SUCESSO#157 - page 44

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perfil
P
or
G
ustavo
G
odinho
U
mdos grandes nomes da história dopop/rocknacional,DadoVilla-
-Lobos construiu riffsmarcantes e reconhecíveis logo nas primeiras
notas.Masoex-guitarristadoLegiãoUrbananãovive sódopassado.
Dezoito anos após o fim da banda comRenatoRusso eMarcelo Bonfá, ele
mantem-se renovadoartisticamente.Continuaproduzindomaterial inéditoe
se envolvendo emvárias frentes.Recentemente estreouumprogramamusical
no canal Bis. E, em paralelo, vem trabalhando seu primeiro disco solo,
O
passodo colapso
–noqual,alémde tocar todos os instrumentos, também assu-
miu a desafiadora tarefa de cantar.
Com acordo inicial para exibiçãode13 episódios no canalBis,o
Estúdiodo
Dado
não utiliza nenhuma fórmula revolucionária para conquistar o gosto
popular –muitopelo contrário.Ele recebe convidados, comquembate-papo
e realiza jams. Nada muito rebuscado. Gilberto Gil esteve no programa de
estreia. “A ideia é trazer o artista e deixá-lo livre para interpretar o que bem
entender.E, de preferência, algo que não seja convencional”, comenta o gui-
tarrista. O projeto é promissor e há grande possibilidade de se tornar um
DVD.A ideia está sendo amadurecida e discutida pelos diretores doBis e é
vista com bons olhos porDado.“Emprincípio, teremos apenas um site onde
disponibilizaremos os extras de cada programa.Minha ideia é que no futuro
isso seja reunido e lançado emmídia física.Seria sensacional”,detalha.
Vale citar que o Bis é mais um canal de música e cultura pop emmeio a
tantos outros que disputam audiência na programação a cabo.EDado vibra
com essa concorrência saudável, deixando claro que a música brasileira é a
maior vencedora nessa “guerra”.“Os artistas ganhamum espaçonobre e uma
conexão direta com o público.Amúsica ao vivo tem apelo imediato e causa
um efeitode hipnose total no telespectador”, afirma.
Evidentemente,o
EstúdiodoDado
injetagás extrana carreiradoex-Legião,
colocando em evidência também suas qualidades como produtor e composi-
tor. “Mais do que todo esse cartaz, o programa passa a ideia de que amúsica
é um bem universal em todos os seus formatos”, divaga ele, cujo projeto está
ajudando de forma indireta a divulgar seu primeiro trabalho solo,
O passo do
colapso
.“Lancei odisconofinal de2013apenasem formatodigital enesteano
ele começará a ser vendidono tambémde forma física”, completa.
› OPODERDOMICROFONE
Além de ser o primeiro trabalho solo deDadoVilla-Lobos,
O passo do colapso
marca tambémaarrojadaposturadoartistaemassumiros vocaisprincipaisdas
canções.Segundo ele, a receptividade do disco foimuito boa e seus fãs enten-
deram apropostadopop rockmaduropara adultos."Tive tempoparapensar e
pude fazer omelhor que consegui.Gostomuitodo resultadofinal”,explica.
É inevitável não comparar
O passo do colapso
com os discos doLegiãoUr-
bana.Asmúsicas
Overdose de coração
,
Quando a casa cai
e
Sobriedade
remetem
muito às obrasdabandadeBrasília.“Tendo emvistaque soupartedoLegião
comocompositor,guitarrista,baixistaeviolonista,éclaroquealgumaconexão
existe.Contudo,achoque fui umpoucoalémeme reinventei.Eraessaa ideia,
jáque sepassarammais de15 anos dofimdabanda”,explica.Porém,em seus
shows Dado não deixa de tocar os clássicos do Legião.Além de canções de
seuprojeto solo,ele interpretaos hinos
Índios
,
Que país é esse?
,
Teorema
,
Eu sei
e
Teatro dos vampiros
, entre outros.
Muito
tRabalhO
DaDOVIlla-lObOs
estreourecentementeumprogramanatVacabo
e,emparalelo,diVulgaseuprimeiroprojetosolo,
opassodocolapso
diVulgação
"Faltamespaçosdecentes
comoestímuloparaumapessoa
sairdecasa,assistiraumshow
derockesesurpreendercom
oqueviueouviu"
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