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ustavo
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odinho
BEATLEMANÍACO
eclético
CONHECIDONOMEDA INDÚSTRIA,
MARCOSMAYNARD
DIZNÃOMAISCONSUMIR
MÚSICANOFORMATOFÍSICOECITADEZDISCOSQUE INFLUENCIARAMSUA VIDA
M
arcos Maynard é figurinha carimbada no mercado da música. Sua
história confunde-se com a do show business nacional e, por vezes,
internacional. De músico fundador do grupo sessentista Lee Jack-
son, as circunstâncias do destino o levaram para os bastidores, onde ocupou
postos estratégicos em importantes discográficas ao redor do mundo. Em seu
currículo estão cargos como o de diretor da Sony México (1989 a 1992), presi-
dente da PolyGram no Brasil (1992 a 1996) e presidente da EMI Music (2004
a 2006). Em especial, ele orgulha-se de ter presidido a Polygram Latina nos
Estados Unidos, entre 1997 e 1999.
Desde o final da década passada, quando deixou a EMI Music, o profissional
adotou uma postura totalmente low profile. Hoje é uma espécie de caça talentos
do pop rock e comanda seu escritório,Maynard Music. Ele foi um dos responsá-
veis pela descoberta e sucesso dos meninos do Restart (em 2011) e atualmente é
o manager da banda Onze:20. Mas Maynard planeja o “estouro” de um novo
produto: no início de setembro, promete sacudir o mercado ao lançar o cantor Pe
Lanza em carreira solo. “Ele continuará transitando pelo pop rock, mas apresen-
tará canções maduras. O primeiro single,
Fica um pouco mais
, tem tudo para ser
um grande sucesso, assim como foram as canções do Restart”, avalia.
Com toda esta bagagem musical, Maynard juntou ao longo dos anos uma
enorme coleção de vinis, CDs e DVDs. Mas quase tudo passou a ser apenas
objeto de decoração, já que dificilmente o profissional consome música em
formato físico.“Tenho mais de dois mil discos emmeu iPod, vindos diretamen-
te do iTunes. Hoje, abro literalmente um CD físico somente por questões pro-
fissionais. Em casa, no escritório ou no carro, consumo apenas músicas nos
formatos MP3 ou AAC”, revela.
Dentro de seu universo musical particular,Maynard foi desafiado a citar seus
dez discos preferidos. O questionamento deixou o profissional em “pânico” e,
entre lembranças e histórias, ele aceitou o desafio. Mas fez algumas ressalvas.
“É impossível listar umTOP10. Sou um beatlemaníaco nato. Nessa lista, colo-
caria os 13 discos de carreira do Fab4”, brinca ele. “Em seguida, citaria todos os
trabalhos da Simone e os primeiros discos de carreira do Roberto Carlos”, di-
verte-se. Mas após um longo papo e várias histórias, o empresário pinçou de
forma eclética alguns discos que marcaram sua vida. Confira a lista:
2 na bossa
– Elis Regina e Jair Rodrigues (1965)
"É o primeiro álbum de Elis Regina, juntamente com o cantor Jair Rodrigues e a banda Jongo Trio.
Deste disco, ressalto a gravação de
Preciso aprender a ser só
, composta por Marcos Valle. Na época, eu não
perdia um programa
O fino da bossa
(TV Record) e foi graças a ele que comecei a gostar de música".
Highway 61 revisited
– Bob Dylan (1961)
"Este disco é um dos grandes símbolos da contra-cultura mundial. A música
Like a rolling
stone
é simplesmente atemporal. Ao analisarmos as estrofes da canção, percebemos que até hoje
ela é um hino da juventude. Sempre a escuto enquanto estou dirigindo ou então quando quero
relaxar em casa."
GUSTAVOGODINHO
MARCOSMAYNARD
"FICARAMFALTANDONALISTAÁLBUNSDOSBEATLES,
SIMONEEROBERTOCARLOS, ENTRETANTOS OUTROS"