SUCESSO#163 - page 8

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sertanejo
P
or
G
ilmar
l
aurindo
C
hegou ao mercado no mês passado o novo CD e DVD
de Luan Santana,
Acústico
, com distribuição da Som
Livre. Gravado em dezembro, em São Paulo, com dire-
ção artística de Joana Mazzucchelli e produção musical de
Dudu Borges, o repertório reúne 20 faixas, sendo 10 regrava-
ções de sucessos (
Meteoro
,
Te esperando
,
Cê topa
,
Te vivo
etc.) e 10
inéditas, entre elas o single
Escreve aí
, cujo videoclipe já beira os
12 milhões de views na rede. A novidade no projeto, mais visual
do que sonora, é o mergulho na atmosfera dos anos 60. Imagens,
acessórios de cena e figurinos remetem ao período, quando Elvis
Presley e Beatles eram ícones da música e da cultura pop mun-
diais. Esse mesmo clima e energia Luan trouxe para seu novo
show, que estreou no final de março em São Paulo. "A apresen-
tação é bem parecida ao que se vê no DVD.Claro que poderemos
fazer algumas adaptações ao longo da tour, dependendo do local
do show. Mas tentaremos sempre levar ao público aquele clima
do dia da gravação do
Acústico
", diz o artista. A seguir, ele fala um
pouco mais do CD, DVD e do novo show.
» SUCESSO! - Fale da concepção do CD/DVD
Acústico
. Ele
visa reforçar a ideia de transformação em sua carreira, posi-
cionando-o como ídolo adulto?
Luan Santana -
Não existe esse tipo de intenção. O processo é natu-
ral: eu amadureci, hoje sou um homem na imagem e no som. E é
óbvio, natural mesmo, que o trabalho siga a minha realidade, minha
identidade. Mas com a essência de sempre, a do romantismo. Meu
público cresceu comigo, também amadureceu. Mas percebo em meus
shows a presença de pessoas de todas as idades. Canto para todos,
quero que a minha música toque o coração das pessoas. Não gosto de
rótulos, porque não sou um produto criado. Sou um cantor, que tem
a música na alma. Sobre o CD/DVD, todo o conceito começou na
verdade numa sonoridade e identidade visuais voltadas aos anos 60,
principalmente a Elvis Presley e Beatles. A ideia surgiu numa via-
gem que fiz para Las Vegas (EUA), com o Dudu Borges e o produtor
Fábio Fakri (F.S. Produções), justamente para buscar inspiração e
conceber o projeto. O produtor sugeriu a temática dos anos 60 e todos
nós compramos a ideia.
» Realmente a parte visual, cenográfica, tanto doDVDquan-
to do novo show ficaram bem fieis à atmosfera romântica da
década de 60...
É verdade. Sempre fui apaixonado pelo som e pela magia dessa épo-
ca. Tem um "q" de romântico como em nenhuma outra. Foi um desa-
fio lembrar dessa década na questão sonora, ainda mais em se tratan-
do de um projeto pop sertanejo. O que fortalece esse conceito, com
certeza, é a orquestra de cordas, sopros e metais, que somou demais
para o projeto. A gente se inspirou muito no Elvis e nos Beatles... Até
o filtro usado nas imagens remete àquela época. Tem uma abertura
no DVD, tipo um filminho, com cenário antigo, imagem de um ci-
Nosso
ElvisPrEslEy
luansantana
promoveprojeto
Acústico
, formAdoporcd, dvdeshow,
comvisuAlesonoridAde inspirAdosnAAtmosferAromânticAdosAnos60
nema típico dos anos 50 e 60, em que tudo é inserido... Acho que a
galera vai conhecer um pouco daquele período e se apaixonar pela
magia que retratamos no projeto.
» Fale sobre o repertório, que mescla inéditas e gravações.
Qual foi o critério de escolha? E em termos de arranjos e gra-
vação, quais os diferenciais?
Coloquei todas as músicas novas no show. Pelo conceito diferente do
projeto, com metais, orquestra, a gente tinha que dar essa cara para
o show. Nas faixas antigas, inseri novas roupagens. Boa parte delas
vem com uma introdução feita pelo trio de backing vocals, remeten-
do aos sons do período que nos inspirou.
» Além do primeiro single
Escreve aí
, que outras faixas você
considera radiofônicas e com chances de serem trabalhadas
na sequência?
Acredito muito em
Cantada
(minha e do Dudu Borges) e
Chuva de
arroz
(nossa com o Jorge, da dupla com Mateus). São músicas que já
caíram no gosto do público, desde a gravação do DVD. E nos shows
a resposta a elas tem sido muito boa. Sem falsa modéstia, a exemplo
do DVD
O nosso tempo é hoje
(de outubro de 2013), que empla-
cou seis faixas entre as mais executadas do país, acredito que este
Acústico
vai ter pelo menos cinco estouradas.
» Fale sobre figuras importantes envolvidas no processo
como Dudu Borges, Joana Mazzucchelli e Bruno Caliman.
Dudu é o cara que transforma meus sonhos em sons, sabe tudo o que
gosto, é criativo, inteligente. Ele montou o time, buscou do maestro aos
músicos. No seu estúdio, o VIP, a gente viaja no tempo, volta ao passa-
do de olho no futuro, cria, recria e faz nascer as ideias em forma de
música. A Jojo (como carinhosamente chamo a Joana), tem um olhar
artístico fora do comum. É muito mais que diretora. Sabe conduzir
cada profissional envolvido, tem ideias mirabolantes... A gente tem
uma química que pode ser percebida no resultado deste DVD. O Bru-
no, autor de
Escreve aí,
é um dos maiores poetas dos tempos modernos.
O lance do estalar de dedos já virou uma marca entre eu e meus fãs.
Tem ainda o músico e produtor César Lemos que, por acreditar no
projeto, veio dos Estados Unidos para participar desta gravação.
» Você pretende adotar algum tipo de estratégia nos shows,
aparições na mídia e relacionamento com os fãs visando não
perder a imensa legião de admiradores teens?
Tem muita gente que cresceu comigo – isso é bem bacana. Mas na
verdade, meu público engloba todas as idades, incluindo os teens. A
gente faz um trabalho grandioso na TV, internet, revistas e rádios
para poder divulgar cada novo trabalho e cada ação em que me en-
volvo. Uma vez por ano realizo uma ação especial com as fãs, em
geral um encontro. Não há estratégia voltada apenas aos adolescen-
tes, tudo é feito pensando no público como um todo.
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