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capade
ocantojovemdeLuizGonzaGa
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LPfezmuitosucessoe, naocasiãoda
entrevista, PreParávamosacamPanha
deseunovodisco
sãoJoãoQuente
Ah, rapaz... dessa hora para cá nunca mais parei. Entrevistas,
gravações, shows, e eu quieto na minha. O Imperial se divertia e
eu dizia para ele: "o negócio ficou bom". E ele disse: "você estava
precisando mesmo ganhar uma nota". E então nunca mais parei.
Foi uma brincadeira que não fez mal a ninguém e me trouxe um
resultado muito bom. E eu estou por aqui me divertindo porque
também levei vantagem.
»
Como sua música chegou aos artistas que tanto sucesso estão fa-
zendo neste início dos anos 70?
Nas minhas andanças, sempre gostei de cantar para o povo, em
praça pública. Eu sempre gostei de sair com os patrocinadores
nas costas e não sabia que assim estava também me projetando
para o futuro – pois, cantando em praças públicas, ali no meio
do povo, estavam jovens, crianças que no futuro seriammúsicos,
artistas como Caetano, Gil, João Gilberto e muitos outros que
me assistiram enquanto eu cantava em cima de um caminhão.
Quando a televisão começou a atacar, nos anos 60, esses meni-
nos vieram com novos estilos, novos movimentos e começaram
a relembrar meu nome. “Gonzaga, Gonzaga”, eu até ficava es-
pantado. “Por quê”? As afirmações deles eram espetaculares
para mim.Até que começaram a me buscar: “Gonzaga, sabe que
você é importante? Você sabe que fulano falou isso?”. Aí eu
comecei a melhorar a minha fotografia, procurei umas calças
mais arrochadinhas em cima, frouxas em baixo e comecei a sen-
tir o calor da juventude.
»
O que o senhor acha do trabalho de seu filho e dos outros compo-
sitores jovens?
Olha, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano e esses baia-
nos maravilhosos que estão por aí são elementos de grande co-
municação e realmente trouxeram um movimento espetacular,
musical e culturalmente. E Luizinho entrou justamente nessa
jogada. É bem verdade que ele tem o seu próprio estilo e vai
muito bem. Eu tenho muita esperança nele.