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ELETRÔNICA
A
música eletrônica já é realidade nos grandes eventos
populares. Vários DJs estão se dando bem com as mul-
tidões, muitas vezes tocando no mesmo dia de atrações
renomadas do sertanejo, axé e outros gêneros. É o caso de nomes
como Hands Up, 2 Fuel, Aircraft e Rafael Diefentaler. Além de
divulgar seu trabalho, estão ampliando seu público para além dos
limites das pistas de dança.
Felipe Fernandes, empresário do Hands Up, destaca a ten-
dência de crescimento dos eventos populares, o que ajuda a re-
forçar a já gorda agenda do projeto. Criado há quatro anos em
Curitiba/PR pelo DJ Ber Bush e pelo percussionista Gutto Ser-
ta, o Hands Up é um dos fenômenos do segmento eletrônico: o
duo tem registrado a impressionante média de 200 apresenta-
ções por ano. “Temos algumas datas fechadas para o Rodeio
Super Bull, que realiza 150 edições por ano no Brasil, com pre-
sença de mais de 40 mil pessoas”, revela Felipe, acrescentando
que neste ano o duo já fez shows em Marília/SP e no badalado
beach club P12 (Florianópolis/SC), ao lado de Michel Teló.
Festas de peão constam no cardápio do 2 Fuel, projeto paulista
surgido em 2008 e formado pelo multi-instrumentista Aldo
D’Isep e pelo produtor/compositor/vocalista FelipeTass.“Sempre
tocamos em eventos populares, principalmente em camarotes de
grandes festas e de artistas como Claudia Leitte e Ivete Sangalo.
AIRCRAFTEOVOCALISTAAMERICANOJESSEHART
MÚSICANOVA
NIGHTAWAY
ENTROUNO
CALDEIRÃODOHUCK
, DAREDEGLOBO
Não negamos nada”, relata o bem humorado Aldo. Ele observa
que a procura por música eletrônica aumentou no último ano gra-
ças a David Guetta e Swedish House Ma¦a – dois nomes inter-
nacionais, já bem conhecidos pelo público brasileiro, que recente-
mente ¦zeram tours pelo país. “Organizadores de eventos
entenderam que existe um público diferenciado que realmente
gosta de música eletrônica e que, muitas vezes, vai a eventos po-
pulares por causa de um determinado DJ ou artista. Resumindo,
esses eventos acabam atraindo um público novo que não iria se
não houvesse uma tenda eletrônica”, completa o músico.
Rafael Carvalho, empresário do Aircraft, ressalta que, ao fazer
shows em eventos populares, o projeto vem conseguindo “con-
verter” o grande público em fãs da eletrônica. “Desde a idealiza-
ção do projeto, um dos nossos objetivos era trazer mais pessoas
para a house music. Muitos dos nossos fãs são pessoas que antes
eram verdadeiros leigos no gênero e hoje se encontram nesse
universo rico de informações e conteúdo”, apregoa o empresário,
que também trabalha com o cantor Gusttavo Lima.Com pouco
mais de um ano de carreira, o Aircraft, formado pelo DJ/produ-
tor Rafael de Paula e pela violinista Karla Carvalho, é uma das
sensações do mercado de e-music, graças a um intenso trabalho
na internet e redes sociais. Em suas apresentações, o projeto
mescla música e vídeo com um espetáculo de luzes e efeitos, a
cargo do Robocraft, que circula entre o público com sua roupa
de leds disparando sua “arma” de laser.
A possibilidade de transitar por eventos de per¦s diferentes é
um aspecto que tem pautado a carreira do DJ Rafael Diefentaler,
que vem incremen-
tando sua agenda
com shows em ca-
marotes de carna-
vais fora de época e
festivais.“Isso é fun-
damental no traba-
lho de expansão do
meu nome e ajuda
muito a abrir mer-
cado”, a¦rma ele,
residente dos bada-
lados clubs paulista-
nos Mynt Lounge,
B4 e Clash e do we-
ekend party La Lo-
comotive. Habili-
doso, Diefentaler
esbanja técnica em
suas apresentações
ao usar simultanea-
mente quatro decks.
HANDSUP
FENÔMENODOMERCADOELETRÔNICO, DUOTEM
REGISTRADOMÉDIADE200APRESENTAÇÕESPORANO
GABRIELWICKBOLD
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