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2FUEL
DUOTEMSEDESTACADONASPISTASCOM
REMIXESDEU2EPARALAMASDOSUCESSO
ADEQUARREPERTÓRIOS
Dado o per l abrangente dos eventos populares, DJs e artistas
eletrônicos obrigam-se a montar um repertório mais acessível ao
grande público, tarefa que eles cumprem de bom grado. “Nosso
desa o é entretê-lo e fazê-lo dançar. Isso é muito instigante e
divertido”, destaca Diefentaler. A visão é corroborada pelo em-
presário do Hands Up. “É uma experiência diferente. Isso por-
que as pessoas não estão ali somente pelo som, e acaba se tor-
nando um desa o ainda maior envolvê-las durante a
apresentação”, atesta Felipe.
O empresário do Aircraft também concorda e diz que o proje-
to tem conseguido até dar um toque diferenciado em seus shows
populares. “Com o tempo fomos ganhando liberdade para criar
uma identidade mais
conceitual,
saindo
um pouco do mains-
tream e nossos fãs
foram aderindo a essa
mudança.
Hoje,
quando tocamos para
o público dos eventos
populares, levamos
coisas novas, para
surpreendê-lo e cati-
vá-lo", explica Rafael.
Já o 2 Fuel acredi-
ta não haver grandes
diferenças em tocar
nos eventos popula-
res. “Pelo fato de eu
trabalhar com músi-
ca há muitos anos e
de já ter me apresen-
tado com bandas de rock em grandes festivais, encaro com tran-
quilidade. Não me apego a um estilo, apenas faço música e colo-
co toda minha verdade naquilo que estou fazendo”, sentencia
Felipe Tass. “O que importa é perceber se a galera está curtindo.
Hoje em dia, notamos que o pessoal que vai a uma festa quer
realmente aproveitar o momento, não importa se gastou muito
ou pouco”, analisa Aldo.
REFRÕESMARCANTES
Na programação dos eventos populares, é cada vez mais frequen-
te a presença de atrações de diferentes gêneros. Em meio a essa
salada de sons, a turma da e-music acredita que o grande público
tem assimilado cada vez mais o gênero. “A música eletrônica é
dançante, animada e alto astral – bem a cara do povo brasileiro.
Quando se apresenta coisas novas e de bom gosto, todos se ren-
dem”, diz Rafael Carvalho, empresário do Aircraft.
Felipe, do 2 Fuel, destaca que hoje a música eletrônica está
mais cantarolável. “Percebo que, por meio das tracks atuais, com
mais vocais, linhas mais melódicas e refrões marcantes, a música
eletrônica virou ‘música’, e com isso aproximou-se de outros es-
tilos de fácil assimilação”, assinala.
“A partir do momento que o DJ topa se apresentar num even-
to popular, ele tem que adequar seu som e até o modo de se
comunicar, só assim conseguirá se sair
bem e entreter o público. Tem DJ, por
exemplo, que se irrita com perguntas
do tipo: ‘oi, você pode tocar a música
do Chiclete com Banana?’ Isso é mui-
to comum”, relata Diefentaler.
Felipe, empresário do Hands Up,
aponta outros fatores que têm contri-
buído para a popularização da e-music
junto ao grande público. “DJs top grin-
gos, como David Guetta, têm ajudado
nesse processo. Bem como os progra-
mas
Big Brother Brasil
, que na maioria
das suas festas teve a presença de algum
DJ, e
A Fazenda
, no qual o Hands Up
já tocou”, completa.
MÚSICA EMNOVELA
Além de shows em eventos populares, DJs e artistas eletrônicos
também miram a grande mídia, movimentando-se nos bastido-
res para tentar emplacar seus trabalhos. O Aircraft, por exemplo,
acaba de lançar o novo single
Night away
, com vocal do ameri-
cano Jesse Hart. “A música vem sendo executada no
Caldeirão do
Huck
,
TV Xuxa
e outros programas da Rede Globo. E estamos
em negociações para incluí-la na trilha de uma novela da emis-
sora”, revela o empresário Rafael Carvalho.
Felipe Fernandes,manager doHands Up, salienta que emplacar
músicas na TV é uma tarefa trabalhosa. “Não é algo tão simples.
Além da e-music ter características especí cas, nesse mercado
conta muito a rede de contatos que você tem. Por mais que você
saiba quem é a pessoa certa, se não for por indicação de alguém,
di cilmente vão avaliar a sua música”, decreta.
REMIXES
Outra frente na qual vários DJs costumam se empenhar é a pro-
dução de remixes. Na hora de dar uma bela turbinada em uma
música ou hit, artistas famosos recorrem aos "donos" dos decks.
Nesse sentido, o DJ Rafael Diefentaler anda bem requisitado.
“Como também sou músico, sempre gostei de explorar outros es-
tilos musicais em minhas produções. O cialmente tenho propos-
tas para remixar dois grupos famosos e outro novo. Portanto, vem
coisa boa por aí nos próximos meses”, faz mistério o DJ.
A procura já vem rolando também para os lados do 2 Fuel. “Já
tivemos especulações e cotações, mas ainda não rolou nada. Esta-
mos abertos a esse tipo de negociação. Aliás, eu gostaria muito de
poder fazer algo diferente com artistas de outras vertentes musi-
cais”, diz Aldo. Em suas apresentações, o 2 Fuel tem conquistado
o público de pop/rock com seus remixes e bootlegs de hits de
grupos como U2, Paralamas do Sucesso, Kings of Leon, Gnarls
Barkley, Lenny Kravitz, Cranberries e Live, dentre outros. “Como
crescemos ouvindo rock, do pop ao mais pesado, esses remixes
foram o nosso cartão de visitas na música eletrônica”, explica o
multi-instrumentista. Por sua vez, o Hands Up tem focado mais
em remixes para outros DJs, como Carlo Dallanese, o duo Mora
& Naccarati, o projeto Vácuo e artistas estrangeiros, dentre eles
Ron Carrol e Steven Quarre. (P
OR
M
ARCIO
F
URUNO
)
RAFAELDIEFENTALER
DJ FAZAPRESENTAÇÕESEMCARNAVAIS
FORADEÉPOCAECAMAROTESFAMOSOS
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