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8

www.portalsucesso.com.br

pop

P

or

G

ilmar

l

aurindo

N

ando Reis não para.Compõe com frequência e apresen-

ta-se com diferentes formatos de shows (os mais co-

muns são com a banda Os Infernais ou apenas na com-

panhia de seu violão). A crise na indústria da música não o

manteve distante de novos lançamentos. Nos últimos anos, lan-

çou três projetos:

Sei

, de inéditas (2012) e os registros ao vivo

Sei

como foi em BH

(2013) e

Voz e violão no Recreio Vol. 1

(2015). Em

outubro, Nando disponibilizou novo álbum de inéditas,

Jardim-

-pomar

, de forma independente. O disco começou a ser gravado

em junho de 2015 em Seattle (EUA), sob o comando do produ-

tor norte-americano Jack Endino (com quem Nando já havia

trabalhado em outras ocasiões, como no álbum

Sei

), e foi con-

cluído no primeiro semestre deste ano em São Paulo, tendo à

frente o produtor e baterista Barrett Martin. Ao todo são 12

faixas autorais, que passeiam pelo pop, rock, funk e baladas, entre

outros ritmos. Uma delas,

Como somos

, foi feita em parceria com

Samuel Rosa. A única não inédita do repertório é

Concórdia

,

gravada anteriormente por Elza Soares. Na entrevista a seguir,

Nando fala da concepção do disco, dos convidados participantes,

revela as dez composições de sua autoria que considera mais

emblemáticas e confessa que não pretende reeditar o vitorioso e

popular projeto

Bailão do Ruivão

.

» SUCESSO! - Você já fez vários trabalhos com o Jack Endi-

no e desta vez retoma a parceria tendo na co-produção Bar-

rett Martin. A chegada de Barrett contribuiu para alguma

mudança em termos de sonoridade ou concepção artística?

Produção

fértil!

NaNdoreis

promoveálbumde inéditas,

Jardim-pomar

, todoautoral,

quereúnebaladasecançõesquepasseiampelopop, rockefunk

divulgação

NANDOREIS -

Sim. Embora eu conheça e trabalhe com ambos há

anos, nunca havia feito dessa forma. Gravei seis músicas em Seattle

em junho de 2015, com Barrett na bateria e Jack produzindo. Em

fevereiro de 2016, Barrett veio pro Brasil e terminamos o disco. Os

dois têm formas bem distintas de trabalhar. Jack é um mestre em

tirar sons e cortar excessos. Barrett é mais participativo na feitura

dos arranjos, é muito metódico. O resultado ficou fantástico, muito

diferente de tudo que já fiz.

» As 12 faixas são de sua autoria. Praticamente não encontra-

mos no Brasil artistas consagrados que conseguem conciliar

os shows e compromissos promocionais com a paz necessária

para continuar criando com frequência e qualidade. Como

explica isso?

É sempre misteriosa a forma como se dá a composição. Não acho que

seja tão profícuo assim, ou pelo menos não o sou como desejaria. O fato

é que já faz quatro anos que lancei um disco de estúdio com inéditas.

Nesse tempo trabalhei muito, sempre na estrada, mas também muito

empenhado na estruturação de meu escritório, com um pensamento

mais profissional/empresarial, já que sou um artista independente. E

essa tarefa foi fundamental para me manter vivo nessa crise que é

tanto da indústria fonográfica como da economia brasileira.

» Fale do convite aos ex-colegas de Titãs, seus filhos e Luiza

Possi para participação na faixa

Azul de presunto

. O fato de

todos participaremde uma mesma faixa tem alguma explica-

ção especial? O refrão sugeria que poderia ficar melhor com