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e o ditado popular "a vida começa aos 40" servir também
para meios de comunicação,uma das maiores redes de rádio
do país ainda tem muitos feitos a alcançar. Porém, certo
mesmo é que a quarentona Band FM já faz parte há muito tem-
po da história do rádio brasileiro. Inaugurada em 1975, como
Bandeirantes FM, quando retransmitia a programação de sua
xará do AM, a emissora passou a operar de maneira independen-
te no ano seguinte. De início, gêneros como rock e soul prevale-
ciam. Uma mudança bem sucedida para a Black Music veio na
década seguinte. Até que, no começo dos anos 90, a emissora
passou a ter uma cara mais semelhante à dos dias atuais.
Com o sertanejo, pagode e axé, gêneros que consagraram a
rádio naquela década, vieram outras mudanças. A começar pelo
nome. Bandeirantes virou simplesmente Band FM, denomina-
ção mais informal (o novo nome, anos depois, também passaria
a ser utilizado, em chamadas e vinhetas, pela emissora de TV do
Grupo Bandeirantes). Pouco tempo depois, a Band se tornou
uma das primeiras grandes redes de rádio do país. Nesta época,
a emissora já contava com o atual diretor artístico, Murillo
Huada, em seu quadro de locutores.
Murillo iniciou a trajetória profissional no interior paulista.
Passou por rádios de Itu, Sorocaba e Santos, até chegar à em-
blemática Cidade FM, na capital. Já se destacava pelo jeitão
simpático e de bom moço no ar, quando foi contratado pela
Band, após uma passagem pela Emoção FM. Foi um dos prin-
cipais comunicadores da casa durante anos, até receber um con-
vite para coordenar a Nativa FM. Sempre manteve a emissora
nas primeiras colocações do Ibope, antes de retornar à Band, em
2009, promovido a diretor artístico.
Foi então que concretizou uma nova guinada na programação
musical da rádio, além de comandar com eficiência uma rede
composta por 45 emissoras. Dobrou os números de audiência
em pouquíssimo tempo e, há um ano e meio, não vê nenhuma
emissora à sua frente nas pesquisas do Ibope.
Uma razão a mais para realizar, durante este segundo semes-
tre, uma série de celebrações pelos 40 anos da emissora. No
bate-papo a seguir, Murillo deixa escapar alguns eventos que
estarão nesse calendário festivo. E fala sobre audiência, internet,
os artistas e gêneros mais tocados do momento e até mesmo
sobre a curiosa disputa no Ibope com outra rádio do grupo
Bandeirantes. Confira!
» SUCESSO! - Quando você voltou à Band, em 2009, pro-
moveu muitas alterações na programação?
Murillo -
A rádio já vinha de algumas mudanças. Havia se tornado
'jovem' um pouco antes, mas quando cheguei, estava num processo de
retorno ao segmento popular. O objetivo era concretizar essa alteração.
E o primeiro ajuste foi colocá-la de novo como uma rádio 'Top 40',
trabalhando em cima de uma playlist com 40 hits. A rádio estava em
Correndo
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9º lugar quando voltei. No final de 2010, já estávamos na 4ª posição.
Aí brigamos entre o quarto e o segundo lugares até o final de 2014,
quando atingimos a liderança. E já são 18 meses no topo.
» Com quantos ouvintes por minuto?
A média é de 240 mil, de segunda a sexta, das 6 às 19h, em São
Paulo.Temos a liderança também em outras praças, como Campinas
e Sorocaba. Recentemente, também em Cuiabá. E números muito
bons na maioria das afiliadas.
» Por falar nelas, como é dirigir uma rede, tendo que agradar
públicos tão diferentes?
Temos logicamente conversas frequentes com os afiliados, mas a ten-
dência musical hoje é parecida em todos os estados, graças ao destaque
alcançado pelo sertanejo. É um gênero dominante, bem aceito de
norte a sul. Até mesmo em Campos, no Rio. Claro que há um ingre-
diente a mais em cada uma das programações locais – um pouco mais
de forró, por exemplo, nas rádios do Norte/Nordeste –, mas a força
do sertanejo colabora para agradarmos de uma mesma maneira os
ouvintes de todas as praças.
»Mas a rádio também toca outros
gêneros...
Sim, temos samba e pagode, além do
pop de artistas como Anitta e Lud-
milla. E eventuais hits de outros rit-
mos. Atualmente, por exemplo, a Ivete
Sangalo brilha na programação, can-
tando o tema de amor da Band, ao lado
de Luan Santana. Mas dá pra di-
zer que o sertanejo representa
75% da programação.
» E hits internacionais?
Se for um grande sucesso,
geralmente numa tri-
lha de novela, entra
na programação. E
a regra serve
também para al-
guns outros gêne-
ros nacionais ou
variações do sertane-
jo, como as canções de Wesley
Safadão e Simone & Sima-
ria, por exemplo, já com
uma influência forte do for-
ró. A Band não é fechada
pra nenhum segmento. E
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médiade240mil
ouvintesporminuto
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basicamentesertaneja
divulgação