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ANÁLISE
D
esde a chamada era
de ouro do rádio, as
décadas de 40 e 50,
a música popular brasileira é
pautada pelas cantoras. Elas
estão sempre mostrando ru-
mos, lançando autores e,
com ênfase na primeira dé-
cada do século 21, assumin-
do-se também como com-
positoras. Este texto/crônica
reúne cinco mulheres pode-
rosas dos anos 2000 em to-
dos os sentidos – juventude,
carisma, novidade, sucesso
de público e de mídia, ven-
dagem de discos – para per-
guntar: o que se pode esperar
delas neste ano? Pela ordem
de entrada em cena, Ana Ca-
rolina,Vanessa da Mata,Ma-
ria Rita (única não-composi-
tora), Paula Fernandes e
Maria Gadú. Claro que o
leitor e eu poderíamos apontar outras tantas – nestes dez anos,
mais de 50 belas vozes e personalidades femininas iniciantes
lançaram discos somente em São Paulo e no Rio.
Primeira desta turma a vender mais de um milhão de cópias
de um único CD (da série
Per l
) Ana Carolina lançou o álbum
de estreia em 1999, pela BMG, mas ele bateu mesmo foi no ano
seguinte, dando a ela vários prêmios de revelação de 2000. Ana
fecharia a década como a segunda maior vendedora de discos do
país, perdendo apenas para Ivete Sangalo. Depois de conquistar
Buenos Aires em agosto passado, com lotações do Teatro Gran
Rex, o top da capital argentina, Ana planeja nova turnê nacional,
para este ano ainda, com o show do recém-lançado sexto álbum
de carreira,
Ensaio de Cores
, acompanhada da exposição de suas
pinturas com o mesmo título, inaugurada em São Paulo em 6 de
dezembro. Para alguns amigos, condenciou que gostaria de ter
logo um lho, mas ainda não decidiu como será concebido.
Assim como Ana Carolina, Vanessa da Mata cresceu e se
desenvolveu em meio à música. Quando saiu o primeiro disco,
pela Sony, em 2002, já era bem conhecida, uma artista expe-
riente. Formatou sua trajetória em muitos shows e parceiros
como Chico César, Ben Harper, a própria Ana, e as cantoras
com as quais circulou em 2010 no projeto
Mulheres brasileiras
(Maria Gadú,Mallu Magalhães, Fernanda Takai,Alcione, Ivone
Lara).Agregador, o projeto foi desenvolvido pela Planmusic, que
administra sua carreira com o cuidado de evitar superexposições.
Opoder está com
ELAS
!
COMRARASEXCEÇÕES,
CANTORASDEMPB
INTEGRAMOTIMEDAS
MAIORESREVELAÇÕESDAMÚSICANACIONALNAÚLTIMADÉCADA
Vanessa vendeu mais
de 1,3 milhão de có-
pias dos cinco discos
solo. O último,
Bicicle-
tas, bolos e outras ale-
grias
, do nal de 2010,
saiu por seu próprio
selo Jabuticaba (com
distribuição da Sony). Esse show seguirá na estrada em 2012, na
média de cinco apresentações por mês.
JUSTA HOMENAGEM
Maria Rita começou arrasadora já no primeiro álbum, de 2003:
lançado pelaWarner em 30 países, com vendagem superior a um
milhão de cópias, conquistou três Grammy Latino (revelação,
álbum de MPB e canção do ano). O show de estreia percorreu o
país durante dois anos, com ela sendo invariavelmente compa-
rada à mãe. Em 2004 veio o lho Antônio. Só a partir do tercei-
ro CD,
Samba meu
, as comparações arrefeceram. Lançado em
setembro último,
Elo
, o quarto, já vendeu mais de 100 mil uni-
dades mas não teve grande repercussão na mídia.
No meio fonográco, comenta-se que o próximo disco já sai-
rá por outra gravadora, Universal ou Som Livre. Mas a primeira
atenção de Maria Rita para 2012 é o show com músicas do re-
pertório de sua mãe, que fará (inicialmente) em cinco capitais e
MARIARITA
CANTORADEVESERONOMEDEDESTAQUEEM2012
DEVIDOAOSSHOWSEMHOMENAGEMAOS30ANOS
DAMORTEDESUAMÃE, ELISREGINA DESTAQUE
FOTOS: DIVULGAÇÃO