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nos baseamos muito nos pedidos dos ouvintes.

Eles nos ajudam a criar a programação. Abri-

mos várias frentes para eles se manifestarem:

telefone, SMS, e-mail, WhatsApp e Facebook.

» E nesses pedidos, quais foramas canções

mais lembradas, por enquanto, em 2016?

Ah, tem sido um ano muito bom para as mulhe-

res.Maiara&Maraisa estão arrebentando, com

Medo bobo

e

10%

. Marília Mendonça tam-

bém, com

Infiel

. E não dá pra deixar de citar o

próprio Safadão, com

Coração machucado

.

» Voltando a falar sobre audiência, a briga pela liderança no

Ibope, emSãoPaulo, é comquais emissoras?Todas são de um

segmento mais popular?

A briga maior é com a Nativa. Depois vem a Transcontinental, que é

terceira, embora com audiência um pouco mais distante. Tem a Gaze-

ta, com uma linha de programação semelhante, e a Alpha, que é a mais

diferente das concorrentes. A Nativa é um pouco mais "romântico-

sertaneja", já a Transcontinental toca bem mais samba do que a gente.

» E não é estranho ter como principal "rival" uma rádio do

mesmo grupo (Nativa)?

A gente até brinca, dizendo que é melhor ter o 'inimigo' em casa

(risos). Nem gosto de usar essa palavra, na verdade. Somos apenas

concorrentes. É curioso, porque sou muito próximo ao Marcelo Si-

queira (diretor da Nativa). Mas cada um tem sua estratégia e briga

pelo seu espaço. É uma disputa ética. Inevitavelmente, surgem algu-

mas saias justas, mas há muito respeito entre os funcionários. Aca-

bamos nos falando todos os dias, até porque as produções das duas

rádios são separadas apenas por um vidro.

» A Band tem tradição em talk-shows e programas de humor,

como A Hora do Ronco e Band Coruja. Essa proposta com

mais bate-papo e conteúdo próprio virou tendência no FM?

A Band talvez não tenha saído na frente com esses programas, mas

soube aprimorar essa história de bate-papo, especialmente na intera-

tividade com os ouvintes. Desde o início de A Hora do Ronco, que

aliás é o programa mais antigo de nossa programação (no ar há 29

anos), colocando os ouvintes no ar pelo telefone, essa parceria com a

audiência é um sucesso. Hoje em dia, cada um pode fazer sua própria

playlist no celular. Então, o conteúdo de uma rádio é seu grande di-

ferencial. Seja nas populares, seja nas emissoras com outro tipo de

programação. Mas a música ainda é a principal razão para o ouvin-

te ligar o rádio. Até por isso, tentamos ter também um conteúdo mu-

sical próprio, com versões exclusivas de grandes sucessos.

»Qual é mais ou menos o perfil dos ouvintes da Band?

Predomínio da classe C, 25 a 45 anos. E 60% de audiência femini-

na. Que provavelmente seria um pouquinho maior, não fosse pelos

números expressivos da Hora do Ronco, que é muito popular entre os

homens. E entre as rádios populares, temos o maior público AB

.

» E qual é o programa de maior audiência?

Quem Ama Não Esquece, que vai ao ar das 11 ao meio-dia. Chega

a ter 400 mil ouvintes por minuto. Faço esse programa com a Mar-

cinha, locutora que está conosco há muitos anos. Todos os dias uma

história enviada por um ouvinte é contada no ar. Como numa rádio-

-novela de antigamente. E no final, os ouvintes entram no ar - e

aqui a gente vê de novo a interação com eles - para comentar a his-

tória, dar opinião, conselhos etc.

» Como é a "presença" da Band nas redes sociais? Reparei que

a rádio não temmais um site oficial...

Tiramos o site do ar, porque o movimento do Facebook era bem

maior. Mas isso não significa que não voltaremos a ter um. Por en-

quanto, temos tido uma resposta excelente apenas com redes sociais,

incluindo o Instagram, onde colocamos mais imagens de bastidores.

Temos de estar antenados com todas as possibilidades e facilitar a

vida do ouvinte, que hoje quer agilidade. Neste aspecto, a internet

mais ajuda que atrapalha, dando opções para o público nos ouvir pelo

próprio Face ou aplicativos. Em ambos, temos bons números. Mas

ainda nada que se compare com a audiência vinda do rádio. Talvez

o dia em que a internet tiver mais qualidade no Brasil, tenhamos

uma maior concorrência das rádios on line. O rádio, esteja ele no

carro, em casa ou no trabalho, ainda é o meio mais ouvido. Agora,

com boa programação e principalmente um conteúdo diferenciado, a

audiência será boa em qualquer plataforma.

» Em tempos virtuais, prêmios "físicos" seguem atraindo os

ouvintes? Promoções ainda fidelizam a audiência?

Fidelizam os ouvintes e reforçam nossa marca. Sempre pensamos em

prêmios que o ouvinte realmente vá usar. Damos crédito para celular,

sorteamos carro, reforma da casa... Presenteamos agora dois ouvintes

com smartphones pra celebrar a marca de um milhão de seguidores

no Face. Temos o cuidado de produzir camisetas melhores, moletons

realmente bonitos, produtos que não servirão apenas como pijama

pra quem ganhar. A ideia é que o ouvinte goste, use e mostre pra

todos que ouve a Band.

» A rádio está completando 40 anos emSão Paulo.Há alguma

festa programada?

Claro que sim, faremos uma série de comemorações neste semestre.

Teremos acústicos exclusivos, inclusive com dois ou mais artistas to-

cando juntos, em apresentações exclusivas para ouvintes, sem venda

de ingresso. Na programação, teremos novas atrações e edições espe-

ciais de alguns programas. E tudo culminará com uma grande show

de aniversário no fim do ano. Só não posso ainda confirmar local e

artistas convidados. Mas será um grande espetáculo.

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