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como compositor ou produtor, sem que, naturalmente, pense e imagine

a música tocando no rádio, fazendo sucesso comercial. Mas não é algo

mecânico, concebido a partir de uma receita de marketing. É algo que

está 'entranhado' em mim, em cada nota, letra e acorde!

» Você compôs e produziuváriasmúsicas de sucessodaWanes-

sa Camargo na fase pré-pop music da cantora. Fará algo neste

disco sertanejo que ela está preparando?

Na verdade, nos encontramos, chegamos a escrever algumas coisas

mas, no final, o projeto mudou bastante. Como em paralelo acabei me

envolvendo em outras frentes, não houve como conciliar as agendas.

» Como surgiu o convite para compor e produzir a música-

-tema dos Jogos Paralímpicos e como foi trabalhar nesse job

com o Nelson Motta?

A Som Livre, em parceria com o Comitê Olímpico, lançou um concur-

so do qual participaram grandes compositores. Para minha felicidade,

minha música foi a escolhida. Depois disso, a composição passou por

várias mudanças para satisfazer a linguagem e os conceitos da orga-

nização. Foi nesse processo que tive o privilégio de ter, como parceiro, o

NelsonMotta, já muito envolvido com o comitê. É a primeira vez que

faço uma parceria com ele. Espero que a primeira de muitas.

»Mais: quando está compondo em parceria, costuma fazer

mais melodias ou letras?

Já me acostumei a trabalhar nas duas áreas. Durante muito tempo, na

maior parte das canções em que fui co-autor, colaborei mais com a

melodia. Porém ultimamente, por ironia, tenho escrito muito mais le-

tras que melodias, principalmente muitas versões em português para

artistas internacionais – além da música da Copa e daquela encomen-

dada por Tony Benett, fiz três versões para Julio Iglesias, uma para o

grupo Maná, três paraThalia e três para Lucero, entre outros.

» Como produtor, quais são seus principais diferenciais?

Estou nos Estados Unidos há 23 anos e nesse tempo aprendi que o

tratamento vocal é tudo. Eu diria que, de ummodo geral, lá se dá um

pouco mais de importância à produção e direção vocal.Talvez por isso

também, a maioria dos grandes cantores com quem trabalho me pede

orientações com relação a isso – querem que eu os dirija no estúdio. O

fato é que quero trazer isso mais e mais para o Brasil! Nosso país

possui excelentes cantores mas sei que eles poderiam cantar muito

mais do que aquilo que gente ouve nas gravações. Também tenho me

destacado nesses anos todos por trabahar com nomes de estilos e idio-

mas diferentes, muitas vezes fazendo uma fusão sonora. Gostaria,

por exemplo, de gravar com artistas brasileiros canções em que eu

pudesse fundir ritmos brasileiros com gêneros latinos, como a bacha-

ta e o reggaeton urbano.

» É verdade que você está abrindo um estúdio no Brasil?

Onde ele irá funcionar?

A localização do meu estúdio satélite é segredo, como naqueles filmes

de espião...(risos). Brincadeira... Estou planejando viajar por todo o

Brasil, mantendo núcleos no Nordeste, na região central, em São

Paulo e no Rio, para gravar artistas conhecidos e novos talentos. A

ideia é gravar, levar pra Miami e fazer mixagem e masterização por

lá. Tentarei, claro, inserir esses artistas em outros mercados. Minha

ideia é buscar talentos de potencial internacional.

» Após descobrir e gravar com esses novos talentos, você atu-

ará como manager deles? Lançará os trabalhos por alguma

gravadora em especial?

Não tenho nenhum interesse em atuar como manager, booker ou gra-

vadora. Posso criar um label e fechar parceria com alguma gravadora

para distribuição, marketing etc. Aliás, já tenho proposta para isso.

» Pensa em voltar a se apresentar como artista, mesmo que

por hobby? De vez em quando tem feito isso?

É engraçado porque, quase todo artista com quem me relaciono como

compositor, produtor ou fazendo as vozes-referências, acaba incluin-

do minha voz nas gravações finais e muitos me incentivam a voltar

a cantar. Fico lisonjeado! Até tenho um projeto, mas ele é tão gran-

dioso, envolve tantas coisas que acho melhor falar sobre ele numa

outra oportunidade (risos).

» Como consumidor e ouvinte, quais são seus artistas e gêne-

ros preferidos?

Escuto de tudo! Muitas das vezes, foco em listas que tenham a ver

com a produção com a qual esteja envolvido naquele momento. Des-

compromissadamente, prefiro temas instrumentais e músicas mais

antigas de gêneros variados.

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