SUCESSO#157 - page 32

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rock
P
or
H
elder
M
aldonado
A
banda Aliados é uma das mais perseverantes do rock
nacional. Na trajetória de 15 anos, contou commuita
sorte e bons contatos.É apadrinhadapelo apresentador
MarcosMion e teve o guitarristaThiagoCastanho (ex-Charlie
Brown Jr) na formaçãoque gravouoprimeirodisco,em2002.
Mas tãograndequanto a sortedo início foi o azar que aban-
da teve em algumas passagens da carreira. Logo no primeiro
disco,
Aliados 13
, o então quinteto teve que lidar com o fecha-
mento da gravadora Abril Music, que distribuía e divulgava o
trabalho.Essa interrupçãodoprojetonão chegou a abalar o su-
cesso que a banda fazia no início da década passada com as
músicas
Sem sairdo lugar
e
Sorrindo
–estaúltimachegouaentrar
na trilha de
Malhação
. "Mas tivemos que correr atrás de uma
novagravadora. Fechamos com aEMIparadistribuir os traba-
lhos e como escritórioArtMixparanos ajudar naparte geren-
cial. Refizemos nossos projetos de divulgação e turnês – e, no
fim,deu tudo certo", recorda o vocalistaFildzz.
Com essa parceria, a banda lançou o CD
A dose certa
, cujo
single foi
Sereia
, uma dasmúsicasmais tocadas nas rádios rock
em 2004.No segundo trabalho, a banda, que antes se chamava
Aliados 13, tirou o numeral do nome para não ser relacionada
comoPT."Escolhemosonúmeroporqueesseéocódigo telefô-
nicodeSantos,nossacidadenatal.Porém,àépocaestavamacon-
tecendo eleições e não quería-
mos parecer uma banda
petista,porqueeraassimque
o nosso nome soava.Então
tiramoso13edeixamos
sóAliados".
Só que, mais uma
vez, a banda contou
comumproblema sé-
rio durante a turnê de
divulgação desse proje-
to. O vocalista Fildzz
descobriu que estava
com câncer nos rins.
"Tivemos que parar por
um tempo, enquanto eu
me eu recuperava.No fim
das contas, esses proble-
mas nos deram força, von-
tadedecontinuar edecres-
cer ainda mais. Nos
aproximamos e, como so-
mos amigos,mantivemos a
cabeça no lugar para ven-
cer esses obstáculos", re-
velaFildzz.
Entre
altos
ebaixos
Surgidano iníciodadécadapaSSadaeapadrinhadapormarcoSmion,
banda
aliados
comemoraboafaSeerecordapercalçoSdacarreira
divulgação
Pormais improvável quepossaparecer,abanda superou todos
essesproblemas emesmodepoisde ter passado anos sem espaço
namídia demassa, em 2013 voltou a emplacarmúsicas nas rá-
dios.
Esperança
e
Águaspassadas
(cujo clipe foi dirigidoporMar-
cosMion e teve aparticipaçãoda atrizThailaAyala) sãoosmais
recentes sucessos dogrupo a chegar na listadosmais tocados no
segmento rock. "Essa retomada do sucesso é frutodanossa par-
ceria com aCassiaHipolidi,o escritórioArtMix e aTruckVan.
Nossa carreira voltou a entrar nos eixos depois que fechamos
parceriacomesse time,que temefetuadoótimas intervençõesna
área administrativada banda",dizFildzz.
› NaCoNtRaMÃo
Para o cantor, a boa fase é surpreendente até para a banda. "O
rocknão vive seumelhormomento emesmobandas consagra-
das já não temmais o espaço de antigamente.Nós nunca che-
gamos ao topo, mas como mantivemos uma boa base de fãs,
estamos numa crescente. Se antes tínhamos fãs concentrados
principalmente no litoral paulista,hoje eles já se espalham por
quase todo o sul e sudeste", avaliaFildzz.
Ele ainda ressalta que a renovação na sonoridade e o diálogo
direto com a juventude ajudam a banda a atualizar constante-
menteopúblico."Sempre atuamos com forçana internet
e temos letras que dialogam com
opúblico jovem.O rock
nãomorreueneméum
segmento fadado a de-
saparecer. Enquanto
existirem bandas
honestas como o
Aliados, haverá
admiradores do
gênero, que vão co-
brar e exigir trabalhos sem-
pre bem feitos.Essa é a di-
ferençadopúblicoroqueiro
em relação ao de outros
gêneros: ele é exigente e
crítico",decretaFildzz.
Justamente por isso, a
banda costuma dar gran-
des intervalos entre o lan-
çamento dos discos.O úl-
timo trabalho doAliados,
5ºElemento
,saiuem2011.
Mas até junho,umCDou
um EP serão lançados
paradarfimaessehiato
de três anos.
Bandasantistaseconsolidanocenáriorockehoje
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