neste disco especicamente, adoro a
música
Miss Marlene.
