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nomesquesurgiramnosanos 80, períodomaisefervescentedorocknacional
quisitado no Rio de Janeiro) e Ezequiel Neves (jornalista, agi-
tador cultural e produtor já falecido). “Os responsáveis pela
explosão, na verdade, foram meus dois diretores artísticos na
época, Liminha, no Rio, e Peninha, em São Paulo. Irrequietos,
insistiam para que eu visitasse o underground de suas cidades.
Queriam me levar a bares e locais frequentados por jovens,
onde, segundo eles, havia um intenso movimento musical”, con-
ta Midani. “Diziam que havia muita gente boa que as gravado-
ras não escutavam. Um dia fomos jantar no restaurante Rodeio,
nos Jardins (São Paulo). Eu ouvia um som persistente que vinha
do outro lado da rua. Os dois me levaram até lá e, nesta noite,
conheci o Ultraje a Rigor. Foi a primeira banda que contrata-
mos. Quando saiu o disco, ninguém queria tocar. Levou seis,
sete meses para começar a fazer sucesso. Já os grupos do Rio
foram exitosos em menos tempo. Talvez a linha mais pop, mais
suave do Kid Abelha e do Lulu Santos, por exemplo, tenha sido
mais assimilável para o público naquele primeiro momento”,
relembra Midani.
Os elogios a Liminha e Pena Schmidt não são exagerados.
Ao lado de Marcelo Sussekind, esses foram os produtores que
mais trabalharam e criaram discos clássicos na época. Só Limi-
nha, talvez o mais prolífico, esteve à frente dos antológicos
Ca-
beça dinossauro
e
Jesus não tem dente no país dos banguelas
(ambos
do Titãs),
Tempos modernos
e
O ritmo do momento
(Lulu San-
Ultraje,barão, rpm,
paralamas, titãs,
legião, capital,blitz,
ira!eengenheiros
fotos: divulgação