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› VerÃo e CarnaVal

Com o verão e o carnaval se aproximando, cabe perguntar ao

diretor da DM se há projetos visando esta temporada mais

quente e festiva do ano, quando tradicionalmente a empresa

realiza muitos eventos. “Fizemos um trabalho muito bacana em

Belo Horizonte no último carnaval. Estamos agora desenhando

nossos projetos de verão e carnaval. Temos ainda a intenção de

voltar com uma versão sazonal do Axé Brasil, além de um pro-

jeto de circuito nacional que estamos desenvolvendo junto a um

patrocinador. Num passado recente tínhamos um calendário

forte de carnavais fora de época. Porém estas fórmulas perderam

o encanto num determinado momento por repetirmos tanto os

mesmo ingredientes. Fizemos alguns ajustes mas nem sempre

deram certo. Hoje os eventos tipo festival estão repetindo os

mesmos erros e estas fórmulas poderão se esgotar em breve. O

que temos pensado é um pouco de itinerância e espaçamento

maior entre os eventos. Este é o foco”, acrescenta.

Sobre as expectativas para o mercado de shows para 2017,

Junior faz a seguinte avaliação: “o mercado está mudando ano a

ano e vários fatores interferem nestas mudanças. Temos a crise

econômica, que afeta diretamente os projetos de entretenimen-

to cultural. Por outro lado, há a mudança de mão do mercado

– hoje os grandes projetos são dominados e administrados pelos

próprios artistas. Nada mais legítimo. Há anos isso já ocorre na

Europa e EUA. Mais: dá pra contar nos dedos os artistas que

conseguem cobrir os custos dos eventos apenas com a venda de

ingressos. O Brasil está vivendo uma entressafra em termos de

produção de talentos. Não digo somente na música, mas em

todos os segmentos. Qual o nosso último talento na política, no

futebol, na literatura? Não estamos produzindo mais craques

em termos gerais, e se olharmos somente a diversidade artística

na música, a conta fica mais apertada ainda… O sucesso mais

recente no segmento pop provavelmente tem mais de 30 anos;

na MPB, é melhor nem falar. O Brasil é um país continental,

mas sucumbiu a um único ritmo e isso prejudica a pluralidade

da cultura musical. De qualquer forma, em 2017 talvez tenha-

mos um alívio nos ajustes macro-econômicos e isto pode refle-

tir positivamente no mercado de shows”.

dIVulgação